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René Descartes

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Por:   •  27/5/2013  •  Bibliografia  •  3.570 Palavras (15 Páginas)  •  626 Visualizações

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René Descartes (1596-1650) foi um filósofo e matemático francês. Autor da frase "Penso Logo Existo". É considerado o criador do pensamento cartesiano, sistema filosófico que deu origem a Filosofia Moderna. Sua preocupação era com a ordem e a clareza. Propôs fazer uma filosofia que nunca acreditasse no falso, que fosse fundamentada única e exclusivamente na verdade. Uma nova visão da natureza anulava o significado moral e religioso dos fenômenos naturais. Determinava que a ciência devesse ser prática e não especulativa.

A obra de Descartes, "O Discurso Sobre o Método", é um tratado matemático e filosófico, publicado na França em 1637 e traduzida para o latim em 1656. Em toda obra prevalece a autoridade da razão.

René Descartes (1596-1650) nasceu no dia 31 de março em La Haye, antiga província de Touraine, hoje Descartes, na França. Filho de Joachim Descartes, advogado e juiz, proprietário de terras, com o título de escudeiro, primeiro grau de nobreza. Era também conselheiro no Parlamento de Rennes na vizinha cidade de Bretanha.

René Descartes estudou no Colégio Jesuíta Royal Henry - Le Grand, que era estabelecido no castelo de La Fleche, doado aos jesuítas pelo rei Henrique IV. Na época o colégio mais prestigiado da França, com o objetivo de treinar as melhores mentes. Descarte estudou entre 1607 e 1615.

Formou-se em Direito pela Universidade de Pointers. Dois anos depois, ingressou no exército do príncipe Maurício de Nassau na Holanda, onde estabelece contato com as descobertas recentes da Matemática. Aos 22 anos, começa a formular sua "geometria analítica" e seu "método de raciocinar corretamente". Rompe com a filosofia aristotélica adotada nas academias e, em 1619, propõe uma ciência unitária e universal, lançando as bases do método científico moderno.

Sua principal obra foi "O Discurso Sobre o Método" (1637), na qual apresenta a premissa de seu método de raciocínio, "Penso, logo existo", base de toda a sua filosofia e do futuro racionalismo científico. Nessa obra expõe as quatro regras param se chegar ao conhecimento: nada é verdadeiro até ser reconhecido como tal; os problemas precisam ser analisados e resolvidos sistematicamente; as considerações devem partir do mais simples para o mais complexo; e o processo deve ser revisto do começo ao fim para que nada importante seja omitido.

Em 1649, vai trabalhar como instrutor da rainha Cristina na Suécia. Com uma saúde frágil, morre de pneumonia no dia 11 de fevereiro de 1650.

Exposição de Ideias em seu discurso:

. "Penso, logo existo". Tal proposição resume o espírito de René Descartes sábio francês cujo Discurso do Método inaugurou a filosofia moderna. Em 1637, em uma época em que a força da razão tal qual a conhecemos era muito mais do que incipiente, e em que textos filosóficos eram escritos em latim, voltados apenas para os doutores, Descartes publicou Discurso do Método, redigido em língua vulgar, isto é, o francês. Ele defendia o "uso público" da razão e escreveu o ensaio pensando em uma audiência ampla. Queria que a razão - este privilégio único dos seres humanos - fosse exatamente isso, um privilégio de todos os homens dotados de senso comum.

Trata-se de um manual da razão, um prático "modo de usar". Moderno, Descartes postulavam a ideia de que a razão deveria permear todos os domínios da vida humana e que a apreciação racional era parâmetro para todas as coisas, numa atividade libertadora, voltada contra qualquer dogmatismo. Evidentemente, tal premissa revolucionária lhe causaria problemas, sobretudo no âmbito da igreja: em 1663, vários de seus livros foram colocados no Índex. Razão alegada: a aplicação de exercícios metafísicos em assuntos religiosos.

A forma discursiva utilizada por Descartes é a narrativa autobiográfica. O Discurso do Método não é um tratado científico, tampouco um manual pedagógico: “Assim, o meu desígnio não é ensinar aqui o método que cada qual deve seguir para bem conduzir sua razão, mas apenas mostrar de que maneira me esforcei por conduzir a minha.” Continua ainda: “Mas, não propondo este escrito senão como uma história, ou se o preferirdes, como uma fábula...” O filósofo francês não visa a impor uma doutrina; ele declara sua intenção de mostrar sua insatisfação e os caminhos que percorreu para solucionar seus questionamentos. Para isso, ele conta a história de sua vida pessoal, da metafísica, da física e do método científico. Descartes deseja mostrar o método que ele escolheu, sua exposição não é um modelo, mas uma autobiografia intelectual: uma narrativa de eventos passados em que um indivíduo relata sua reforma nos hábitos de racionalizar e perceber o universo físico.

A narrativa procura demonstrar a história de um indivíduo desejoso de evitar a ilusão. Para isso, eventos são escolhidos e organizados, a experiência pessoal é apresentada e serve de base para apresentar uma possibilidade de vitória sobre a incerteza. Duas técnicas narrativas são utilizadas: a representação e a narração.

A primeira técnica diz respeito a condução do processo narrativo. Descartes leva o leitor a uma participação da experiência do eu-narrador; o filósofo o faz acompanhar sua história passo a passo, mostrando suas indagações, receios, fatos significativos, proposições, enfim, sua vida.

A segunda relaciona-se, principalmente, com o próprio fato de que há um reconhecimento do caráter narrativo do texto, uma consciência de que o filósofo é um narrador que relata uma série de eventos a um leitor.

O texto conjuga a narração e o discurso direto, a narrativa e a proposição, a dúvida e a elaboração da verdade.

Discurso do Método mostra por que Descartes - para quem "mente", "espírito", "alma" e "razão" significavam a mesma coisa - marcou indelevelmente a história do pensamento.

Em seu livro, René Descartes, aborda a maneira de se obter, perante a vida, maiores conhecimentos. Descarte buscava na verdade, provar a existência de Deus através da ciência, através da razão. Para provar isso, este filósofo utilizou um método que vinha desenvolvendo há algum tempo, baseado em evidências, em ideias claras e distintas e em recusar-se a utilizar-se de qualquer coisa sem estar coberto de certeza.

Ainda no Discurso do Método, o autor destaca os motivos pelos quais chegou a tais conclusões, relatando sua vida e toda sua formação. Descartes fazem severas críticas ao ensino nas escolas, podemos

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