CALCETINAS, ROUPA E ARISTELA
Artigo: CALCETINAS, ROUPA E ARISTELA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: akpo7878 • 12/2/2015 • Artigo • 2.875 Palavras (12 Páginas) • 204 Visualizações
SÓCRATES, PLATÃO E ARISTÓTELES
Disciplina: Filosofia – Prof. Wagno O. de Souza
Sócrates
A Vida
Nasceu Sócrates em 470 ou 469 a.C., em Atenas, filho de
Sofrônico, escultor, e de Fenáreta, parteira. Aprendeu a arte
paterna, mas dedicou-se inteiramente à meditação e ao ensino
filosófico. Desempenhou alguns cargos políticos, formou a sua
instrução sobretudo através da reflexão pessoal, na moldura da alta
cultura ateniense da época, em contato com o que de mais ilustre
houve na cidade de Péricles.
Entretanto, a liberdade de seus discursos, a sua atitude
crítica, irônica e a conseqüente educação por ele ministrada,
criaram descontentamento geral, inimizades pessoais, apesar de
sua probidade. Diante da tirania popular, bem como de certos
elementos racionários, aparecia Sócrates como chefe de uma
aristocracia intelectual. Esse estado de ânimo hostil a Sócrates
concretizou-se, tomou forma jurídica, na acusação movida contra
ele por Mileto, Anito e Licon: de corromper a mocidade e negar os
deuses da pátria introduzindo outros. Sócrates desdenhou
defender-se diante dos juizes e da justiça humana, humilhando-se e
desculpando-se mais ou menos. Tinha ele diante dos olhos da alma
não uma solução empírica para a vida terrena, e sim o juízo eterno
da razão, para a imortalidade. E preferiu a morte. Declarado
culpado por uma pequena minoria, assentou-se com indômita
fortaleza de ânimo diante do tribunal, que o condenou à pena
capital com o voto da maioria.
Tendo que esperar mais de um mês a morte no cárcere -
pois uma lei vedava as execuções capitais durante a viagem votiva
de um navio a Delos - o discípulo Criton preparou e propôs a fuga
ao Mestre. Sócrates, porém, recusou, declarando não querer
absolutamente desobedecer às leis da pátria. E passou o tempo
preparando-se para o passo extremo em palestras espirituais com
os amigos. Especialmente famoso é o diálogo sobre a imortalidade
da alma - que se teria realizado pouco antes da morte e foi descrito
por Platão no Fédon com arte incomparável. Suas últimas palavras
dirigidas aos discípulos, depois de ter sorvido tranqüilamente a
cicuta, foram: "Devemos um galo a Esculápio". É que o deus da
medicina tinha-o livrado do mal da vida com o dom da morte.
Morreu Sócrates em 399 a.C. com 71 anos de idade.
Método de Sócrates
É a parte polêmica. Insistindo no perpétuo fluxo das coisas e
na variabilidade extrema das impressões sensitivas determinadas
pelos indivíduos que de contínuo se transformam, concluíram os
sofistas pela impossibilidade absoluta e objetiva do saber. Sócrates
restabelece-lhe a possibilidade, determinando o verdadeiro objeto
da ciência.
O objeto da ciência não é o sensível, o particular, o indivíduo
que passa; é o inteligível, o conceito que se exprime pela definição.
Este conceito ou idéia geral obtém-se por um processo dialético por
ele chamado indução e que consiste em comparar vários indivíduos
da mesma espécie, eliminar-lhes as diferenças individuais, as
qualidades mutáveis e reter-lhes o elemento comum, estável,
permanente, a natureza, a essência da coisa. Por onde se vê que a
indução socrática não tem o caráter demonstrativo do moderno
processo lógico, que vai do fenômeno à lei, mas é um meio de
generalização, que remonta do indivíduo à noção universal.
Praticamente, na exposição polêmica e didática destas
idéias, Sócrates adotava sempre o diálogo, que revestia uma
dúplice forma, conforme se tratava de um adversário a confutar ou
de um discípulo a instruir. No primeiro caso, assumia humildemente
a atitude de quem aprende e ia multiplicando as perguntas até
colher o adversário presunçoso em evidente contradição e
constrangê-lo à confissão humilhante de sua ignorância. É a ironia
socrática. No segundo caso, tratando-se de um discípulo (e era
muitas vezes o próprio adversário vencido), multiplicava ainda as
perguntas, dirigindo-as agora ao fim de obter, por indução dos
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casos particulares e concretos, um conceito, uma definição geral do
objeto em questão. A este processo pedagógico, em memória da
profissão materna, denominava ele maiêutica ou engenhosa
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