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Convite A Filosofia

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Por:   •  20/3/2015  •  622 Palavras (3 Páginas)  •  284 Visualizações

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As evidências do cotidiano

Em nossa vida cotidiana, afirmamos, negamos, desejamos, aceitamos ou

recusamos coisas, pessoas, situações. Fazemos perguntas como “que horas são?”,

ou “que dia é hoje?”. Dizemos frases como “ele está sonhando ”, ou “ela ficou

maluca”. Fazemos afirmações como “onde há fumaça, há fogo ”, ou “não saia na

chuva para não se resfriar”. Avaliamos coisas e pessoas, dizendo, por exemplo,

“esta casa é mais bonita do que a outra” e “Maria está mais jovem do que

Glorinha”.

Numa disputa, quando os ânimos estão exaltados, um dos contendores pode

gritar ao outro: “Mentiroso! Eu estava lá e não foi isso o que aconteceu”, e

alguém, querendo acalmar a briga, pode dizer: “Vamos ser objetivos, cada um

diga o que viu e vamos nos entender”.

Também é comum ouvirmos os pais e amigos dizerem que somos muito

subjetivos quando o assunto é o namorado ou a namorada. Freqüentemente,

quando aprovamos uma pessoa, o que ela diz, como ela age, dizemos que essa

pessoa “é legal ”.Vejamos um pouco mais de perto o que dizemos em nosso cotidiano.

Quando pergunto “que horas são?” ou “que dia é hoje?”, minha expectativa é a

de que alguém, tendo um relógio ou um calendário, me dê a resposta exata. Em

que acredito quando faço a pergunta e aceito a resposta? Acredito que o tempo

existe, que ele passa, pode ser medido em horas e dias, que o que já passou é

diferente de agora e o que virá também há de ser diferente deste momento, que o

passado pode ser lembrado ou esquecido, e o futuro, desejado ou temido. Assim,

uma simples pergunta contém, silenciosamente, várias crenças não questionadas

por nós.

Quando digo “ele está sonhando”, referindo-me a alguém que diz ou pensa

alguma coisa que julgo impossível ou improvável, tenho igualmente muitas

crenças silenciosas: acredito que sonhar é diferente de estar acordado, que, no

sonho, o impossível e o improvável se apresentam como possível e provável, e

também que o sonho se relaciona com o irreal, enquanto a vigília se relaciona

com o que existe realmente.

Acredito, portanto, que a realidade existe fora de mim, posso percebê-la e

conhecê-la tal como é, sei diferenciar realidade de ilusão.

A frase “ela ficou maluca” contém essas mesmas

...

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