Análise do vídeo “o perigo da história única” de Chimamanda Adichie
Por: Gabriela Arruda • 7/12/2016 • Trabalho acadêmico • 387 Palavras (2 Páginas) • 3.768 Visualizações
Análise do vídeo “o perigo da história única” de Chimamanda Adichie
Chimamanda Ngozi Adichie é uma escritora nigeriana, morava com seus pais. Escrevia exatamente os tipos de história que lia, dentre várias coisas, falava sobre personagens brancos de olhos azuis, brincando na neve e comendo maças, totalmente fora da sua realidade. Ela acreditava que os livros por sua natureza, deveriam ser escritos com personagens estrangeiros, porque assim eram os livros que ela lia. Isso mudou quando ela descobriu os livros africanos, e passou a escrever sobre a sua realidade, sobre seu povo. É justamente aí que ela descobre que toda história não possue apenas um lado, e sim se valoriza apenas um lado dela. O perigo da história única está no mecanismo de funcionamento da ideologia de uma classe, geralmente a classe dominante. As ideias, interesses, conhecimentos e valores da classe subalterna, são desvalorizados, estereotipados e sofrem preconceitos.
Essa história única oprime as pessoas de mostrarem seu potencial, a exemplo temos Chimamanda, que acreditava somente em uma história, até descobrir obras africanas e revelar-se. Ela descobre também que dentro da história africana existem aspectos sociais e econômicos distintos, ou seja, não existe uma história única dentro da mesma cultura. É preciso encontrar um equilíbrio de histórias, pois ao mesmo tempo em que elas destroem, elas podem também reconstruir. Acredito que devemos conhecer a nossa história para podermos valoriza-la e não deixar que outras culturas sobreponham a nossa, ou seja, podemos conhecer o contraditório da nossa própria história, porém é necessário que se tenha acesso a nossa própria literatura e das mais diversas culturas existentes, para que se tenha uma visão e conhecimento mais completo do nosso mundo e do mundo em geral. A escritora Adichie (2009) tem razão quando diz que “Mas histórias podem ser usadas para capacitar e humanizar”, e isso deve e pode ser feito em qualquer lugar no mundo, principalmente em nosso País, podendo ser feito através de uma educação mais ampla, mostrando todos os lados das histórias através da leitura.
Toda essa preocupação é que devemos ter, enquanto aluno e pesquisador. Não podemos nos deixar influenciar por apenas um lado da história, e sim precisamos ler outros autores e obter um senso crítico que nos faça ser capaz de saber questionar e filtrar certas informações. O importante é procurar ler, sempre.
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