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Conceitos de Nietzsche e Schopenhauer

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Por:   •  17/11/2014  •  Artigo  •  391 Palavras (2 Páginas)  •  379 Visualizações

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Muito se fala de Nietzsche e pouco de Schopenhauer. Ainda assim é muito comum vermos algumas pessoas comparando-os e salientando suas semelhanças, principalmente o pessimismo e o niilismo. Bom, pretendo fazer o contrário neste texto, apenas com o objetivo de mostrar algumas diferenças e aguçar a curiosidade para pesquisas futuras.

Nietzsche descobriu Schopenhauer ainda na universidade aos vinte e um anos, por acaso, numa livraria. Comprou “O Mundo Como Vontade e Como Representação” e apaixonou-se instantaneamente por sua filosofia: sem deus, sem providência divina, apenas uma vontade cega e insaciável. Wagner e Schopenhauer foram suas maiores influências durante a juventude.

Mas nem tudo são flores, Nietzsche se afasta de Schopenhauer ao longo de sua vida, e até mesmo chega a fazer-lhe severas críticas (como era seu costume a todos aqueles que um dia admirara). Dentre as divergências, para maior didática, podemos separá-las em categorias:

Vontade: em Schopenhauer apenas Vontade: cega, insaciável, inquieta. A coisa-em-si de Kant, a resposta para todos os enigmas. A Vontade é auto-discórdia, uma fome eterna que alimenta-se de si mesma. Como nunca pode ser satisfeita, ela é a causa de toda a dor; como não tem finalidade, ela nunca encontra a paz. Nietzsche se apropria deste conceito tornando-o múltiplo: vontade de potência é a potência quer a si mesma, é uma vontade de lutar, combater, é a definição do guerreiro e do artista (já expusemos este conceito em outro momento, clique aqui). “O ponto sobre o qual incide a ruptura de Nietzsche com Schopenhauer é preciso: trata-se justamente de saber se a Vontade é una ou múltipla” (Deleuze, Nietzsche e a Filosofia).

Dor: A dor é algo inevitável nos dois filósofos, mas é importante notar o uso que cada um faz dela. Schopenhauer a considera a substância absoluta da existência, a raiz de onde tudo cresce, vivemos mergulhados na dor para ter apenas alguns limitados momentos de prazer. Daí a conhecida comparação schopenhauriana com o pêndulo:

[...] é necessidade, carência, logo, sofrimento, ao qual consequentemente o homem está destinado originariamente pelo seu ser. Quando lhe falta o objeto do querer, retirado pela rápida e fácil satisfação, assaltam-lhe vazio e tédio aterradores, isto é, seu ser e sua existência mesma se lhe tornam um fardo insuportável. Sua vida, portanto, oscila como um pêndulo, para aqui e para acolá, entre a dor e o tédio (Schopenhauer, Mundo Como Vontade e Como Representação, § 57).

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