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Desenvolvimento Filosofico

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Por:   •  24/6/2014  •  452 Palavras (2 Páginas)  •  355 Visualizações

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A RELIGIÃO SOB O PONTO DE VISTA FILOSÓFICO

A Filosofia da Religião é uma das divisões da filosofia. Tem por objetivo o estudo da dimensão espiritual do homem desde uma perspectiva filosófica (metafísica, antropológica e ética), indagando e pesquisando sobre a essência do fenômeno religioso. Em síntese, sua pergunta fundamental é: "O que é, afinal, a religião?".1

A Religião, enquanto forma de comportamento cujas regras se afastam das que regulam a vida diária, assenta numa dicotomia introduzida no mundo das referências humanas, que se traduz num duplo nível de realidade - o sagrado e o profano. Diferentemente de qualquer outro género da atividade humana, a Religião tem a sua génese na convicção de que existe uma realidade ( poder ou mistério) que está acima da realidade do nosso contato diário, com a qual o homem pretende comunicar e da qual deseja participar.

O primeiro problema que se coloca perante o fenómeno religioso, é o de saber se se trata de algo adventício, isto é, surgido na História ou na vida dum indivíduo por razões estranhas ao mesmo fenómeno enquanto tal, ou se se trata de um fenómeno autónomo e inerente ao fato de ser homem.

Os que defendem a origem adventícia e a dependência externa do fenómeno religioso consideram- no como algo que pode ser objeto de estudo em paridade com qualquer outro fenómeno e sujeito às mesmas leis de qualquer outro género de atividade humana. De entre estes defensores da religião como uma atividade ocasional e na dependência de circunstâncias de vária ordem, destacam-se os que veem a sua origem na influência da sociedade, os que a ligam à necessidade de contornar as forças indomáveis da natureza e os que a fazem depender do dinamismo incontrolável do psiquismo humano.

O primeiro teorizador da origem social da religião foi Emile Durkheim. Para este autor, "a sociedade contém todos os ingredientes para fazer despertar nos seus membros o sentido do divino". A sociedade é um "grande pai", que impõe a sua vontade a todos os "filhos" e tudo dirige para manter a sua autoridade sobre a vontade dos indivíduos. Com base na predisposição para a obediência, assim gerada entre os seus membros, a sociedade tudo faz para canalizar este estado de espírito em proveito da sua estabilidade. Os homens, porém, uma vez impregnados pela sensação dum poder que os transcende e do qual não conseguem libertar-se, facilmente se convencem da existência dum ser soberano a quem todos devem obedecer. A sensação dum tal poder, embora gerada pela sociedade, não surge aos indivíduos como tendo uma tal origem.

Razão pela qual eles se dedicam a venerar ou prestar culto a Deus. Daqui

o aparecimento da Religião.

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