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Entre Muro Da E

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Por:   •  30/3/2014  •  706 Palavras (3 Páginas)  •  366 Visualizações

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O filme mostra de modo documental a realidade de uma escola pública francesa de periferia, onde os professores atuam de modo muito convencional e conservador em contradição com os métodos propostos e o projeto pedagógico implantado no sistema de ensino.

Com alunos desinteressados, colegas pouco preparados e com a função de ser o coordenador pedagógico, o personagem principal é o professor Fançois Marin que busca modificar seus métodos de ensino e vencer os muros impostos pela relação professor-alunos; num segundo momento o vemos tendo dificuldades com a linguagem e a diversidade cultural de sua classe, ainda tendo que vencer os preconceitos impostos também por seus colegas de profissão exemplificados na cena em que se discute sobre os problemas de deportação de um aluno e em seguida alguém estoura champanhe para comemorar a gravidez de uma professora.

Há uma crítica implícita ao sistema educacional e ao despreparo do professor para lidar com a diversidade e com o novo. O paradigma europeu, colonialista se reflete na tentativa de assimilação dos alunos: o chinês que fala com dificuldades a língua francesa, mas é esforçado em se integrar é considerado bom aluno, já o africano que fala sua língua natal e é questionador é um aluno problema e passível de expulsão.

Marin parece se importar com suas aulas e com o destino de seus alunos, mas ao mesmo tempo permanece vítima de um sistema de ensino que o engessa numa teia de ensino incapaz de vencer o muro a muito colocado diante dos alunos. Seus esforços vão aos poucos sendo minados pela turma, por seus superiores e por fim, por ele mesmo, que já não enxerga mais perspectivas para seus alunos problema e sua relação com os alunos se abala.

O ponto alto do filme e quando a aluna diz:” Eu não aprendi nada esse ano. Nada me interessou e nada me interessa. Não quero ser nada quando crescer”. Isso faz refletir será que o método de ensino está correto?

, o que nos deixa a impressão de que o filme questiona a validade desses métodos em detrimento de um sistema tradicional; no entanto, podemos justamente entender que o método não é o que está em cheque aqui, mas sim a atitude de professores perante seus alunos, suas culturas, seu contexto social; a experiência didática é questionada como uma experiência de vida, um entendimento das necessidades e da construção de conteúdos integrados aos alunos, eliminando os muros dos quais o filme faz menção velada.

Visto que em nossa sociedade o sistema é bem parecido e sem as propostas renovadoras que se insinuam no projeto da escola francesa. A realidade brasileira também não contempla uma diversidade cultural tão grande, mas ao mesmo tempo temos muita diversidade econômica, preconceito racial, social e o conflito entre professores e aluno

Para Said (2003), a condição do exílio é ciumenta e faz emergir um sentimento

exagerado de solidariedade entre os exilados que pertencem à mesma nacionalidade,

ao passo que estes tornam-se hostil com os outros: ainda que estes “outros” estejam

igualmente na situação de exílio2. Assim, há um primeiro problema que se coloca que

é justamente os das nacionalidades. Nesta

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