Alegoria da Caverna
Por: Marina Albernaz • 1/5/2018 • Trabalho acadêmico • 1.589 Palavras (7 Páginas) • 150 Visualizações
Marina Albernaz 9/08/2016
Professor Edson
Comunicação Integrada
Trabalho
Alegoria da Caverna
Depois de tanto tempo dentro daquela caverna, prestando atenção nas diversas sombras, consegui sair, liberta, e encontrar o mundo que me aguardava. Ao conhecer o mundo real, fiquei pasma com as númeras criações e as tecnologias tão avançadas, coisas que o teatro das sombras não retratava da forma alguma. Por estar tanto tempo pres, cheguei à conclusão da que eu não pude acompanhar o desenvolvimento da sociedade, as novas descobertas e muito menos a evolução das coisas. Mas apesar disso, estava pronta para encarar a realidade e aprender o mais rápido possível. Saí andando sem rumo,
Ao passar por algumas casas, percebi que no telhado de algumas haviam umas borrachas pretas e estranhas, em formatos padrões. Uma mulher se aproximou e perguntou se eu estava bem. Sem desviar os olhos do telhado, perguntei o que eram aquelas coisas. Pareciam cobras, um animal que aprendi com as sombras na caverna, mas nenhuma estava se mexendo. E eis que surgiu a minha primeira curiosidade e fascinação: a energia solar. Criada no início do século XX, tem como objetivo capturar a energia transmitida pelo sol através de painéis solares e gerar energia elétrica ou mecânica aqui na Terra. Também pode ser usada para aquecer água! Essa tecnologia é pouco agressiva ao meio ambiente, devido ao fato de ser uma energia renovável e limpa, que não emite nenhum poluente. O mundo de hoje está exageradamente poluído; a quantidade de carros, lixos e indústrias é exuberante. Mas é bom que ver que mesmo causando danos ao planeta, o ser humano sabe progredir para melhorias.
Em seguida, a moça me convidou para entrar na casa dela, e ao passear pela sala, ouvi barulhos e vozes, mas não tinha mais ninguém lá. Foi aí que percebi aquele retângulo pendurado na parede, com pessoas pequenas dentro… Será que estavam presas, assim como eu estava na caverna? Pareciam estar com medo, se escondendo em um lugar escuro e protegendo umas ás outras. Novamente, a mulher veio ao meu socorro. “Televisão,” ela disse. Aquele retângulo fino, pendurado na parede, que parecia nao ter peso nenhum reproduzia imagens e sons instantâneamente; também foi criada no início do século XX. O que estava sendo projetado, é chamado de filme e eu fiquei fixada naquilo. Queria assistir, conhecer e entender tudo! A mulher me explicou que também existiam fotografias, que são imagens paradas, utilizada para capturar momentos únicos durante a nossa vida.
Enquanto continuava a assistir o filme, uma outra tecnologia me chamou atenção. Dessa vez, senti medo e desespero, porém a minha curiosidade falava mais alto. “O que foi aquilo no filme?” Bomba. Um pequeno (ou grande) dispositivo capaz de causar destruição e morte em larga escala. Pode extinguir vilas, prédios e as vezes até uma cidade inteira. Aquilo me assustou tanto! Como alguém teve a capacidade de inventar algo táo maligno, tão impuro? Aprendi que o ser humano pode ser genial, mas ao mesmo, muito perverso.
Outro som inundou a sala, dessa vez, rítmico e constante. Da repente, escutei a mulher… Conversando? Mas com quem? Desconfiada, fui chegando mais perto dela, e notei que ela segurava algo próximo a orelha, do tamanho da palma da mão. Ela não parava de falar, e depois ainda começou a rir. Quando terminou, abaixou a mão e tocou no objeto, e então - silêncio total. Reparando a minha perplexidade, riu novamente e disse que aquilo era um celular. Criado no meio do século XX, é um aparelho de comunicação eletromagnética, que permite a transimissão da vozes em uma área geográfica dividida em células. Com isso, é possível conversar em tempo real com qualquer pessoa do mundo, onde quer que ela esteja! Um mundo sem fronteiras, sem limites. E eu lá achando que comunicação só era possível com gestos e mímicas…
A mulher continuava rindo de mim, como se eu fosse uma extraterrestre. Mas pensando bem, eu ainda estou acostumando com a ideia de que eu realmente estava completamente alienada. Ela explicou que precisava resolver algumas coisas e afirmou que eu poderia acompanhá-la, e é claro que não neguei o convite. Antes de sair, passando pela área da serviço, a mulher pegou no colo um monte de roupas e as lançou dentro da um quadrado branco, com uma abertura redonda em cima e um cilindro metálico dentro. Pensei que estava jogando as roupas fora, mas ela ia lavá-las. “Isto é uma máquina de lavar roupas.” Eu não falei nada, apenas observei e contemplei o que havia aprendido com as sombras. Onde estava o rio, os galhos para pendurar cada peça? De repente, vi que a máquina continha sua própria água e que tinha o sabão dentro também. Girando com força, toda a sujeira da roupa é removida, deixando tudo limpo e cheiroso. As criações da máquina de lavar roupa começaram no século XVII, mas só funcionaram mesmo no século XX.
Saímos da casa e fomos andando pela cidade. Tudo era novo para mim, muita coisa para absorver da uma vez só. Preferi ficar calada por enquanto, se não com certeza iria parecer uma lunática. Ao entrar em uma loja com diversos objetos, a mulher foi pegando tudo que era da sua necessidade e dirigiu-se à entrada da loja para pagar as compras. Esse eu achava que já conhecia: o dinheiro. Já estava imaginando a troca entre as moedas e os objetos, como tinha sido explicado pelas sombras. Mas estava errada mais uma vez; da bolsa, a mulher tirou um pequeno pedaço da plástico, entregou para a outra e pronto - as compras estavam pagas. Cartões de crédito são mundialmente utilizados e são praticamente indispensáveis na sociedade moderna. É o dinheiro eletrônico, uma forma de indicar ao vendedor que você tem crédito em algum banco e que ele não perderá dinheiro, e a transação é feita pela transmissão de dados instantâneos.
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