Etica E Moral
Casos: Etica E Moral. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: esclera • 18/9/2014 • 295 Palavras (2 Páginas) • 266 Visualizações
como felicidade da alma e do bom como útil para a felicidade; a virtude como conhecimento, porque quem conhece o bem não age mal, e do vício como ignorância, porque somente age mal quem não conhece o bem; e a virtude pode ser ensinada e, portanto, transmitida (Vasquez, 1989, p. 237 e 238).
No Brasil, já esteve muito em evidencia o argumento segundo o qual a corrupção era, de certa forma, “natural”: face às dificuldades econômicas, face a um Estado burocrático que dificultava todo e qualquer trâmite administrativo e multiplicava cargos com algum tipo de “pequeno poder”, a ideologia do “jeitinho brasileiro” tornava aceitável para muitos a pequena corrupção. Afinal, ela apenas se espelhava no exemplo dos políticos, Contador e empresários que haviam transformado as relações entre Estado e sociedade em um grande balcão de negócios. Como essa situação, em suma, as beneficiava, as classes dominantes permitiram a impunidade para os poderosos, disseminando por conseqüente a tolerância à pequena corrupção, em um processo de total banalização. Em outras palavras, a corrupção passou a ser entendida por muitos quase como um fenômeno cultural, parte do “temperamento brasileiro”.
Era de se esperar que com o fim da ditadura, isso iria mudar. Entretanto, as coisas só pioraram. E a desfaçatez chegou a tal ponto que tornou-se impossível, até mesmo para os sempre parciais meios de comunicação de massa, fechar os olhos para os repetidos escândalos. Do presidente ao vereador, ninguém escapou ileso. Mas temos de ter claro que políticos e mídia desmontam sistematicamente, o quanto podem, qualquer esforço para esclarecer as denúncias que surgem. Assim foi com os grampos, com a compra de votos, com as contas em Caimã, ou com a maioria das CPIs que tivemos. Os escândalos que surgem representam, certamente, uma ínfima parcela do que realmente acontece.
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