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Aristoteles

Por:   •  2/4/2015  •  Artigo  •  3.266 Palavras (14 Páginas)  •  429 Visualizações

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ARISTÓTELES:

um discípulo genuíno.

RESUMO: Aristóteles nasceu em Estagira, em 384 a.C, foi discípulo de Platão e frenquentou sua academia durante vinte anos. Em 335/334 a.C, fundou sua própria escola, chamada paripatética, em Atenas. Seus escritos se dividem em dois grandes grupos: exotéricos (ao grande grupo), que foram todos extraviados e os esotéricos (textos internos da academia), que foram os que chegaram até nós, nestes Aristóteles prestou contribuições fundantes nas áreas do conhecimento humano, destacando-se: metafísica, física, ética, política, lógica, psicologia, poética, retórica. Aristóteles também foi um discípulo que em muito sentidos ultrapassou o mestre, Platão, sendo chamado de “discípulo genuíno”. Ao lado de grandes filósofos, construiu um dos principais fundamentos da filosofia ocidental.

PALAVRAS CHAVE: Aristóteles; Metafísica; Física; Psicologia

INTRODUÇÃO

Com o presente artigo pretende-se explanar de modo sucinto o pensamento do filósofo grego Aristóteles. Aristóteles viveu nos séculos V e IV a.C. na Grécia Antiga; período de grande desenvolvimento cultural e científico. “O esplendor de cidades como Atenas, e seu sistema político democrático, proporcionou o terreno propício para o desenvolvimento do pensamento.” (www.suapesquisa.com/filosofia). Discípulo de Platão muito se difere de seu mestre, como o próprio filósofo diz: “O verdadeiro discípulo é aquele que consegue superar o mestre.”, e isso fez; em algumas obras deixa de lado o componente místico-religioso-escatológico (alimentado pela fé e crença) de seu mestre, pretendendo uma rigorização no seu método (dedutivo e indutivo). Ao contrário de Platão, que rejeitava as ciências empíricas, “Aristóteles[...] toma sempre o fato como ponto de partida de suas teorias, buscando na realidade um apoio sólido às suas mais elevadas especulações metafísicas.” (www.mundodosfilosofos.com.br/aristoteles.htm).Por fim, a ironia e a maieutica socrática deram origem no discurso de seu mestre a um filosofar que era como uma busca sem cessar, quando Aristóteles com o oposto empírico cientíco “iria necessariamente levar a uma sistematização orgânica das várias aquisições, uma distinção dos temas e problemas segundo sua natureza a uma diferenciação nos métodos com que se pode enfrentar e resolver os diversos tipos de questões.”(REALE, e ANTISERI; 1990; p.178).

Devido a extenção de suas obras, a complexidade que eles possuem e por outrora outros filósofos terem tratado também dos mesmos assuntos, seus escritos apresentam algumas problemáticas como sobre a substância, na metafísica; o movimento, na física e a alma, na psicologia, sendo que esta não foi completamente respondida pelo filósofo.

“Sua vasta obra filosófica constitui um verdadeiro sistema, uma verdadeira síntese. Todas as partes se compõem, se correspondem, se confirmam.” (www.suapesquisa.com/aristoteles)

1 VIDA E OBRA

Nascido em Estagira, colônia grega da Trácia, no litoral setentrional do mar Egeu, em 384 a.C, filho do médico Nicômaco. Perdeu seus pais cedo e com dezoito anos, em 367, foi para Atenas e ingressou na academia platônica, onde ficou por vinte anos, nesse período estudou os filósofos pré-platônicos, que lhe foram úteis na construção do seu grande sistema, também amadureceu e consolidou sua vocação filosófica. Com a morte de seu mestre, Platão, em 347 a.C. Aristóteles deixou a academia. Assim, parte de Atenas para Ásia Menor, onde funda uma escola em Axo, primeiramente com os platônicos Erasto e Corisco, onde ministrou cursos sobre discíplinas propriamente filosóficas,depois parte para Mitilene, onde realiza pesquisas de ciências naturais.

Em 343/342 a.C foi chamado por Felipe da Macedônia, para cuidar da educação de seu filho Alexandre, então com treze anos,que tornaria-se “O grande” ao revolucionar a história grega. Aristóteles permaneceu na Macedônia até 336 a.C, quando Alexandre subiu ao trono, após, voltou para Atenas.

De volta à Atenas, em 335/334 a.C, alugou alguns prédios onde fundou a escola peripatética ( do grego perípatos, “passeio”), assim chamada porque as lições eram tomadas nas veredas do jardim anexo ao prédio. Esse período foi o mais fecundo na sua produção, foi quando houve o acabamento e a grande sistematização dos tratados filosóficos e científicos.

Morreu em 322 a.C,quando se exilou, depois de uma forte reação antimacedônica, na qual foi envolvido por ter sido mestre de Alexandre. Deixou a direção de sua escola com Teofrasto.

Seus escritos se dividem em dois grandes grupos: os exotéricos, destinado ao grande público, fora da escola (cartas, poemas, diálogos e transcrições dos cursos abertos), estes se perderam todos, sendo encontrados depois apenas fragmentos deles ou referências em outros autores; e os esotéricos: destinados aos discípulos de sua escola, ou seja, interno da escola, tratam principalmente de problemática filosófica e de algum ramo das ciências naturais.

Aristóteles divide o saber em três grandes ramos. As que buscam o saber em si mesma; as que buscam o saber para através dela alcançar a perfeição e as que buscam o saber em vista do saber, respectivamente, ciências teoréticas, ciências práticas e ciências poiéticas ou produtivas.

2 METAFÍSICA

Primeira das ciências teoréticas,“ a metafísica aristotélica é, com efeito, [...], a ciência que se ocupa das realidades que estão acima das físicas, das realidades tranfísicas ou suprafísicas [...].”(REALE;1994; p.335). Como tal, encontra em seu corpo, suas respostas e seu fim, sendo assim “livre” por exelência, ou seja, não está pressa a servir à questões empíricas ou práticas, nem mesmo às necessidades materias São quatro as definições que Aristóteles dá para a metafísica: ciência que “indaga as causas e os príncipios primeiros ou supremos”; “indaga o ser enquanto ser”; “indaga substância”; e “indaga Deus e a substância supra-sensível”. Em todas as suas definições, ele esteve em harmonia com aqueles que o precederam, e também entre si, existe harmonia.

A metafísica, enquanto, indaga as causas e princípos, estabelece quatro o número de causas das coisas: causa formal (forma ou essência); causa material (matéria, aquilo de que é feito); causa eficiente(quem gerou a mudança ou o movimento) e causa final(objetivo).

A filosofia primeira, também indaga o se enquanto ser.

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