Comparação Entre ética De Kant E Nietzsche
Pesquisas Acadêmicas: Comparação Entre ética De Kant E Nietzsche. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: JoaoPedroOPP • 11/11/2013 • 770 Palavras (4 Páginas) • 7.680 Visualizações
ÉTICA E MORAL
Kant vs. Nietzsche
Immanuel Kant
A ética é estritamente racional, e também universal, no sentido de que não é de acordo com preceitos de caráter pessoal ou subjetivos, nem com hábitos e práticas culturais ou sociais. Os princípios éticos são derivados da racionalidade humana. A moralidade trata assim do uso prático da razão livre da razão. Os princípios da razão práticas são leis universais que definem nosso deveres. Portanto, os princípios morais resultam da razão e se aplicam a todos os indivíduos em qualquer circunstância.
Pode-se assim considerar a ética kantiana como uma ética do dever, ou seja, uma ética normativa.
No entanto, Kant também argumenta acerca da liberdade. Para ele a ideia de liberdade estava totalmente ligada à ideia de autonomia. Autonomia é autolegislação do indivíduo que vai dizer o que ser quer fazer ou como agir. Como autonomia é equivalente à liberdade e liberdade está pautada na racionalidade, liberdade, então, não está ligada a paixões. Por isso, a capacidade de escolher suas ações independentemente de fundamentos sensíveis ou empíricos significa razão prática, o que para Kant, quer dizer liberdade.
A moral, para Kant, é o uso prático da razão, que é universal. Para unir esses conceitos de universalidade da moral e liberdade autônoma, Kant idealizou os imperativos. Ele diz:
“No caso de a ação ser apenas boa como meio para qualquer outra coisa, o imperativo é hipotético; se a ação é representada como boa em si, por conseguinte como necessária em uma vontade em si conforme a razão como princípio dessa vontade, então o imperativo é categórico.”
Assim sendo, agir moralmente, para Kant, significa ser ético para com toda sociedade, é um “dever”, é utilizar apenas o imperativo categórico. Ou seja, ele vai de encontro ao eudemonismo. Portanto, a felicidade, como valor individual, não pode ser alcançada pela moral. E o homem moral é aquele que acata esses deveres e é, por fim, bom.
Friedrich Nietzsche
Nietzsche, criticando os moralistas (Kant, por exemplo), afirma que os supremos valores morais não são absolutos, de validade objetiva, independentes dos condicionamentos psicológicos, sociais, políticos, econômicos e culturais, pois a
história faz parte de tudo, e nela há diversos fatores que os fazem mudar
seu sentido. Assim, valores morais não devem ser tidos como padrões universais e imutáveis de julgamento.
Por exemplo, os moralistas querem fazer pensar que a ciência não está ligada à moral, quando na verdade a moral está dentro da ciência. Essa ideia equivocada dos moralistas aconteceu porque a ideia era que a razão dominava tudo e a todos, como “suprema corte” da vida dos homens como se ela detivesse todas as verdades. Nietzsche, então, demonstra que o conhecimento só é possível junto da moral, pois são intrinsecamente ligados uma vez que se alteram de acordo com cada etnia, religião, cultura e contexto.
Nessa relativização da moral, por consequência, Nietzsche argumenta
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