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Arete Grecia

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Por:   •  24/9/2014  •  598 Palavras (3 Páginas)  •  346 Visualizações

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Introdução

Geralmente apontamos o lado positivo da civilização grega, destacando o desenvolvimento cultural, político e econômico. A Grécia Antiga é o berço da democracia, das Olimpíadas e da Filosofia. Porém, esta mesma sociedade, que gerou toda esta riqueza cultural, utilizou para diversos fins a mão-de-obra escrava.

Tornando-se um escravo.

Na Grécia Antiga uma pessoa tornava-se escrava de diversas formas. A mais comum era através da captura em guerras. Várias cidades gregas transformavam o prisioneiro em escravo. Estes, eram vendidos como mercadorias para famílias ou produtores rurais. Em Esparta, por exemplo, cidade voltada para as guerras, o número de escravos era tão grande que a lei permitia aos soldados em formação matarem os escravos nas ruas. Além de ser uma forma de treinar o futuro soldado, controlava o excesso de escravos na cidade (fator de risco de revoltas).

Em algumas cidades-estado gregas havia a escravidão por dívidas. Ou seja, uma pessoa devia um valor para outra e, como não podia pagar, transformava-se em escrava do credor por um determinado tempo. Em Atenas, este tipo de escravidão foi extinto somente no século VI a.C, após as reformas sociais promovidas pelo legislador Sólon.

O trabalho escravo

A mão-de-obra escrava era a base da economia da Grécia Antiga. Os trabalhos manuais, principalmente os pesados, eram rejeitados pelos cidadãos gregos. O grande filósofo grego Platão demonstrou esta visão: “É próprio de um homem bem-nascido desprezar o trabalho”. Logo, os cidadãos gregos valorizavam apenas as atividades intelectuais, artísticas e políticas. Os trabalhos nos campos, nas minas de minérios, nas olarias e na construção civil, por exemplo, eram executados por escravos.

A mão-de-obra escrava também era muito utilizada no meio doméstico. Eles faziam os serviços de limpeza, preparavam a alimentação e até cuidavam dos filhos de seu proprietário. Estes escravos que atuavam dentro do lar possuíam uma condição de vida muito melhor que os outros.

O conceito de arete e os escravos gregos

O conceito ARETÉ foi crucial na ética e na política da Grécia clássica. Na sua forma mais elementar é a "excelência" ou"perfeição" e sempre foi vinculado especialmente com a posse da VIRTUDE.

No entanto esta aretê, tal como era inicialmente concebida, não estava presente no comum dos homens. Bem pelo contrário, era algo inerente unicamente à classe aristocrática em geral. Por exemplo, na Grécia era convicção que a um escravo, que fosse descendente de uma família de alta estirpe, era-lhe retirada, por Zeus, metade da aretê, deixando este de ser quem era antes. Um escravo não podia ter aretê, uma vez que esta era uma característica exclusiva da nobreza. Por sua vez, aristocrata e aretê andam de mãos dadas. Aliás, é curioso verificar que a raiz destas duas palavras é comum: aristos, que era adjectivo superlativo de distinto e escolhido, no plural era utilizado para definir a nobreza. Ainda assim, apesar de a aretê ser uma característica exclusiva da nobreza, mesmo entre estes a aretê não

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