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A filosofia da lógica

Relatório de pesquisa: A filosofia da lógica. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  28/9/2013  •  Relatório de pesquisa  •  2.531 Palavras (11 Páginas)  •  578 Visualizações

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Trabalho de Filosofia

Temas: - lógica

- premissas

- argumentos

- tipos de falácias

Biografia dos Filósofos

- Immanuel Kant

- Michel Foucault

Lógica

Lógica é uma parte da filosofia que estuda o fundamento, a estrutura e as expressões humanas do conhecimento. A lógica foi criada por Aristóteles no século IV a.C. para estudar o pensamento humano e distinguir interferências e argumentos certos e errados. A lógica estuda e sistematiza a argumentação válida. A lógica tornou-se uma disciplina praticamente autónoma em relação à filosofia, graças ao seu elevado grau de precisão e tecnicismo. Hoje em dia, é uma disciplina que recorre a métodos matemáticos, e os lógicos contemporâneos têm em geral formação matemática. Todavia, a lógica elementar que se costuma estudar nos cursos de filosofia é tão básica como a aritmética elementar e não tem elementos matemáticos. A lógica elementar é usada como instrumento pela filosofia, para garantir a validade da argumentação.

Quando a filosofia tem a lógica como objeto de estudo, entramos na área da filosofia da lógica, que estuda os fundamentos das teorias lógicas e os problemas não estritamente técnicos levantados pelas diferentes lógicas. Hoje em dia há muitas lógicas além da teoria clássica da dedução de Russell e Frege (como as lógicas livres, modais, temporais, para consistentes, difusas, intuicionistas, etc.), o que levanta novos problemas à filosofia da lógica.

A filosofia da lógica distingue-se da lógica filosófica aristotélica , que não estuda problemas levantados por lógicas particulares, mas problemas filosóficos gerais, que se situam na intersecção da metafísica, da epistemologia e da lógica. São problemas centrais de grande abrangência, correspondendo à disciplina medieval conhecida por «Lógica & Metafísica», e abrangendo uma parte dos temas presentes na própria Metafísica, de Aristóteles: a identidade de objetos, a natureza da necessidade, a natureza da verdade, o conhecimento a prioridade, etc. Precisamente por ser uma «subdisciplina transdisciplinar», o domínio da lógica filosófica é ainda mais difuso do que o das outras disciplinas. Para agravar as incompreensões, alguns filósofos chamam «lógica filosófica» à filosofia da lógica (e vice-versa). Em qualquer caso, o importante é não pensar que a lógica filosófica é um género de lógica, a par da lógica clássica, mas «mais filosófica»; pelo contrário, e algo paradoxalmente, a lógica filosófica, não é uma lógica no sentido em que a lógica clássica é uma lógica, isto é, no sentido de uma articulação sistemática das regras da argumentação válida.

A lógica informal estuda os aspectos da argumentação válida que não dependem exclusivamente da forma lógica. O tema introdutório mais comum no que respeita à lógica é a teoria clássica da dedução (lógica proposicional e de predicados, incluindo formalizações elementares da linguagem natural); a lógica aristotélica é por vezes ensinada, a nível universitário, como complemento histórico e não como alternativa à lógica clássica.» [Desiderio Murcho]

“ Lógica", depois ela foi substituída pela invenção da Lógica Matemática. Relaciona-se com a elucidação de ideias como referência, previsão, identidade, verdade, quantificação, existência, e outras. A Lógica filosófica está muito mais preocupada com a conexão entre a Linguagem Natural e a Lógica.

Premissas

Na lógica, uma premissa é uma fórmula considerada hipoteticamente verdadeira, dentro de uma dada inferência. Esta se constitui de duas partes: uma coleção de premissas, e uma conclusão. Premissa significa a proposição, o conteúdo, às informações essenciais que servem de base para um raciocínio, para um estudo que levará a uma conclusão. Uma dada fórmula pode ou não ser conclusão de uma dada coleção de premissas. Isto depende da Lógica ou do sistema lógico considerado.

Argumentos

Um argumento pode ser definido como uma afirmação acompanhada de justificativa (argumento retórico) ou como uma justaposição de duas afirmações opostas, argumento e contra-argumento (argumento dialógico).

Na lógica, um argumento é um conjunto de uma ou mais sentenças declarativas, também conhecidas como proposições, ou ainda, premissas, acompanhadas de outra frase declarativa conhecida como conclusão.

Um argumento dedutivo afirma que a verdade de uma conclusão é uma consequência lógica das premissas que a antecedem.

Um argumento indutivo afirma que a verdade da conclusão é apenas apoiada pelas premissas.

Toda premissa, assim como toda conclusão, pode ser apenas verdadeira ou falsa; nunca pode ser ambígua.

Em função disso, as frases que apresentam um argumento são referidas como sendo verdadeiras ou falsas, e em consequência, são válidas ou são inválidas.

Alguns autores referem-se à conclusão das premissas usando os termos declaração, frase, afirmação ou proposição.

A razão para a preocupação com a verdade é ontológica quanto ao significado dos termos (proposições) em particular. Seja qual termo for utilizado, toda premissa, bem como a conclusão, deve ser capaz de ser apenas verdadeira ou falsa e nada mais: elas devem ser truthbearers ("portadores de verdade", em português).

Tipos de Falácias

Esta é a coleção dos principais formatos de falácias típicas, veremos casos óbvios e simples, mas também veremos alguns mais complexos. Nem todas são problemas de argumentação, algumas são apenas construções inadequadas de outras formas de expressão. Existem vários tipos de falácias, mas não há consenso em relação a isso, então vamos classificá-las em dois grupos:

• Falácias FORMAIS (constituídas por raciocínios inválidos de natureza descritiva)

Afirmando o Consequente

Negando o Antecedente

• Falácias INFORMAIS (falácias cujas premissas: não são relevantes para a conclusão; Não fornecem dados suficientes para garantir a conclusão; estão formuladas com linguagem ambígua. a capacidade persuasiva desses argumentos, está frequentemente no impacto psicológico sobre o público)

Apelo à Pena: A aceitação do argumento é justificado pelo uso de termos que procuram conquistar a simpatia ou a ligação emocional das pessoas com o objeto da conclusão, mesmo desconsiderando as evidências do contrário.

Apelo à Ignorância: Este é um argumento falacioso que conclui que algo é verdadeiro só porque não pode ser provado como falso, ou vice-versa.

Apelo à Autoridade: Ocorre quando procuramos suportar o argumento na declaração de uma autoridade que faz comentário fora de sua área de especialidade.

Apelo à Força: Este caso ocorre quando a tentativa de persuadir alguém é feito não através da força da argumentação, mas sim pelo uso de ameaças. É claro que nestes casos pouco importa a qualidade das premissas, já que a força é o que se está propondo indevidamente como justificativa da conclusão.

Apelo ao Público: Justifica-se o argumento falaciosos por causa de sua popularidade, ou seja, a maioria concorda com o que se está alegando.

Argumentum ad hominem (ataque ao argumentador): Essa falácia consiste em referir-se ao oponente de forma pessoal e abusiva por meio de insultos e atques verbais. Usamos o "ad hominem" como arma para desacreditar ou reduzir a força da argumentação de nosso adversário.

Clamando pela Questão: Ocorre quando as premissas são tão questionáveis quanto a conclusão alcançada.

Tu Quoque (Você Também): Essa falácia se estabelece quando se usa os erros cometidos por outros - principalmente pelo próprio oponente na discussão - para desconsiderar o argumento apresentado.

Apelo à Tradição : Argumento em que se justifica sua aceitação baseado no fato de que "sempre foi feito assim."

Espantalho: A falácia do espantalho é uma tentativa de reconstrução do argumento oponente de forma diferente, mais fraca e não representativa da intenção original do argumentador. Em outras palavras transforma-se o argumento original em um” espantalho”.

Red Herring (Falácia de Deversão): O Red Herring é a introdução de material irrelevante ao ponto em discussão, em geral com o objetivo de desviar o argumento para outra conclusão, muitas vezes mais fácil de ser atacada. Note que isto é relativamente diferente do que ocorre com o Espantalho, onde o argumento é deformado para depois ser atacado.

Ad Logicam (Falácia da Falácia): Esta falácia propõe que uma conclusão é falsa só porque foi anteriormente apresentada como resultado de um argumento falaciosos. Se o argumento for falacioso ainda não podemos deduzir que a sua conclusão é falsa: ela pode ser suportada por um outro argumento, mais bem sucedido.

No Sequitur (Não Há Explicação): Esse tipo de falácia é um dos casos mais engraçados, pois representa em geral argumentos que tem no mínimo uma desculpa esfarrapada.

No Sequitur ocorre quando não há conexão lógica entre premissa e conclusões, todos os argumentos precisam que as premissas levem-nos a crer na veracidade da conclusão. Apelo à Natureza: Nesta falácia, alega-se que um argumento é obviamente verdadeiro porque se refere a uma “ Lei da natureza”. Ocorre também quando se considera um comportamento justificável porque ele faz, supostamente, parte da natureza do ser humano.

Questão Complexa: A principal idéia desta falácia é colocar uma questão que não importa que respostas tenha, compromete o opositor. Quem for tentar responder a qualquer uma destas perguntas, estará em apuros.

Descida Escorregadia: Nesta falácia assume-se uma pequena movimentação para uma direção particular irá desencadear um processo irreversível e incontrolável de movimentação na mesma direção.

Antes Disso Então Por Causa Disso: Por proceder um evento, este outro deve ser necessariamente a sua causa.

Analogia Imprópria: As analogias são muito úteis durante explanações difíceis de serem entendidos, podemos explicar o fluxo de eletricidade num fio de cobre tomando como base uma analogia do fluxo de água em um cano.: Explicativa :Uma analogia bem concebida pode ser útil durante um momento em que se tenta expor algo complexo.

Antítese: Pode-se usar uma analogia para se referir a antítese do que parece ser a intenção.

Falsas Alternativas: Este caso ocorre quando o argumentador propõe um número limitado de alternativas dentre todas as possíveis, em muitos casos já sugerido tendenciosamente, uma delas como sendo a verdadeira.

Da Divisão: Esta falácia consiste em assumir que o verdadeiro para um todo, também é verdadeiro para suas partes. Não podemos assumir por exemplo que um coral afinado e melódico seja composto por cantores individualmente afinados e melódicos.

Falácia da Equivocação: Nesta falácia usa-se uma palavra ou noção que possui dois sentidos diferentes. Em qual durante a própria falácia usa-se ora um desses sentidos ora outro tipicamente mudando de premissa para premissa ou de premissa para conclusão.

Apelo ao Ridículo: Consiste na introdução de passagem ridicularizadora no argumento, com o intuito de encobrir a incapacidade (ou falta de vontade) de se suportar o argumento apropriadamente. O humor, na verdade, pode ser usado durante uma discussão pois, no mínimo, tem o efeito "terapêutico" de reduzir as tensões e atritos emocionais, tornando o ambiente mais descontraído. Não pode, porém, ser usado como suporte de argumentação ou para auxiliar descrédito do oponente eu de seu argumento.

Apelo à Ênfase: Ocorre quando a sentença é direcionada a uma conclusão inadequada por força de uma acentuação tendenciosa ou incomum de uma palavra ou frase. Apelo ao Novo: É o oposto do Apelo à Tradição. No Apelo ao Novo, assume-se que uma ideia, lei, política, etc, é boa, simplesmente porque é nova.

Apelo à Emoção: Esse tipo de falácia ocorre quando se tenta argumentar com alguém que faz uso de fortes emoções ou sentimentos - positivos ou negativos - em vez de apresentar premissas e evidências convincentes. As emoções tipicamente usadas são a inveja, a raiva, o medo - variantes deste caso são chamadas de Apelo à Força - ou o amor, a cobiça, a culpa, vergonha, etc.

Envenenando o Poço: Este tipo de incorreção caracteriza-se pela rejeição de um argumento baseado em uma condição negativa - não importa se verdadeira ou falsa - acerca da pessoa que o proferiu.

Generalização Apressada: Os argumentos que cometem essa falácia usam premissas insuficientes para garantir a conclusão numa construção.

Falácia do Acidente: Ocorre quando uma regra geral é aplicada a um caso particular que pode ser uma exceção.

Falácia da Esperança: Essa falácia decorre da ideia de assumir algo bom como válido, e algo ruim como inválido. Essa falácia costuma representar a esperança das pessoas nos melhores resultados possíveis. Ocorre quando usamos uma proposição que expresse nosso desejo de que uma conclusão seja verdadeira como premissa.

Culpado por Associação: Ocorre quando se refuta um argumento baseado apenas na ideia de que esses argumentos são típicos de um grupo de pessoas notoriamente criticáveis.

História "Just Só" ( história “inventada”): Esse tipo de falácia ocorre quando uma história é "inventada" para tentar justificar um argumento. Mesmo que minimamente plausível, esse tipo de construção não garante a validade do argumento, pois não serve como evidência.

Biografia

Immanuel Kant

Immanuel Kant (1724 - 1804) foi um filósofo alemão, considerado um dos maiores da história e dos mais influentes no ocidente.

Kant veio de família pobre e foi criado no seio da religião protestante. Lecionou geografia e iniciou a carreira universitária ensinando Ciências Naturais. Em 1770, foi nomeado professor catedrático na Universidade de Königsberg.

Ele estabeleceu um sistema filosófico, operando uma resolução entre o racionalismo de Descartes e Leibniz e o empirismo dos filósofos David Hume e John Locke.

Sua obra, Crítica da Razão Pura,visava colocar todas as questões sob análise racional, sem a confusão que os sentidos poderiam causar para uma conclusão mais cuidadosa. Tentou, então, resolver o problema do conhecimento racional e empírico, pois não concordava que a experiência sensível era limitada. Kant achava que as verdades universais poderiam ser encontradas a priori, ou seja, antes de qualquer experiência.

Assim, para Kant, o espírito ou razão modelava e coordenava as sensações, sendo as impressões dos sentidos externos apenas matéria prima para o conhecimento.

Kant negava que existia uma verdade última ou a natureza íntima das coisas. Por isso, propôs uma espécie de código de conduta humano, surgindo daí, idéias para outra obra famosa, o seu livro A crítica da Razão Prática, que funcionaria como leis éticas que regeriam os seres humanos. A estas leis, deu o nome de Imperativo Categórico.

Kant passou toda a sua vida na cidade onde nasceu, em Königsberg, onde levou uma vida metódica e circunspecta.

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