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Biografia Rene Descartes. O primeiro pensador moderno

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Por:   •  7/9/2014  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.964 Palavras (8 Páginas)  •  890 Visualizações

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René Descartes (La Haye en Touraine, 31 de março de 1596 – Estocolmo, 11 de fevereiro de 16501 ) foi um filósofo, físico e matemático francês.1 Durante a Idade Moderna, também era conhecido por seu nome latino Renatus Cartesius.

Notabilizou-se sobretudo por seu trabalho revolucionário na filosofia e na ciência, mas também obteve reconhecimento matemático por sugerir a fusão da álgebra com a geometria - fato que gerou a geometria analítica e o sistema de coordenadas que hoje leva o seu nome. Por fim, foi também uma das figuras-chave na Revolução Científica.

Descartes, por vezes chamado de "o fundador da filosofia moderna" e o "pai da matemática moderna", é considerado um dos pensadores mais importantes e influentes da História do Pensamento Ocidental. Inspirou contemporâneos e várias gerações de filósofos posteriores; boa parte da filosofia escrita a partir de então foi uma reação às suas obras ou a autores supostamente influenciados por ele. Muitos especialistas afirmam que, a partir de Descartes, inaugurou-se o racionalismo da Idade Moderna.2 Décadas mais tarde, surgiria nas Ilhas Britânicas um movimento filosófico que, de certa forma, seria o seu oposto - o empirismo, com John Locke e David Hume.

Índice

• 1 Biografia

• 2 Pensamento

o 2.1 O primeiro pensador moderno

• 3 Geometria

• 4 Obras

• 5 Citações

• 6 Referências

• 7 Bibliografia

• 8 Ver também

• 9 Ligações externas

Biografia

René Descartes nasceu em 31 de Março de 1596 em La Haye,3 a cerca de 300 quilômetros de Paris1 (hoje Descartes), no departamento francês de Indre-et-Loire. Sua mãe, Jeanne Brochard, morreu quando ele tinha um ano.1 Com oito anos, ingressou no colégio jesuíta3 Royal Henry-Le-Grand, em La Flèche. O curso em La Flèche durava três anos, tendo Descartes sido aluno do padre Estevão de Noel, que lia Pedro da Fonseca nas aulas de lógica, a par dos Commentarii. Descartes reconheceu que lá havia certa liberdade; no entanto, no seu "Discurso sobre o método", declara a sua decepção, não com o ensino da escola em si, mas com a tradição escolástica, cujos conteúdos considerava confusos, obscuros e nada práticos. Em carta a Mersenne, diz que "os Conimbres são longos, sendo bom que fossem mais breves (crítica já então corrente, mesmo nas escolas da Companhia de Jesus). Descartes esteve em La Flèche por cerca de nove anos (1606-1615).4 "Descartes não mereceu, como se sabe, a plena admiração dos escolares jesuítas, que o consideravam um deficiente filósofo".5 Prosseguiu depois seus estudos, graduando-se em direito, em 1616, pela Universidade de Poitiers.

No entanto, Descartes nunca exerceu o direito, e em 1618 foi para a Holanda, alistando-se no exército do príncipe Maurício,1 com a intenção de seguir carreira militar.1 Mas se achava menos um ator do que um espectador: antes ouvinte numa escola de guerra do que verdadeiro militar. Conheceu então Isaac Beeckman, que o influenciou fortemente, e compôs um pequeno tratado sobre música intitulado Compendium Musicae (Compêndio de Música).

Também é dessa época (1619-1620) o Larvatus prodeo (Ut comœdi, moniti ne in fronte appareat pudor, personam induunt, sic ego hoc mundi teatrum conscensurus, in quo hactenus spectator exstiti, larvatus prodeo).6 Esta declaração do jovem Descartes no preâmbulo das Cogitationes Privatae (1619) é interpretada como uma confissão que introduz o tema da dissimulação, e, segundo alguns, marca uma estratégia de separação entre filosofia e teologia. Jean-Luc Marion, em seu artigo Larvatus pro Deo : Phénoménologie et théologie refere-se à abordagem dionisíaca do homem escondido diante de deus (larvatus pro Deo) como justificativa teológica do filósofo que avança mascarado (larvatus prodeo).

Em 1619, viajou para a Alemanha,1 onde, segundo a tradição, em dia 10 de Novembro, teve uma visão em sonho de um novo sistema matemático e científico.1 No mesmo ano, ele viajou para a Dinamarca e a Polónia.1 Em 1622 retornou à França, passando os anos seguintes em Paris.1

Em 1628, compôs as Regulae ad directionem ingenii (Regras para a Direção do Espírito)1 e partiu para os Países Baixos, onde viveria até 1649.1 Em 1629, começou a redigir o "Tratado do Mundo", uma obra de física na qual aborda a sua tese sobre o heliocentrismo.1 Porém, em 1633, quando Galileu é condenado pela Inquisição, Descartes abandona seus planos de publicá-lo.1 Em 1635, nasce Francine,1 filha de uma serviçal. A criança é batizada em 7 de Agosto de 1635, morrendo precocemente em 1640,1 o que foi um grande baque para Descartes.

Em 1637, publicou três pequenos tratados científicos: "A Dióptrica", "Os Meteoros" e "A Geometria",1 mas o prefácio dessas obras é que faz seu futuro reconhecimento: o "Discurso sobre o método".2

Em 1641, aparece sua obra filosófica e metafísica mais imponente: as "Meditações Sobre a Filosofia Primeira", com os primeiros seis conjuntos de "Objeções e Respostas". Os autores das objeções são: do primeiro conjunto, o teólogo holandês Johan de Kater; do segundo, Mersenne; do terceiro, Thomas Hobbes; do quarto, Arnauld; do quinto, Gassendi; e do sexto conjunto, Mersenne.

Em 1642, a segunda edição das Meditações incluía uma sétima objeção, feita pelo jesuíta Pierre Bourdin, seguida de uma "Carta a Dinet".

Em 1643, o cartesianismo é condenado pela Universidade de Utrecht.1 . Descartes inicia a sua longa correspondência com a princesa Isabel (1618 – 1680), filha mais velha de Frederico V e de Isabel da Boémia. A correspondência deverá durar sete anos, até a morte do filósofo, em 1650.1

Também no ano de 1643, Descartes publica "Os Princípios da Filosofia"1 , onde resume seus princípios filosóficos que formariam "ciência". Em 1644, fez uma visita rápida à França, onde encontrou Chanut, o embaixador francês junto à corte sueca, que o põe em contato com a rainha Cristina da Suécia.2 Nesta ocasião, Descartes teria declarado que o Universo é totalmente preenchido por um "éter" onipresente. Assim, a rotação do Sol, através do éter, criaria ondas ou redemoinhos, explicando o movimento dos planetas, tal qual uma batedeira. O éter também seria o meio pelo qual a luz se propaga, atravessando-o

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