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Augusto Comte

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Por:   •  26/5/2014  •  813 Palavras (4 Páginas)  •  5.137 Visualizações

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Introdução

A Sociologia nasceu da crise provocada pela desagregação do sistema feudal e pelo surgimento do capitalismo. As transformações decorrentes desse processo abalaram todos os setores da sociedade europeia e depois atingiram a maior parte do mundo. Muitos autores se esforçaram para entender o que estava ocorrendo.

A mudança social para os clássicos da Sociologia

As transformações e crises nas diversas sociedades constituem um dos principais objetos da Sociologia. No século XIX uma das ideias que orientava as discussões era a de progresso. Conforme Robert Nisbet, sociólogo estadunidense, a ideia de progresso tinha raízes no pensamento grego e, desde a Antiguidade, esteve presente no imaginário de todas as sociedades, mas no século XVIII, com o surgimento do Iluminismo, e no XIX ela ocupou um lugar destacado e permeou o pensamento de muitos autores.

Auguste Comte

Dos pensadores do século XIX, Comte foi um dos que mais influenciou o pensamento social posterior. Desde cedo rompeu com a tradição familiar, monarquista e católica, tornou-se republicano, adotando as ideias liberais, e passou a desenvolver uma atividade política e literária que lhe permitiu elaborar uma proposta para resolver os problemas da sociedade de sua época.

Toda sua obra está permeada pelos acontecimentos da França pós-revolucionária. Defendendo sempre o espírito da Revolução Francesa de 1789 e criticando a restauração da monarquia, Comte se preocupou fundamentalmente com a organização da nova sociedade que estava em ebulição e em grande confusão.

Ordem e progresso

Em termos sociológicos, Comte dividiu seu sistema em dois campos: o estático e o dinâmico, que estariam expressos nas palavras ordem e progresso. Toda mudança, isto é, o progresso, deveria estar condicionada pela manutenção da ordem social. Nesse sentido, sua opção era conservadora, pois admitia a mudança (progresso), mas limitava-a a situações que não alterassem profundamente a situação vigente (ordem). A expressão que pode resumir bem seu pensamento é: “nem restauração nem revolução”, isto é, não devemos voltar à situação feudal nem querer uma sociedade diferente desta em que vivemos.

A obra de Auguste Comte está permeada pelos acontecimentos que marcaram a França pós-revolucionária. Ele defendeu em parte o espírito de 1789 e criticou a restauração da monarquia, preocupando-se fundamentalmente em como organizar a nova sociedade, que, no seu entender, estava em ebulição e em total caos. Para Comte, a desordem e a anarquia imperavam por causa da confusão de princípios (teológicos e metafísicos) que não podiam mais se adequar à sociedade industrial em

expansão. Era, portanto, necessário superar esse estado de coisas, usando a razão como fundamento da nova sociedade industrial.

Positivismo, a razão cientifica como fundamento

Auguste Comte, assim, propôs uma completa mudança da sociedade, mediante uma reforma intelectual plena do ser humano. A “filosofia positiva” ou “positivismo” foi o conjunto de postulados para modificar, por meio dos novos métodos das ciências daquela época, a forma de pensamento das pessoas. Daí então a visão de Comte da Sociologia, ou a “física social”, ao estudar a sociedade pela análise de seus processos e estruturas, proporia uma

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