COMO SE DEU A PASSAGEM DA COSMOLOGIA À METAFÍSICA?
Por: Clarice da Silva Storani • 13/8/2020 • Exam • 1.169 Palavras (5 Páginas) • 249 Visualizações
Universidade Federal Fluminense (UFF)
Curso de Administração Pública
Disciplina: Filosofia e Ética
Nome da Aluna: Clara Andrade Silva
Polo: Volta Redodna
Matrícula: 182.111.115.26
Questões da Atividade a Distância
Questão 1 – Como se deu a passagem da cosmologia à metafísica?
R: Uma das características do homem desde os primórdios é a sua curiosidade pelas coisas. Curiosidade que nos leva a várias indagações. Buscamos respostas para tantos questionamentos, buscamos respostas racionais e ordenadas para a origem de todas as coisas físicas e abstratas no mundo. A cosmologia nasceu da busca de respostas a tais indagações pelos primeiros filósofos, uma explicação racional, portanto uma física.
Um dos grandes filósofos Grego foi Aristóteles, que é tido como um dos fundadores da Filosofia. Aristóteles definiu seus escritos como sendo a Filosofia Primeira, cujo tema é o estudo do SER ENQUANTO SER, sendo designado como metafísica.
Metafísica é a denominação que se dá ao estudo de alguma coisa que está acima e além das coisas físicas ou naturais, que é a condição da existência e do conhecimento de todos os seres no seu todo, sem ser fragmentado como acontece em outras ciências. Não indica um mero lugar num catálogo de obras, significa aquilo que é condição e fundamento de tudo o que existe e de tudo o que puder ser conhecido.
A passagem da cosmologia para a metafísica se deu quando o filósofo, Andrônico de Rodes, recolheu e classificou as obras de Aristóteles. Essa classificação se deu após os tratados sobre a física ou sobre a natureza, por isso a denominação de metafísica.
Questão 2 – O que significa as palavras metafísica e ontologia? Quem empregou pela primeira vez?
R: O termo metafísica remete-se à noção de ALÉM DA NATUREZA. Ela estuda a existência do ser, buscando uma interpretação do mundo, ou seja, ela busca fundamento de tudo o que existe e de tudo o que pode ser conhecido. Teve como Aristóteles o primeiro filósofo a tratar do assunto, que em seus escritos buscava a essência e o conhecimento das causas, a razão de ser das coisas, onde a questão não é sobre algo da realidade, mas acerca do próprio real.
A palavra metafísica foi empregada pela primeira vez pelo filósofo Andrônico de Rodes, que após a morte de Aristóteles, recolheu e classificou tais obras. Ele utilizou a palavra metafísica porque entendeu que os escritos de Aristóteles não era algo baseado numa ciência que se limitava a estudar uma área, mas a totalidade das relações que explicavam o mundo de forma racional, sua finalidade era o próprio conhecimento.
O termo ontologia significa estudo ou conhecimento do Ser, dos entes ou das coisas tais como são a si mesmas, basicamente o que havia designado Aristóteles o estudo do SER ENQUANTO SER”.
A palavra ontologia foi empregada pela primeira vez pelo filósofo Jacobus Thomasius, que a considerou como correta para designar o estudo da metafísica.
Questão 3 – Por que atribuir a Parmênides de Eléia a primeira elaboração ontológica?
R: A filosofia passou da cosmologia à ontologia quando Parmênides de Eléia afirmou que o pensamento verdadeiro exige a identidade e a não contradição do Ser. Ele afirmava que o Ser não muda e não tem no que mudar, pois, se mudasse deixaria de ser o Ser, tornando-se contrário a si mesmo, o Não-Ser. Ele foi o primeiro filósofo a afirmar que o mundo percebido por nossos sentidos é um mundo ilusório, feito de aparências. Também se contrapôs a ideia de mundo mutável. Para ele o Ser é; sempre idêntico a si mesmo, invisível aos nossos sentidos e visível apenas para o pensamento.
Atribuiu-se a Parmênides de Eléia a primeira elaboração ontológica, quando ele exigiu que a Filosofia abandonasse o mundo sensível e se ocupasse com o mundo verdadeiro, invisível aos sentidos e visível apenas ao puro pensamento. O verdadeiro é o Ser, uno, imutável, idêntico a si mesmo, eterno, imperecível, compreensível. O ser existe e não pode não existir e que o não-ser não existe. Para Parmênides de Eléia o Ser é todo inteiro, sendo uno e indivisível; o Ser é imutável, logo o Ser é eterno, sem começo e nem fim. Parmênides de Eleía afirmava que tudo era uno e contínuo.
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