Dor Crônica

Dor, crônica...

O que é uma dor crônica? Sempre tive em mente que uma dor crônica é aquela dor que nunca sarava. Você sentiria uma dor em alguma parte do corpo, e você teria que agüenta-la pelo resto de sua vida. Como esse conhecimento eu tive do senso comum, resolvi pesquisar o que seria de fato a dor crônica. Saber se esse meu conhecimento pela possível doença estava correto.

De acordo com o site de buscas mais utilizado pelas mentes preguiçosas que vagam pela internet, dor crônica é “uma dor relacionada a uma injúria recorrente ao organismo que já dura a pelo menos 3 meses.” Interessante. Parece que meu conhecimento comum estava próximo sobre essa doença. Eis que resolvo pesquisar mais a fundo. Que dizer, ler o parágrafo maior depois de ler o de duas linhas.

“A dor crônica tem se caracterizado em um grande desafio à medicina e à psicologia, devido as dificuldades e limitações dos tratamentos existentes. É importante ressaltar a mediação central pela estimulação do segundo neurônio aferente. Essa condição pode manter a dor mesmo quando a injúria inicial já foi solucionada, sendo, por isso, a dor crônica uma patologia em si. Estudos recentes de dor crônica e EMDR têm alcançado bons resultados no controle ou remição de alguns tipos de dor, como dor em membro fantasma (membro amputado), sobreviventes de tortura e dores de cicatrizes de queimadura.” Fonte? Wikipédia, nossa salvadora de vidas, quando mais precisamos.

A dor crônica é muito semelhante a uma dor que nos é recorrente e que todo ser humano sente. Não é física, mas pode doer mais que alguma violação corporal. A dor de amar. Pense bem. O amor quando chega, mexe com nossos sentimentos e faz com que nosso corpo responda a tal estímulo. Ficamos moles, distraídos, retardados, alegres, melancólicos e quando ele nos machuca, parece que uma bomba nuclear implodiu dentro de nossos corações. E nada parece fazer mais sentido. Nos desnorteamos do que é real e irreal. Desejamos a morte como nosso sustento. Todos esses sentimentos são convertidos a longos e longos dias, semanas e meses de ressentimento e amargura. Tudo pelo fato de sermos vítimas da violência do que é amar.

Porque o amor nada mais é do que “um grande desafio para a medicina e a psicologia”, “condição que mantêm a dor mesmo quando a injúria inicial já foi solucionada”. E a dor do amor é esse “membro fantasma” que nos amputa, e que mesmo assim não nos faz esquecer do ápice de sua maior tortura.