Amor liquido
Por: Mylle Mayanne • 4/12/2015 • Trabalho acadêmico • 1.033 Palavras (5 Páginas) • 347 Visualizações
AGES
FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
BACHARELADO EM DIREITO
MYLLENNA MAYANNE SILVA SANTOS
FICHAMENTO:
AMOR LÍQUIDO:
SOBRE A FRAGILIDADE DOS LAÇOS HUMANOS
Fichamento apresentado no curso de Direito da Faculdade AGES como um dos pré-requisitos para obtenção da nota parcial da disciplina de Filosofia do 1º período, sob a orientação do Professor Doutor Cristiano Santiago.
PARIPIRANGA/BA
ABRIL/2013
BAUMAN, Zygmunt. Amor Líquido: sobre a fragilidade dos laços humanos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2004.
RESUMO:
ZYGMUNT BAUMAN é um sociólogo polonês e um intelectual mais respeitado nos dias atuais. Autor de diversas obras, dentre elas podemos citar Comunidade; Identidade; Tempos Líquidos; Amor Líquido, entre outras. Nesta obra “Amor Líquido”, o autor analisa sobre a fragilidade dos laços humanos e investiga o mistério da modernidade líquida sobre as relações amorosas e familiares. Segundo Bauman, os seres humanos estão dando mais importância para os relacionamentos “online”, onde o compromisso e a prática do amor estão fora de moda. Outro problema que podemos ressaltar é a insegurança do individuo, que por meio desta a sociedade torna vulnerável aos meios práticos de comunicação para relacionar-se, deixando para traz o relacionamento instável e duradouro por medo de sofrer e para não se sentirem sozinhos procuram as facilidades tecnológicas. Contudo, a modernidade líquida que o autor menciona ao ser humano flexiona a substituição dos relacionamentos que permanece na sociedade, o amor como um todo para essa “nova era” aparenta para estes um “jogo de azar”. Zygmunt por sua vez nos faz refletir, “o espelho está aí, basta olhar para ver nosso verdadeiro reflexo”.
- APAIXONAR-SE E DESAPAIXONAR-SE
“Nem no amor nem na morte pode-se penetrar duas vezes – menos ainda que no rio de Heráclito. Eles são na verdade, suas próprias cabeças e seus próprios rabos, dispensando e descartando todos os outros.” (p. 9)
“[...] O amor explode de energia criativa, que inúmeras vezes é liberada numa explosão ou fluxo continuo de destruição.” (p. 17)
Os fragmentos ilusórios de amores líquidos que se propagam no certo e incerto dessa insensatez. Realiza um desfecho continuo da morte e do desapaixonar-se que por serem diferentes palavras com significados também distintos, existe um elo comum o ‘desapego’. Portanto, viver e esquecer neste contexto de desapegar flexiona o solene escrúpulo do inexistente “ate que a morte nos separe” para “cada um segue seu caminho”. Essa cultura demasiada onde só permanece o que é satisfatório. Onde as promessas de amor se torna um arquétipo de produto comprado que usa ate não querer mais. Que o ‘delete’ do computador, se torna o cúmulo dos términos dos casais. Contudo, essa cultura desapegada de amor, transcreve o fracasso dos relacionamentos.
- DENTRO E FORA DA CAIXA DE FERRAMENTAS DA SOCIABILIDADE
“A líquida racionalidade moderna recomenda mantos leves e condena as caixas de aço.” (p. 31)
“Os impulsos e desejos que escapam aos grilhões da racionalidade – eram ligados ao sexo de modo inseparável e inextricável porque este tal como outras atividades humanas, estava entrelaçado ao modelo de vida do produtor.” (p. 31/32)
Segundo Zygmunt Bauman, o ser humano anseia por convívio, mas é órfão de Eros. Nesta sociedade não se produz o desejo erótico, e deixa vulnerável a separação da reprodução do relacionamento sexual. No entanto, a formação de uma família, é relação com o próprio conforto, onde a devasta modernidade líquida tem seus filhos como mercadorias, por procurarem uma montagem perfeita em catálogos clínicos. A união culturalmente ilusionista do sexo na atualidade encontra-se num paradoxo da pureza entre os casais e a felicidade que transcreve a satisfação. Contudo, os relacionamentos virtuais asseguram e/ou preservam a proximidade das pessoas deixando encasulado o compromisso. A anarquia ai contida desfalece o ato de socialização entre casais acelerando o triunfo do mercado consumidor.
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