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Apriorismo Kantiano: Entre A Experiência E A Razão

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Por:   •  1/9/2014  •  965 Palavras (4 Páginas)  •  1.622 Visualizações

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Apresentação

Kant é seguramente o filósofo mais importante da Ilustração e, quiçá, de toda a

Modernidade. Por isso frequentemente se divide o pensamento moderno entre pré-

Kantiano e pós-kantiano. Quando falamos assim, na verdade, estamos distinguindo entre o

Tipo de filosofia que se fazia antes e depois da Crítica da razão pura, já que é nesta obra que

São sintetizados os princípios do criticismo kantiano e da revolução copernicana na

Filosofia.

No entanto, Kant não foi sempre um crítico, já que possuiu uma larga fase denominada.

Pré-crítica, na qual ainda não havia desenvolvido o criticismo. Contudo, podemos

Interpretar toda esta ampla etapa como um continuado esforço de Kant para conseguir

Formular o criticismo, que constitui seu pensamento maduro e a síntese de sua

Contribuição filosófica. Deve-se notar, contudo, que Kant possui um pensamento muito

Complexo e bem mais amplo que o identificado com suas três críticas: Crítica da razão pura,

Crítica da razão prática e Crítica da faculdade de julgar.

Kant recebeu e forneceu resposta específica a praticamente todas as grandes correntes

Filosóficas de seu tempo: à tradição racionalista moderna, sobretudo a partir da

Perspectiva da chamada Escola de Leibniz-Wolff; à tradição da ciência física matemática,

Especialmente desde o sistema de mundo de Newton; à tradição empirista moderna,

especialmente desde as conclusões céticas que dela extrai Hume; ao pensamento e a

atitude da Ilustração, mormente da formulação que lhe deu Rousseau; e, também, à

tradição religiosa cristã, sobretudo a partir do pietismo luterano no qual Kant foi educado.

Conteúdo

O sistema filosófico de Immanuel Kant (séc. XVIII) é conhecido pelo nome geral de criticismo e encontra-se exposto, sobretudo, na Crítica da razão pura. Kant diz desenvolver uma "filosofia transcendental" na qual expõe a crítica a que há que submeter a razão humana a fim de indagar as condições que tornam possível o conhecimento a priori. Com a sua filosofia Kant conciliava as disputas entre empiristas e racionalistas. Para isso considera que existem duas faculdades que operam na aquisição de conhecimentos: a sensibilidade (1) e o entendimento (1).

Hume defendeu que não era possível conhecer mais do que aquilo que os sentidos e a memória nos oferecem e que não é possível um conhecimento universal e necessário das coisas, porque tal necessidade e universalidade não nos são dadas pela experiência. Kant opõe a esta ideia a suposição de que, se esta necessidade e universalidade não podem vir da experiência, mas se, por outro lado, são condições necessárias de um verdadeiro conhecimento, então terão de ser um elemento a priori do mesmo.

Considera que, para entender a experiência (conhecimento a posteriori), é necessário ter conhecimentos que não provenham da experiência (conhecimentos a priori): "embora todo o nosso conhecimento comece com a experiência, isso não significa que proceda todo da experiência". Só assim é que o conhecimento empírico pode ter as condições exigidas pelo verdadeiro conhecimento (universalidade e necessidade) -- características que a experiência por si só não pode outorgar. Esta posição opera uma mudança de método, tal como a afirmação de que não é o entendimento que se deixa governar pelos objetos, mas são estes que se submetem às leis do conhecimento impostas pelo entendimento humano. Trata-se

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