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Resenha THX 1138, Corpo Dos Condenados E Alegoria Da Caverna.

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Por:   •  22/10/2013  •  941 Palavras (4 Páginas)  •  802 Visualizações

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As três obras em questão tem dois sentimentos em comum, o medo do desconhecido e a suposição do que é a loucura consciente. O filme “THX 1138” apresenta um mundo futuro em que humanos vivem em uma colônia subterrânea, isolada do mundo acima de sua cabeça, controlada por máquinas, robôs e drogas. Desde o início as crianças são estimuladas a não obter qualquer tipo de emoção, como amor, alegria, tristeza e raiva, a não ser o medo. A arma que a colônia usa para manter a “sociedade” sob controle é o medo. Implantado para fazer com que as pessoas não tenham a curiosidade de saber como é o mundo além dos limites da fortaleza, enfatizando a morte certa caso alguém se arriscasse a sair do limite imposto pelo controle. O personagem consegue ultrapassar essa barreira do medo, saindo da colônia e contemplando com seus próprios olhos o mundo exterior, com um sol deslumbrante. Enquanto todos continuavam a viver sua vida controlada abaixo de seus pés.

O primeiro capítulo do livro, chamado “O Corpo dos Condenados” é extenso e bem detalhista, mas tem uma citação que resume tudo, é o seguinte:

“Que as punições em geral e a prisão se originem de uma tecnologia política do corpo, talvez me tenha ensinado mais pelo presente do que pela história. Nos últimos anos, houve revoltas em prisões em muitos lugares do mundo. Os objetivos que tinham suas palavras de ordem, seu desenrolar tinham certamente qualquer coisa de paradoxal. Eram revoltas contra toda uma miséria física que dura há mais de um século: contra o frio, contra a sufocação e o excesso de população, contra as paredes velhas, contra a fome, contra os golpes. Mas eram também revoltas contra as prisões-modelos, contra os tranquilizantes, contra o isolamento, contra o serviço médico ou educativo.”

O capítulo começa expondo as formas de punições antigas, como desmembramentos, enforcamentos, esquartejamentos, ou seja, métodos cruéis. Tais procedimentos descritos no texto da o entender que eram usados também para colocar medo na sociedade, já que eram métodos em que a sociedade assistia a todas as punições. Com o tempo a forma de julgar e de punir foi mudando para serem menos cruéis, e a loucura passou a ser considerada isenta de punição. Uma pessoa louca era doente, então por isso não poderia ser considerada culpada por um crime que cometeu pela doença mental. O louco merecia tratamento, já que poderia ser curado. O julgamento e os métodos evoluíram mais ainda e se tornaram como conhecemos hoje, com prisões e regimes controlados. Todo esse propósito de controle físico e mental provém da necessidade do controle que a sociedade precisa ter sobre a maioria. Impondo o medo de ficar trancafiado, ser punido e sofrer caso faça algo que a mesa julgue errado contra “o bem maior”.

A Alegoria da caverna, texto escrito por Platão, apresenta um olhar parecido com o de THX 1138. Com uma caverna que aprisiona uma quantidade de homens que não tem acesso ao mundo de fora, e mais do que isso, não sabem de sua existência. Uma pequena fresta por onde entra um feixe de luz, transmite imagens de sombras que estão do outro lado da parede, nessa mesma caverna. Essas sombras são tudo que os homens conhecem de seu mundo, até um deles se aventurar a sair da caverna, arriscando sua vida pela curiosidade do desconhecido. O homem consegue e descobre que a luz vinha de uma fogueira e que as sombras

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