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Ensaio Acadêmico: Documentário “O século do ego”/ Episódio 1: Máquinas de Felicidade

Por:   •  27/2/2019  •  Trabalho acadêmico  •  789 Palavras (4 Páginas)  •  453 Visualizações

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Ensaio acadêmico: Documentário “O século do ego”/ Episódio 1: Máquinas de Felicidade

O documentário O século do ego realizado pela BBC no ano de 2002, traz ideias de Freud que foram implementadas pelo seu sobrinho Edward Bernays. Sigmund Freud foi o fundador da psicanálise, mudou a percepção da mente humana e de seu funcionamento. O documentário aborda o início do comunismo, quando Edward Bernays, um propagandista americano, pegou as ideias de Freud sobre os seres humanos e as usou para manipular as massas. Ensinou as grandes corporações americanas como fazer com que as pessoas quisessem adquirir coisas das quais elas não precisavam.

Edward mostra como controlar as massas através do seu inconsciente. Naquela época o consumo era limitado, e com a teoria do inconsciente e junto com o marketing, Bernays mostra como era possível fazer tal controle, para isso trabalhava com a manipulação do inconsciente, tornando produtos que não eram aceitos na sociedade, em necessários, como se fosse um desafio para sociedade, associando-os à algo que os trazia mais liberdade e empoderamento.

Máquinas de felicidade, nome dado ao episódio em questão, mostra como os desejos do inconsciente são usados para trazer uma falsa sensação de felicidade através do consumo e da necessidade de se buscar essa satisfação que o marketing proporciona através de celebridades e propagandas que levam o indivíduo a pensar eles precisam de determinados produtos para serem aceitos, gerando um ciclo vicioso do consumismo, ativando a economia e gerando capital.

Pode-se observar que a publicidade busca trazer sentimentos em objetos, levando o consumidor a comprar mais do que deveria. Criou uma conexão entre o objeto e o ser. Não era apenas “comprar”, era “ser”. Esse feito equipara-se como uma verdadeira arte de influenciar, condicionando a grande massa a necessidades supérfluas.

 Freud afirmava ter descoberto forças agressivas, sexuais, ou seja, as forças mais primitivas escondidas na profunda mente de todos os seres humanos. Essas forças caso não fossem controladas poderiam levar o indivíduo e o coletivo/sociedade a catástrofe e a destruição. Esse documentário relata sobre como as pessoas que estão no poder vem tentando usar as teorias de Freud para tentar controlar as perigosas multidões em uma era de democracia de massa.

As técnicas para controle das massas na era da democracia trazidas no documentário, estão presentes nos dias atuais e nos deparamos com elas a todo momento. Essas formas de abordagem em massa, eram minuciosamente estudadas e taticamente aplicadas juntamente com a publicidade. O comportamento da grande massa consumidora, consequentemente iria gerar uma insatisfação e a felicidade momentânea gerada pela aquisição de diversos produtos que estaria em evidência, já não supriam aquele vazio, tornando esse ciclo cada vez mais intenso.

No passado, houve um tempo no qual as pessoas adquiriam produtos pela necessidade de tê-los, ou seja, a publicidade era destinada a conectar sentimentos com um produto. Nos dias atuais, nota-se que houve uma inversão, o interesse dos indivíduos é no “ter”. As redes sociais, por exemplo, são grandes influenciadores nesse sentido, pois são utilizadas como meios de publicidade.

Esse consumismo gerado pela publicidade, acaba fazendo com que os indivíduos consumam mais do que deveriam. Levam a pessoa a comprar mais coisas do que realmente necessitam. A cada dia, as coisas estão sendo produzidas de maneira descartáveis, para que, de uma forma implícita, gere a necessidade de uma substituição imediata por produtos mais novos e modernos em todos os segmentos.

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