Discurso Sobre ética

1 Introdução

A educação básica nos últimos tempos tem recebido várias críticas no que se refere a um modelo tradicional, fragmentado e que já não atende as necessidades e anseios de nossos jovens. Embora despertando controvérsias, existe uma crescente opinião de que este modelo é uma das principais causas da desvalorização da importância da educação por parte dos estudantes, que não vêem na escola nada que possa colaborar com o futuro que eles buscam.

Mudar o paradigma da educação tradicional e torná-la mais interessante à vida de nossos alunos tem sido um desafio árduo e lento para a sociedade em que vivemos, mas ela pelo menos despertou para a necessidade de superar esses objetivos, haja vista os recentes projetos inovadores sendo implementados em nosso país.

Para recuperar o conceito de excelência que a instituição escola sempre teve no passado, é necessário redirecionar as atividades curriculares para os anseios de nossos estudantes, atendendo-os nos conhecimentos que eles esperam encontrar, não somente na escola, mas também em seu futuro profissional e social. Mas para que um jovem tenha perspectivas para o futuro, ele necessita conhecer as opções que lhe são reservadas, o que traz para o trabalho realizado na escola, a necessidade de proporcionar aos estudantes as mais variadas experiências possíveis, permitindo que ele tenha ferramentas suficientes para decidir o caminho a seguir.

Neste contexto, as atividades de pré iniciação científica realizadas no ensino médio, permitem ao jovem conhecer a área científica, tão pouco divulgada nos dias de hoje, tornando-a uma opção a ser seguida em sua vida profissional. Trata-se de uma fascinante área de atuação, pois é a porta de entrada dos conhecimentos que a humanidade adquire. Trata-se também de garantir aos filhos de nossa sociedade se apropriar das práticas científicas tão amplamente patrocinadas pelo financiamento social.

E mesmo que a opção deste futuro cidadão não seja seguir a carreira de pesquisa acadêmica, a atividade permite o desenvolvimento de várias competências e habilidades que podem ser utilizadas em qualquer outra área de atuação, como por exemplo, espírito de liderança, criatividade, competitividade, busca pela excelência, cooperação, facilidade na resolução de problemas, entre várias outras, o que evidencia os excelentes resultados que esta proposta pode entregar para nossa sociedade.

2 Objetivos

O objetivo das atividades de pré-iniciação científica é despertar nos estudantes da escola secundária o interesse pela atividade científica, pela investigação, e pela colaboração com o desenvolvimento social e da qualidade de vida. O envolvimento direto do estudante com situações práticas permitem que ele conheça a necessidade de sua participação competente na busca social por soluções.

Espera-se nessas atividades que o aluno consiga aplicar o conhecimento adquirido durante as aulas, mas que vá além, instigado pelas próprias atividades de pesquisa a aprofundar os conhecimentos específicos necessários para sua busca, e adquirir conhecimentos paralelos para embasar seus resultados e demonstrações.

A participação em congressos e simpósios permite que ele desperte o espírito competitivo, porém, que desenvolva ao mesmo tem o espírito cooperativo, na interação com outros jovens cientistas. Objetiva-se também um aprofundamento dos conceitos socialmente difundidos sobre a prática e desenvolvimento dos conhecimentos científicos, sendo o estudante um instrumento divulgação desses conhecimentos.

3 Metodologia

3.1 Planejamento da pesquisa

As atividades são propostas aos alunos que, depois de se dividirem em grupos, escolhem o tema de sua pesquisa e formulam a metodologia. Os estudantes são livres para escolherem o tema com o qual mais se alinham. Os próprios alunos, sob supervisão e orientação do professor, decidem quais serão as etapas de sua pesquisa. Nesta primeira etapa o aluno já convive com uma situação prática onde tem que organizar uma ação para alcançar um objetivo, o que contribui para o desenvolvimento de sua autonomia, além de começar a refletir sobre a metodologia científica.

Os jovens pesquisadores devem redigir um pequeno resumo descrevendo o que pretende e como pretende alcançar seus objetivos com a pesquisa, além de começar a redigir o seu diário de bordo. Essas atividades o envolvem no desenvolvimento de habilidades de escrita e redação, e familiarização com a linguagem científica, além de estimular a criatividade.

3.2 Execução do projeto

Num segundo momento, o aluno começa a aplicar o seu planejamento de pesquisa. A cada etapa cumprida, ele reavalia o seu projeto, redirecionando-o ao objetivo, utilizando-se de análise com critérios científicos, o que leva o aluno mais uma vez a prática das ciências. Cada etapa é registrada no diário de bordo.

No fim, o estudante chega à conclusão do projeto. Após um longo período de pesquisa e prática científica, o aluno é capaz de concluir se o objetivo, seja do projeto como um todo ou de uma de suas etapas, foi ou não alcançado. Se sim, ele deve ser capaz de propor a continuação e aplicação do trabalho realizado. Se não, ele será capaz de analisar o porquê os objetivos não foram alcançados, e a reestruturação e continuação das pesquisas em busca dos objetivos.

3.3 Apresentação dos resultados

Após a realização da pesquisa, os estudantes deverão publicar os seus resultados. Esta publicação se dá de três maneiras:

- Participação em congressos, interno e externos, onde deve-se apresentar um relatório completo, um pôster e o diário de bordo, além da apresentação oral.

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