Discurso Do Método
Artigo: Discurso Do Método. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Jenyara • 26/5/2014 • 936 Palavras (4 Páginas) • 263 Visualizações
Da necessidade de um método
A razão é igual em todos os homens, a diversidade de nossas opiniões não decorre de uns serem mais capazes de conhecerem a verdade do que outros, mas de conduzirem bem seus raciocínios, ao passo que outros os conduzem mal.
Consideração sobre as ciências
Ao terminar seus estudos, Descartes se vê repleto de dúvidas. Renuncia a procura da verdade nos livros e viaja para observar o mundo, o livro da vida. Mas, verifica uma grande diversidade e contradições nos costumes dos homens. Por fim, decide procurar a verdade em si mesmo.
Do método matemático à reflexão filosófica
Apenas os matemáticos encontrara algumas demonstrações, razões certas e evidentes, mas não possuíam um verdadeiro emprego a essas demonstrações, além dos utilizados na mecânica. Então, Descartes, corrigindo a lógica, a análise geométrica e a álgebra, uma pela outra, e reduzindo o número de preceitos, chega a um método composto por quatro regras:
1 – Receber escrupulosamente as informações, examinando sua racionalidade, aceitando apenas o indubitável, aquilo que se apresente de forma clara e distinta, o evidente;
2 – Dividir cada um dos problemas em exame em quantas partes forem necessárias (análise);
3 – Ordenar o que foi dividido partindo do mais simples, acrescendo por degraus de complexidade até o mais composto, supondo ordem entre aqueles que não procedam naturalmente uns dos outros (síntese);
4 – Enumerar e revisar de modo geral as conclusões, garantindo que nada seja omitido.
Descartes aplicou o método à geometria, resolvendo problemas, até o momento, insolúveis, então, certo de sua funcionalidade, o aplica a filosofia, que não possuía princípios que fossem certos.
Regras da moral provisória
Para estabelecer a dúvida a todos os conhecimentos (a aplicação da primeira regra do método) Descartes determina provisoriamente quatro regras a garantir-lhe uma vida tranquila e sua felicidade enquanto duvidava em busca do indubitável:
1 – Obedecer às leis e os costumes de seu país, conservando a religião de sua infância e seguindo as opiniões mais moderadas, dos homens mais sensatos com quem tinha de viver;
2 – Ser firme e resoluto em suas ações, seguindo as opiniões duvidosas determinadamente quando escolhidas;
3 – Vencer primeiramente a si mesmo, modificando os próprios desejos ao invés de buscar modificar a ordem do mundo;
4 – Cultivar a razão e o conhecimento da verdade, segundo o método, a melhor atividade dentre as que os homens se ocupam.
Aplicação do método à filosofia
Quanto aos costumes é preciso seguir opiniões duvidosas, mas quanto à busca da verdade, para Descartes, deve-se rejeitar tudo que supõe dúvida, em busca do indubitável, o claro e distinto – primeira regra do método.
O Cogito
Para duvidar, pensar que tudo é falso, é necessário pensar, sendo imprescindível que quem pense seja algo – Penso Logo Existo (primeiro princípio da filosofia), indubitável, claro e distinto, atendendo o critério pelo qual se reconhece uma verdade, a clareza e a distinção.
Analisando o que existe, o pensamento, Descartes examina o que ele é, um pensamento independente do corpo, que para existir não necessita de lugar, nem de alguma coisa material, uma substância pensante.
Da existência de Deus
A forma de evidenciar o eu (pensamento) é a dúvida; a dúvida é uma imperfeição; portanto reconheço-me imperfeito; para saber-se imperfeito é preciso ter a ideia de perfeição; qual a origem desta ideia de perfeição? Deve haver na causa tanta realidade quanto no efeito; portanto a causa de uma ideia
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