AUSÊNCIA DO MITO NO LOGO
Projeto de pesquisa: AUSÊNCIA DO MITO NO LOGO. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: igis • 7/4/2014 • Projeto de pesquisa • 1.633 Palavras (7 Páginas) • 534 Visualizações
TRABALHO
DE
FILOSOFIA
ÍNDICE
- PASSAGEM DO MITO AO LOGOS
-MITOS
-LOGOS
-TALES DE MILETO
INTRODUÇÃO
Este trabalho irá abordar a definição de Mitos e Logos. Em seguida tem como objetivo falar um pouco do filósofo Tales de Mileto e suas teorias.
Passagem do mito ao logos.
No século VI a.C., em Mileto ou Ásia Menor (Grécia), começa a ser desenvolvido o pensamento racional. O homem grego, primeiro em toda a cultura ocidental, entra em contato com novas culturas, novas formas de pensamento e de compreensão do mundo, o que lhe provoca uma crise de valores. Este homem é o primeiro a perguntar-se que sentido tem tudo, qual é o pensamento correto e como podemos explicar a realidade. Influências de outras possibilidades de vida fazem com que a Grécia comece a se colocar novos desafios, novas formas de ver a vida e de explicá-la. Este momento é conhecido como a passagem do mito ao logos.
Mitos
"Mythos" era a narração através de palavras que os gregos usavam até aquele momento para explicar tudo o que os rodeava. Eram narrações realizadas por poetas, em geral de forma oral, nas quais se contava como os deuses davam sentido ao mundo, isto é, como através da figura dos deuses ocorria tudo o que era narrado nestas.Mito é a procura de explicação para as necessidades vitais do ser humano. Uma dessas necessidades refere-se à criação do mundo e dos seres humanos.
Logos
Significa simplesmente razão. Depois do contato que os gregos tiveram com outras culturas, a forma de ver a vida mudou. Tornaram-se conscientes da insuficiente explicação da palavra religiosa que inundava o mito. Agora, a palavra que explica o porque de tudo é uma palavra carregada de racionalidade. O homem pensa, pesquisa e decide por si próprio como explicar a realidade. Este novo discurso racional é conhecido como "logos".
A passagem do mito para o logos acontece a partir do momento que há um desprendimento da filosofia e do pensamento grego às explicações voltadas aos mitos. Isto começa a ocorrer ainda com os pré-socráticos e tem o seu ápice com sócrates que busca na razão a explicações para o homem, agora o homem seria o foco das investigações e não mais a natureza e os mitos impalpáveis.
I. Período pré-socrático (séc. VII-V a.C.) - Problemas cosmológicos. Período Naturalista: pré-socrático, em que o interesse filosófico é voltado para o mundo da natureza;
O primeiro período do pensamento grego toma a denominação substancial de período naturalista, porque a nascente especulação dos filósofos é instintivamente voltada para o mundo exterior, julgando-se encontrar aí também o princípio unitário de todas as coisas; e toma, outrossim, a denominação cronológica de período pré-socrático, porque precede Sócrates e os sofistas, que marcam uma mudança e um desenvolvimento e, por conseguinte, o começo de um novo período na história do pensamento grego. Esse primeiro período tem início no alvor do VI século a.C., e termina dois séculos depois, mais ou menos, nos fins do século V. Surge e floresce fora da Grécia propriamente dita, nas prósperas colônias gregas da Ásia Menor, do Egeu (Jônia) e da Itália meridional, da Sicília, favorecido sem dúvida na sua obra crítica e especulativa pelas liberdades democráticas e pelo bem-estar econômico. Os filósofos deste período preocuparam-se quase exclusivamente com os problemas cosmológicos. Estudar o mundo exterior nos elementos que o constituem, na sua origem e nas contínuas mudanças a que está sujeito, é a grande questão que dá a este período seu caráter de unidade e denominado período Cosmológico, pois buscava uma visão ordenada do mundo, a explicação racional e sistemática sobre origem, ordem e transformação da natureza e seres humanos. Investigava o princípio universal, imutável e eterno que gerou todas as coisas e seres: de onde tudo vem e para onde tudo retorna.
Esses filósofos acreditavam que todos os seres e coisas estão em movimento e transformação permanente: dia–noite, claro-escuro, quente-frio, seco-úmido, novo-velho, pequeno-grande. E perguntavam:
Por que tudo muda?
Por que se nasce e morre?
Por que tudo se multiplica?
Por que o dia vira noite?
O que é a água, o fogo? Como surgiu? De que é feito?
Physis, segundo os filósofos pré-socráticos, é a matéria que é fundamento eterno de todas as coisas e confere unidade e permanência ao Universo, o qual, na sua aparência é múltiplo, mutável e transitório
A palavra grega Physis pode ser traduzida por natureza, mas seu significado é mais amplo. Refere-se também à realidade, não aquela pronta e acabada, mas a que se encontra em movimento e transformação, a que nasce e se desenvolve, o fundo eterno, perene, imortal e imperecível de onde tudo brota e para onde tudo retorna. Nesse sentido, a palavra significa gênese, origem, manifestação. Saber o que é Physis, assim, levanta a questão da origem de todas as coisas, a sua essência, que constituem a realidade, que se manifesta no Movimento. Nas palavras do professor Miguel Spinelli: "tudo o que nasce está destinado a ser o que deve ser e não outra coisa. Esse nascer destinado, pelo qual o que nasce se submete a um processo de realização, é a phýsis, e, como tal, a archê.
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