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A ÉTICA PROFISSIONAL

Por:   •  9/12/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.679 Palavras (11 Páginas)  •  277 Visualizações

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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE TECNOLOGIA

FACULDADE DE ENGENHARIA NAVAL

ZILMAR BATISTA PAIVA JÚNIOR

1ª Estudo Dirigido de ÉTICA PROFISSIONAL

belém - PA

2017


  1. Sintetize a ideia do “Imperativo Categórico” a respeito do entendimento e compreensão da moralidade e da ética e a ideia do “Relativismo” sobre o mesmo assunto. Comente o porquê destas duas ideias serem, de certa forma, contraditórias em sua aplicação dos princípios da moralidade e da ética.

Segundo Kant o princípio da ética é o imperativo categórico, relacionado com a moralidade onde o agir deve ser de tal maneira que a máxima vontade possa valer sempre, como princípio de legislação universal, não tendo a ver com um dever externo, mas com um dever interior, tomando decisões morais que não agridam ou afetam outras pessoas. Já o relativismo é considerado uma postura de interpretação da realidade, em que a percepção está diretamente relacionada com a realidade do interlocutor, o segundo o conceito da relatividade, em que as decisões não seriam tomada como uma conclusão válida no plano geral, mas apenas no plano particular.

A contradição entre essas ideias estão na referencia a aplicação dos princípios morais e éticos. Enquanto que o imperativo categórico é sintetizado como o senso no agir de tal maneira que os seus atos reflitam em outra pessoa como você desejaria se estivesse no seu lugar, o relativismo é a percepção da pessoa como verdade, independentemente da opinião alheia ou das conclusões de terceiros.

  1. Defina o termo “Deontologia”.

A deontologia é o conjunto de princípios e normas de conduta de uma determinada profissão, em que cada profissional possui sua deontologia própria, entretanto sua aplicação heterogênea, uma vez que os membros do grupo devem cumprir as regras estabelecidas num Código de Ética de sua categoria.

  1. Defina o princípio da “Universalidade” (filósofo Kant) e o Princípio do “Respeito a Pessoa” (filósofo Kant).

Conforme assegurado por Kant, a universalidade pode ser considerada como uma noção relacionada ao campo do direito, mais especificamente ao campo dos direitos humanos em que visa a manutenção da vida individual e social no mundo moderno. Já o Princípio do “Respeito a Pessoa” ainda segundo o autor, não é incondicional, mas passa por um critério de universalidade. Esse princípio é a constituição da vontade, pela qual ela é para si uma lei que não depende de como foram constituídos os objetos do querer, ou seja, não escolher de outro modo, mas sim deste, onde as máximas da escolha, do próprio querer, sejam ao mesmo tempo incluídas como lei universal.

  1. Resuma o Capítulo 2 da apostila “Ética Deontologia – Manual Formação” em anexo ao e-mail.

Como verificado nesse capítulo, a ética como ciência normativa dos atos humanos, motiva a reflexão sobre aspectos fundamentais da vida humana de uma forma racional ,esclarecendo as escolhas que o homem deve fazer em liberdade. Nesse contexto, essas escolhas podem ser baseadas em diversas doutrinas em que estabelecem conjuntos de princípios morais interligados de forma consistente, em que seus pressupostos devem merecer uma análise crítica de tal forma que o indivíduo identifique a que mais se adequa à sua concepção de humanidade.

A discussão entre o objetivismo e subjetivismo da ética remonta aos Sofistas (defendia  a subjetividade)e a Sócrates e Platao (defendiam a objetidade da ética). Enquanto que para alguns autores há ocorrência de individualismo onde os fins justificam os meios, reforçando o relativismo mora, chamadas de “éticas de ocasião”. Para outros a ética reside no fundamento objetivo válido para todos, sob pena de não ser operativa e de não contribuir para reforçar a coesão social, na medida em que não seja possível enquadrar o homem na sociedade.

A seguir relacionam-se as doutrinas éticas mais conhecidas, de forma a compreender os fundamentos possíveis do raciocínio ético:

Clássicos

Para Platão (427-347 a.C.) agir eticamente é agir com retidão de consciência, em que o comportamento de forma ética aproxima o homem ao mundo das ideias, através da sua inteligência e virtude. Para ele, o verdadeiro sábio busca o ideal e se corrige quando se engana. Já a ética aristotélica (384-322 a.C.) seria a ciência prática do bem, sendo esse bem aquilo que todos desejam. Esse bem seria relativo, em que cada um deve tratar de forma igual o que é igual, e de forma desigual o que é desigual. O bem próprio para Aristóteles é a inteligência, onde o homem é o ser racional. Os estóicos defendiam que a ética decorre da lei natural, onde o fundamental viver com retidão, lutando contra paixões além de haver compreensão, cosmopolitismo e igualdade de todos os homens, ao contrário do epicurismo, hoje sob a designação de utilitarismo, em que em termos éticos, é lícito tudo o que produz prazer, desde que se faça domínio de si mesmo, sem perturbação. Para estes, deve-se viver uma vida associal, sem participação dos filósofos na vida da sociedade.

Contratualismo

Para os contratualistas, a ética é um conjunto de regras e princípios em que temos de acordar para que a sociedade funcione, tornando difícil a distinção entre normas éticas e normas sociais. Segundo esses pensadores, a premissa básica é, a partir do “estado de natureza”, descobrir argumentos racionais para um contrato social que regulam as interações entre indivíduos na sociedade. A ética para os contratualistas está relacionada em que o bem individual está ligado ao bem comum da comunidade, sendo os membros dessa comunidade ligados por objetivos e valores comuns.

Utilitarismo

Considerada atualização do epicurismo clássico, o utilitarismo afirma que o padrão ético é “estão certas as ações que produzam a maior quantidade possível de bem-estar”. Para eles a felicidade não é apenas a perfeição ou o sentido nobre da vida, mas sim o interesse no imediato, no prazer e bem estar. A princípio utilitarista é uma das principais referencias da ética econômica e sociedade contemporânea, onde se acredita que não existe entidade suprema que tenha o poder de decretar o que é bom para a humanidade, por isso deve procurar a maior felicidade e bem estar para o maior número possível.

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