ANTROPOLOGIA, ÉTICA E CULTURA
Por: Vicente Thiago de Carvalho • 27/4/2015 • Trabalho acadêmico • 1.375 Palavras (6 Páginas) • 964 Visualizações
FACULDADES INTEGRADAS CLARETIANAS - EAD
ANTROPOLOGIA, ÉTICA E CULTURA
ANTROPOLOGIA, ÉTICA E CULTURA
- INTRODUÇÃO
Trata-se de trabalho apresentado à disciplina de Antropologia, Ética e Cultura referente a Atividade de Portfólio( ciclo 3). Com vistas à realização do trabalho, foram pesquisados o material de apoio - EAD Claretiano e feita leitura de outras fontes sobre o tema, objetivando responder a atividade proposta.
- QUESTÕES A RESPONDER:
2.1. Relacione as fronteiras da Bioética com a política, com a teologia, com o direito e com a questão geográfica.
A tentativa de estabelecer de forma rigorosa clara e distintamente fronteiras da Bioética com cada campo de saber do conhecimento humano é tarefa demasiado complexa e desnecessária, já que cada secção ou área do conhecimento tem especificidade e contribuição a dar de forma singular e pontual com referência à explicação da vida humana. Contudo, é possível alinhavar marcos referencias diante do leque de opções de divisão de fronteiras. Visando relacionar as fronteiras da Bioética com algumas disciplinas propostas nesta questão, Segundo DANIEL e SCOPINHO (2013), é possível abordar a classificação utilizada por Jean Bernard, conforme a seguir, em linhas gerais:
- Bioética e Política:
Em primeiro lugar é preciso situar a ciência política como aquela que tem como objeto a esfera do poder; ou seja, a jurisdição e âmbito do poder de decisão para adotar essa ou aquela direção para caminhar enquanto sociedade organizada em estado. Em segundo lugar, é preciso dizer que as fronteiras entre a Bioética e a Política precisam conter constante vigilância e análise crítica vigorosa, em razão dos resultados do avanços da ciência e tecnologia. Tais avanços, ao mesmo tempo, podem abrir portas e gerar benefícios(campanhas de vacinação estatais) para a sociedade, como podem, ao contrário, propiciar abusos e destruições (indústria bélica patrocinada por governos) gigantescas e dantescas.
É preciso ter em mente que a violação das fronteiras da Bioética e da Política é no mínimo trágica para maior parte da humanidade, já que os cientistas (que não anjos e nem estão neutros nesse jogo de interesses) produzem teorias, conhecimentos, paradigmas que acabam se transformando em dogmas científicos, visando pautar, direcionar e fundamentar sua ação predatória generalizada.
- Bioética e Teologia:
As fronteiras da Bioética e a Teologia tem como polos de tensão dialética, de um lado, a fé em que estão fundamentados os teólogos, como seu caráter interior e íntimo; e dou outro lado,
o empirismo positivo em que estão embasados os cientistas, com seu caráter externo e objetivo. Inicialmente, durante alguns séculos, essa tensão foi combustível de rigidez de posturas, exclusão e antagonia entre uma e outra parte.
Em menor grau, nos tempos atuais, há ainda enorme descompasso promovido por essa tensão dialética entre a teologia e a ciência. A bioética na contemporaneidade de certa forma protagoniza essa tensão oriunda relação limítrofe em todos sentidos: lógicos, ontológicos e epistemológicos circundantes. De um lado, podemos destacar que os cientistas tem crença demasiada na potencialidade do conhecimento cientifico e tecnológico, como se ele fosse capaz de resolver e superar limites até hoje existentes, apostando nessa forma de conhecimento como se fosse infalível, o que a história já demonstrou em contrário. Por outro lado e perspectiva, em contrapartida, a teologia tem consciência de que o ser humano não é um ser pronto e acabado, não se onhecendo ainda seu pleno desenvolvimento mental e espiritual. Também há certo consenso do exagerado expansionismo material, econômico e financeiro, assim como de extrema pobreza espiritual do homem contemporâneo.
De forma crescente no século 21, o diálogo entre ciência e a religião está buscando maior consenso com vistas a canalizar esforços convergentes no sentido de elaborar “agenda mínima comum” , pela qual a totalidade dos seres humanos, que se sintam descontentes e indignados com a exclusão social, injustiça e desumanidade busquem o soerguimento de uma sociedade mais fraterna, pacífica e feliz.
- A Bioética e o Direito:
Dentre os ramos do conhecimento humano, as fronteiras da bioética com o direito são sem dúvida uma das mais imprecisas e nebulosas. Isso tem origem na constatação de que nem todas as leis não são passiveis de interpretação cristalina e pacífica e, principalmente, em se tratando do universo de problemas relacionados com a bioética, nos quais ainda não restou estabelecida suficiente jurisprudência, tornar-se também ainda mais difícil encontrar posicionamento pacificado pelo poder judiciário.
O que é possível verificar de maneira unânime e incontroversa, nas fronteiras entre a Bioética e o Direito, é a constatação da diversidade de situações perante os avanços nas pesquisas e investigações que não permitem e/ou não propiciam ao legislador propor e aprovar códigos completos e minuciosos, nos quais sejam possíveis a previsão de universo satisfatório de eventualidades, a fim de dirimir também de forma satisfatória demandas futuras e atuais.
- A Bioética e as fronteiras geográficas:
Juntamente com a multiplicidade dos contornos das fronteiras geográficas, a Bioética vai defrontar também com múltiplos fatores para compor os seus contornos ao redor de nosso planeta. Cada país, região e seu povo caracterizam-se por possuir língua, costume, tradição, valores próprios que vão imprimir certa solidez organizativa daquele grupo humano específico. Dessa forma, o multiculturalismo é a marca fundamental que dá o tom e a delineação da Bioética, em termos de sua relação com as fronteiras geográficas.
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