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Aula-tema 06: Nova Sociologia Da Educação: A Indústria Cultural

Trabalho Universitário: Aula-tema 06: Nova Sociologia Da Educação: A Indústria Cultural. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  8/11/2014  •  1.055 Palavras (5 Páginas)  •  611 Visualizações

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O termo Indústria Cultural foi lançado por pensadores da Escola de

Frankfurt, tendo sido especialmente debatido por Theodor Adorno (1903-1969)

e Max Horkheimer (1895-1973).

Do modo geral, as teorias desenvolvidas pela Escola de Frankfurt tinham

como objetivo rever alguns dos princípios da teoria marxista, incorporando, em

tais análises, conceitos provenientes da Sociologia do Conhecimento e da

Psicanálise.

Nesse sentido, os pensadores da Escola de Frankfurt desenvolveram,

entre outras coisas, críticas aos meios de comunicação de massa, aos quais,

por exemplo, atribuíam o sucesso da doutrina nazista na Alemanha.

O conceito de indústria cultural faz referência à produção tecnológica,

lucrativa, planejada e em série de bens simbólicos, isto é, implica, no contexto

da sociedade capitalista, a transformação da arte e da cultura em mercadorias.

Em outras palavras, perante o capitalismo, a cultura e a arte perderiam seus

verdadeiros sentidos e se tornariam apenas mercadorias a serem vendidas e

consumidas, de acordo com as críticas dos pensadores da Escola de Frankfurt.

A indústria cultural, do lazer e do divertimento, investiria em

determinados produtos culturais que agradam, com bastante facilidade, às

massas, porém estes não são fundamentados em manifestações artísticas de

maior qualidade. O lucro é maior com o investimento barato em produções

artísticas de pouca qualidade e de entretenimento fácil mas que, em geral, não

levam o público ao enriquecimento pessoal ou à reflexão.

Desse modo, a cultura midiática passou a ser estudada como uma nova

forma de opressão ideológica e de dominação da burguesia sobre as classes 2

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subalternas. Isso porque se considerava que, na sociedade capitalista, os

burgueses possuem uma considerável bagagem cultural, ao passo que os

proletários encontram dificuldades para obter uma formação cultural básica e,

quando o fazem, em geral, recorrem às produções de baixa qualidade da

indústria cultural.

Tal quadro tem um agravante relacionado ao fato de os trabalhadores

viverem constantemente sob a influência da ideologia burguesa, inclusive

quando não estão trabalhando, considerando que os jornais, o cinema, o rádio

e a televisão, ou seja, as atividades que envolvem o trabalhador em seu tempo

livre, são controladas pelos burgueses e, portanto, refletem os ideais da

burguesia.

A indústria cultural, do divertimento e da distração perpetuaria as

condições de existência, pois não faz os indivíduos avançarem em suas

próprias vidas. Ao se difundirem as “mercadorias culturais”, o que se está

vendendo são os valores dominantes do capitalismo.

Sendo assim, os veículos de comunicação de massa, de propriedade da

burguesia, constituiriam sistemas de dominação sobre a classe trabalhadora,

na visão dos críticos da indústria cultural.

Coloca-se, então, que, sob a influência do capitalismo, a comunicação

está voltada a interesses econômicos e financeiros. Além disso, destaca-se

que o Estado vai ao encontro desses interesses, instituindo leis, regulamentos

e concessões de uso para que determinados grupos burgueses controlem os

meios de comunicação. E, em contrapartida, o governo receberia o apoio das

empresas midiáticas que se transformam em seus porta-vozes.

Outro ponto importante se refere às diferenças entre o que os críticos

colocam como, verdadeiramente, arte e o que se apresenta como arte no

contexto da indústria cultural. Enquanto a arte teria a capacidade de provocar, 3

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no homem, uma real catarse, na indústria cultural, a arte como mercadoria

gera, no homem, a alienação, a não criticidade e a aceitação do sofrimento.

Dito de outro modo, a arte verdadeira teria uma dimensão formativa,

educativa, autorreflexiva e, por meio dela, o indivíduo seria estimulado a ir além

da aparência e buscar significados profundos e críticos para o que vê. Já a arte

como mercadoria, presente na indústria cultural, levaria a uma semiformação

dos indivíduos, pois, entre outras coisas, forneceria respostas prontas

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