Análise Platão – Górgias
Por: Marcelo5 • 15/10/2018 • Resenha • 1.698 Palavras (7 Páginas) • 182 Visualizações
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Análise Platão – Górgias
Aluno: Marcelo Augusto Silva Almeida
Turma: EC2
Professor: Márcio d’Amaral
Segmento referente ao resumo do livro: Platão – Górgias
O livro consiste em trazer diálogos de Sócrates contando com a presença de Cálicles, Polo, Querefonte e Górgias, que dá título ao livro. No decorrer dos diálogos documentados, contata-se a importância dada à retórica, ‘’arte’’ responsável por levantar inúmeras pautas, a partir do momento em que Sócrates possui uma opinião divegente a dos Sofistas que a consideram como a ‘’arte do convencimento das plateias’’, atribuindo um valor significativo para esta. Por outro lado, Sócrates a considera ‘’vazia’’, ao passo que não poderia ser obtido um conhecimento a partir do convencimento, apenas. Estabelecida esta contraposição, começa-se o desenrolar dos questionamentos para se alcançar de fato a verdade.
Em primeira instância, Polo se compromete a dar uma resposta a qualquer pergunta que o fosse direcionada, porém a falta de objetividade e correspondência às questões abordadas, incomoda Sócrates, levando a Górgias responder tendo em vista que se assegurava de possuir mais clareza que qualquer um poderia ter.
Frente a isto, Górgias responde aos questionamentos deixando expícito a defensoria pela retórica, considerando o maior bem desta arte: o de convencer a qualquer um, desde cidadãos a juízes nas assembleias ou até mesmo médicos, fazendo destes, escravos da sedução que utiliza como meio o discurso, as palavras.
Ainda imerso no conhecimento a respeito da retórica, Sócrates questiona se a persuasão é o ponto exclusivo dessa arte, o que é confirmado por Górgias enquanto uma ótima definição, e em seguida confirma que este ponto não é exatamente exclusivo da retórica apenas, tendo em mente que outras artes também possuem a características abordada. Diante disto, Sócrates pede para que Górgias responda à que classe este tipo de retórica pertence, tendo como resposta a classe responsável pela determinação do justo e do injusto.
O professor de Platão continua com a sua série de perguntas consecutivas visando alcançar a verdade desejada, direcionando-as a Górgias, o que desencadeia na evolução das justificativas e ideias. No desdobramento dessas perguntas, chega-se a parte referente à oposição entre crer ou saber, havendo um divisor de opiniões entre os dois. De acordo com as conclusões obtidas por meio da conversa, tem-se que a sabedoria se concretiza na verdade, enquanto a crença pode se basear em ponto de partidas falsos. Tendo esta análise em conta, Sócrates por meio de suas perguntas prova que a retórica utilizada nos negócios humanos apoia-se na crença e não no conhecimento, no saber, oriundo da verdade e consequentemente pode ser utilizada erroneamente.
Um dos momentos de contradição surge no diálogo: sendo questionado por Sócrates, Górgias acaba criando uma oposição de pensamentos distintos, já que considera que a justiça é a finalidade da arte da retórica, onde oradores não podem cometer injustiça. No entanto, com a persistência das perguntas, acaba dizendo que apenas os que sabem o que é justiça, que poderiam ser justos, trazendo mais um momento da confirmação da premissa de Sócrates.
Alterando a ordem um pouco, o diálogo toma outro rumo, com a presença de Polo, sendo desta vez Sócrates o interrogado. O diálogo em primeiro momento fundamenta-se no que Sócrates pode ter entendido a partir do que foi discutido anteriormente com Górgias, sobre retórica, que responde ter a compreendido como uma rotina, que ‘’proporciona prazer e satisfação’’. No decorrer de sua fala, levanta o conceito de corpo e alma, onde o corpo representa a medicina por exemplo e a alma representa o âmbito político e ao fim, deixa a entender que a retórica então compreenderia parte da bajulação, ‘’simulacro de uma parte da política’’.
Após alguns desentendimentos em torno do diálogo de Polo e Sócrates, por conta do método Sócrático que acaba não sendo equivalente a forma de Polo referente ao que se questionava, o diálogo direcionou-se para a questão dos piores males possíveis do mundo. ‘’A injustiça, a intemperança e os demais vícios da alma não são oa maioes males do mundo?’’. E assim, mais uma vez os dois entram em discussão e acabam julgando a injustiça ser o maior dos males. No entanto, a concepção a partir de sofrer ou cometer injustiça é o que causa a divisão de campo. Para Sócrates cometer a injustiça seria pior que sofrer injustiça, como acredita Polo. A divergência meio ao diálogo conta com Sócrates explicando que a pessoa a partir do momento que comete uma injustiça e não é punida, poderá ser mais infeliz do que quem sofre a injustiça. Sob outra perspectiva, Polo descorda disso, e afirma que a pessoa que comete injustiça e não é punida será mais feliz, e pode até ser mais feio, mas não equivale á um mal (algo pior) como um todo. Apoiado nesta contraposição, Sócrates passa a questionà-lo, visto que Polo não correlacionava os conceitos de belo à bom, e mau a feio, fazendo com que Polo admita que não tinha razão, e Sócrates estaria certo em seu posicionamento a respeito do que seria pior.
Diante disto, Sócrates focaliza na questão da retórica ser um instrumento para pessoas injustas, visto que esta utiliza o convencimento, independente do que é certo ou errado, para alcançar pessoas de qualquer forma.
Nesta situação, Cáclices começa a tomar partido no diálogo, acusando Sócrates de ‘’intimidar’’ Polo, fazendo com que o mesmo não expressasse realmente o que pensa, insinuando que com sua forma de agir (o modelo Socrático), criando uma atmosfera de discórdia. Seus argumentos passam por críticas à lei também, sendo estas para o mesmo, criadas por pessoas fracas em sua concepção. No desenrolar de sua fala também estabalece comparações da sociedade com o a natureza, ao levantar a pauta sobre injustiça, no que tange à porção que deve ser direcionada para os mais fortes, e a porção pertencente aos mais fracos, exemplificando com animais, separando-os e associando da seguinte forma: fortes/nobres e fracos/mais pobres.
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