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Comunicação Linguagem E Razão

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Por:   •  14/3/2015  •  416 Palavras (2 Páginas)  •  1.602 Visualizações

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COMUNICAÇÃO, LINGUAGEM E RAZÃO.

Falar é próprio dos seres humanos, já que os animais não falam. Aristóteles ao afirmar, em sua Política, que o homem é um animal político sustenta sua tese no pressuposto que o homem é o único que possui linguagem, enquanto os animais apenas expressam dor ou prazer através de sons. E por que a linguagem é importante? Segundo o filósofo Ernst Cassirer, o uso e o entendimento da linguagem possibilitam o verdadeiro “abre-te-sésamo” que permite a entrada no mundo da cultura humana e o seu desenvolvimento.

A linguagem é composta por um sistema de signos. O que é um sistema? O que são signos? Um sistema é um conjunto de elementos organizados, neste caso os elementos são os signos. Os signos são elementos que designam outros elementos. Por exemplo, a palavra árvore está no lugar do objeto árvore, o número 3 está no lugar quantidade real de três coisas e assim por diante.

Para Cassirer o homem é um animal simbólico. Ele argumenta que o ser humano é o único que atinge o estágio de uma linguagem proposicional, enquanto os animais, mesmo mais evoluídos, atingem apenas uma linguagem emocional e uma inteligência prática, susceptíveis de aprender a identificar sinais por reflexos condicionados, o que os coloca muito distante de uma linguagem simbólica. O filósofo esclarece que as várias experiências feitas com animais superiores demonstraram que algumas reações não são meros acasos, mas que envolvem um tipo de compreensão e solução criativa. Mesmo nesses casos, a inteligência animal ainda se distancia muito da inteligência propriamente humana, já que ela fica limitada à experiência momentânea, não ocorrendo um progressivo desenvolvimento. “Em resumo, podemos dizer que o animal possui uma imaginação e uma inteligência práticas, enquanto apenas o homem desenvolveu uma nova forma: uma imaginação e uma inteligência simbólicas” (CASSIRER, 1994, p. 60).

A palavra razão, na sociedade ocidental, tem origem em duas fontes: o termo latino ratio e o termo grego logos. Segundo Chauí, em Convite à Filosofia (1997), ambos os termos são substantivos originados de dois verbos com sentidos semelhantes em grego e latim. “Logos vem do verbo legein, que quer dizer: contar, reunir, juntar, calcular. Ratio vem do verbo reor, que quer dizer: contar, reunir, medir, juntar, separar, calcular” (1997, p.59) E o que fazemos, questiona Chauí, “quando medimos, juntamos, separamos, contamos e calculamos?” Pensamos com medida e proporção, pensamos de forma ordenada (1997, p.59).

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