Chimamanda Adichie e o perigo de uma única / história Arte e Cultura nigeriana
Por: a_nicacio • 8/10/2015 • Resenha • 557 Palavras (3 Páginas) • 551 Visualizações
COLÉGIO SANTÍSSIMO SACRAMENTO
ELOISA GABRYELA DE SOUZA NICÁCIO
Chimamanda Adichie e o perigo de uma única história
Arte e Cultura nigeriana
Maceió, 2015
ELOISA GABRYELA DE SOUZA NICÁCIO
Chimamanda Adichie e o perigo de uma única história
Arte e Cultura nigeriana
Trabalho para a obtenção de nota referente à disciplina de Filosofia sobre a orientação do professor Erik Marcelo de Moura
Maceió, 2015
Chimamanda Adichie e o perigo de uma única história
Chimamanda Ngozi Adichie, escritora nigeriana de 37 anos, concedeu uma palestra no TED, evento norte-americano que procura inspirar pessoas através de suas conferências, buscando desmascarar o olhar de uma plateia que passou a vida inteira acreditando em histórias sobre o seu continente contadas pelos colonizadores europeus e, posteriormente, escritores norte-americanos e também europeus. Quando começou a escrever, aos sete anos, Chimamanda escrevia histórias em que as personagens eram tipicamente europeias: loiras, brancas, de olhos azuis, comiam maçãs e brincavam na neve. A escritora diz que isso mudou quando descobriu os livros africanos, e percebeu que pessoas com a mesma etnia que ela tinham espaço na literatura. Quando completou 19 anos, Chimamanda se mudou para os Estados Unidos, para cursar a faculdade. Ela cita a surpresa que sua colega de quarto sentiu ao perguntar como ela conseguis falar inglês tão bem, não sabendo que o idioma oficial da Nigéria é o inglês.
Essa palestra nos leva a pensar sobre os diferentes lados de cada história, e que não podemos definir algo apenas por uma única história. O problema, porém, está ligado a um fator determinante da sociedade capitalista: o poder econômico. O predomínio de escritores naturais de países centrais no cenário cultural do mundo – como os escritores europeus e norte-americanos - é gritante, uma vez que estes possuem condições financeiras de dominar o mercado e liderar os rankings de venda e as indicações a prêmios literários. Esse poderio gera um estereótipo africano que não representa a grande diversidade cultural que existe nesse enorme continente.
Arte e Cultura Nigeriana
A arte e a cultura da Nigéria são variadas, assim como os 374 grupos linguísticos no país. A cultura nigeriana é rica em tradições orais, filosofia, ritos e rituais, dança, música, moda e artes cênicas. Cada grupo linguístico do país tem o seu próprio modo de vestir, que variam de panos amarrados na parte inferior do corpo acompanhados na cabeça por lenços de vários tamanhos, formas e cores até roupas longas trabalhadas a panos amarrados na cintura e camisas vestidas por cima. Nas artes plásticas, muitas esculturas do país podem ser encontradas em galerias populares e museus ao redor do mundo. [pic 1]
Descobertas arqueológicas da Cultura Nok indicam que a herança cultural da Nigéria se data de mais de 2.000 anos. Na música, várias formas da música tradicional intercalam-se com formas modernas como Afro-Beat, Juju, High-life e Pop, etc. Na parte religiosa, as principais religiões são o Cristianismo, Islamismo e a religião tradicional. Essa última tem rituais profundamente enraizados em sua cultura. Alguns rituais específicos são tão populares que se metamorfosearam em festivais, alguns se tornaram atrações turísticas. Um exemplo desse tipo de atração é o festival de Oxum de Oshogbo. Na literatura, muitos escritores já ganharam honras por sua habilidade em escrever, incluindo Chinua Achebe, Wole Soyinka, Ken Saro-Wiwa, Cyprian Ekwensi, Buchi Emecheta, Elechi Amadi e Ben Okri. Escritores de uma geração mais jovem aclamados pela crítica incluem Chimamanda Ngozi Adichie, Francis Ohanyido, Sefi Atta, Helon Habila, Helen Oyeyemi.
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