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Bioética - 5 Temas Bolemicos

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Por:   •  6/11/2013  •  1.325 Palavras (6 Páginas)  •  2.990 Visualizações

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A bioética é a ética aplicada a vida e, abrange temas que vão desde uma simples relação interpessoal até fatores que interferem na sobrevivência do próprio planeta. Dentro da medicina veterinária, este termo está intimamente ligado à noção de bem-estar animal. O termo bioética foi utilizado pela primeira vez no ano de 1970, por um médico oncologista chamado van Rensselaer Potter.

As principais razões para seu surgimento foram:

• Abusos na utilização de animais e seres humanos em experimentos;

• Surgimento acelerado de novas técnicas desumanizantes que apresentam questões inéditas, como por exemplo,

• clonagem de seres humanos;

• Percepção da insuficiência dos referenciais éticos tradicionais, pois devido ao rápido progresso científico, torna-se fácil constatar que os códigos de ética ligados a diferentes profissões não acompanharam o rápido progresso científico, sendo diversas vezes insuficientes para julgar os temas polêmicos da bioética.

O emprego de descobertas científicas pode, muitas vezes, afetar positiva ou negativamente a sociedade ou até mesmo o planeta. Deste modo, a análise das vantagens e desvantagens do emprego de uma determinada tecnologia ou da realização de certos experimentos deve ser avaliada por comitês formados por indivíduos de diversas formações. Sendo assim, pode ser percebido que a bioética envolve profissionais das seguintes áreas:

• Tecnociências (medicina, veterinária e biologia);

• Humanidades (filosofia, teologia, psicologia e antropologia);

• Ciências sociais (economia e sociologia);

• Direito;

• Política.

Eutanásia:

O termo Eutanásia vem do grego, podendo ser traduzido como "boa morte"ou "morte apropriada". O termo foi proposto por Francis Bacon, em 1623, em sua obra "Historia vitae et mortis", como sendo o "tratamento adequado as doenças incuráveis". De maneira geral, entende-se por eutanásia quando uma pessoa causa deliberadamente a morte de outra que está mais fraca, debilitada ou em sofrimento. Neste último caso, a eutanásia seria justificada como uma forma de evitar um sofrimento acarretado por um longo período de doença. Tem sido utilizado, de forma equivocada, o termo Ortotanásia para indicar este tipo de eutanásia. Esta palavra deve ser utilizada no seu real sentido de utilizar os meios adequados para tratar uma pessoa que está morrendo.

O termo eutanásia é muito amplo e pode ter diferentes interpretações. Um exemplo de utilização diferente da que hoje é utilizada foi a proposta no século XIX, os teólogos Larrag e Claret, em seu livro "Prontuários de Teologia Moral", publicado em 1866. Eles utilizavam eutanásia para caracterizar a "morte em estado de graça".

Existem dois elementos básicos na caracterização da eutanásia: a intenção e o efeito da ação. A intenção de realizar a eutanásia pode gerar uma ação (eutanásia ativa) ou uma omissão, isto é, a não realização de uma ação que teria indicação terapêutica naquela circunstância (eutanásia passiva). Desde o ponto de vista da ética, ou seja, da justificativa da ação, não há diferença entre ambas.

Aborto:

A questão do aborto dificilmente é tratada apenas e tão somente pelo ponto de vista da ciência, nos textos que encontramos sobre o assunto quase sempre estão envolvidos valores morais e sociais que dificultam a discussão.

A religião sempre foi e é até hoje um grande problema e “entrave” na discussão lógico-científica sobre o aborto, visto que tem suas bases numa verdade filosófica e não científica.

Muitos cientistas, pesquisadores, médicos, profissionais da saúde, etc, são adeptos desta corrente, acreditam em um outro sentido da vida além da “passagem terrena”.

Diante disso temos, na discussão bioética do aborto, duas correntes com bases muitos distintas: de um lado os defensores da autonomia do indivíduo e por conseguinte a autonomia da vida reprodutiva; e de outro lado temos os defensores da heteronomia da vida, do sentido filosófico da existência, da visão sagrada e intocável da vida.

Dentro dessa discussão destacam-se dois pontos fundamentais nos defensores da heteronomia do aborto: em primeiro lugar essa corrente defede que o feto já é, desde a fecundação, vida humana, e assim deveria ter seus direitos resguardados (principalmente o direito a vida); em segundo lugar essa mesma corrente defende a potencialidade do feto em tornar-se pessoa humana.

Nessa teoria a prática do aborto se caracteriza como crime (assassinato), seja qual for o motivo do aborto.

A teoria da autonomia da vida reprodutiva vem combater os argumentos acima exposto alegando, em resumo, o seguinte: feto não é pessoa humana, pois ser pessoa humana depende da relação social com o meio, necessita de interação, o conceito de pessoa só existe no meio social, e mesmo que o feto pudesse ser considerado pessoa humana, a mulher é “muito mais” pessoa huamana do que o feto e por isso sua vontade deveria ser respeitada.

o maior exemplo de contradições existentes em países como o Brasil que tratam do aborto como crime, mas autorizam a prática do aborto em situações de estupro sem questionar a saúde ou os direitos do feto…

Por outro lado, não autoriza (em regra) o aborto em casos de risco para

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