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FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO

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Por:   •  9/1/2015  •  Artigo  •  2.723 Palavras (11 Páginas)  •  222 Visualizações

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FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO

O que é Filosofia:

Filosofia é o estudo de problemas fundamentais relacionados à existência, ao conhecimento, à verdade, aos valores morais e estéticos, à mente e à linguagem, filosofia é uma palavra grega, que significa "amor à sabedoria". Filósofo é um indivíduo que busca o conhecimento de si mesmo, sem uma visão pragmática, é movido pela curiosidade e sobre os fundamentos da realidade. Além do desenvolvimento da filosofia como uma disciplina, a filosofia é intrínseca à condição humana, não é um conhecimento, mas uma atitude natural do homem em relação ao universo e seu próprio ser.

A filosofia foca questões da existência humana, mas diferentemente da religião, não é baseada na revelação divina ou na fé e sim na razão. Desta forma, a filosofia pode ser definida como a análise racional do significado da existência humana, individual e coletivamente, com base na compreensão do ser. Apesar de algumas semelhanças com a ciência, muitas das perguntas da filosofia não podem ser respondidas pelo empirismo experimental.

A filosofia pode ser dividido em vários ramos. A filosofia do ser, por exemplo, inclui a metafísica, ontologia e cosmologia, entre outras disciplinas. A filosofia do conhecimento inclui a lógica e a epistemologia, enquanto filosofia de trabalho está relacionado a questões como a ética.

Diversos filósofos deixaram seu nome gravado na história mundial, com suas teorias que são debatidas, aceitas e condenadas até os dias de hoje. Alguns desses filósofos são Aristóteles, Pitágoras, Platão, Sócrates, Descartes, Locke, Kant, Freud, Habermas e muitos outros. Cada um desses filósofos fez suas teorias baseadas nas diversas disciplinas da filosofia, lógica, metafísica, ética, filosofia política, estética e outras.

Nos dias de hoje a palavra "filosofia" é muitas vezes usada para descrever um conjunto de ideias, atitudes e ideais, como por exemplo: "filosofia de vida", "filosofia política", "filosofia da educação", "filosofia reggae", etc.

Para que serve a filosofia?

Está tudo muito bem, mas será que vale a pena preocuparmo-nos? Qual é o interesse? A reflexão não põe o mundo a funcionar. Não coze o pão nem põe os aviões no ar. Por que razão não havemos de pôr as perguntas reflexivas de lado, e passar às outras coisas? Irei esboçar três tipos de respostas: a elevada, a intermédia e a chã.

A resposta elevada põe em questão a pergunta — uma estratégia filosófica típica, pois implica subir um grau na ordem da reflexão. Que queremos dizer quando perguntamos para que serve? A reflexão não coze o pão, mas também a arquitetura não o faz, nem a música, a arte, a história ou a literatura. Acontece apenas que queremos compreender-nos. Queremos isto pelo seu valor intrínseco, tal como os especialistas em ciências ou matemáticas puras podem querer compreender o princípio do universo, ou a teoria dos conjuntos, pelo seu valor intrínseco, ou como um músico pode querer resolver alguns problemas na harmonia ou no contraponto pelo seu valor intrínseco. São coisas que não se fazem em função de aplicações práticas. Grande parte da vida trata-se de facto de criar gado para poder comprar mais terra, para poder criar mais gado, para poder comprar mais terra… Os momentos em que nos libertamos disso, seja para fazer matemática ou música, para ler Platão ou Eça de Queirós, devem ser acarinhados. São momentos em que desenvolvemos a nossa saúde mental. E a nossa saúde mental é boa em si, como a nossa saúde física. Além disso, há no fim de contas uma recompensa em termos de prazer. Quando temos saúde física, o exercício físico dá-nos prazer, e quando temos saúde mental, o exercício mental dá-nos prazer.

Esta é uma resposta purista. Esta resposta não está errada, mas tem um problema. Acontece que provavelmente só consegue ser atraente para as pessoas que já estão parcialmente convencidas — pessoas que não fizeram a pergunta original num tom de voz muito agressivo.

Por isso, eis uma resposta intermédia. A reflexão é importante porque está na continuidade com a prática. O modo como pensamos sobre o que estamos a fazer afecta o modo como o fazemos, ou até mesmo se o chegamos a fazer; pode conduzir a nossa investigação, ou a nossa atitude relativamente a pessoas que fazem as coisas de modo diferente, ou até toda a nossa vida. Tomemos um exemplo simples: se as nossas reflexões nos levarem a acreditar na vida depois da morte, podemos estar preparados para enfrentar perseguições que não enfrentaríamos se nos convencêssemos — como muitos filósofos — de que a noção não faz sentido. O fatalismo, ou a ideia de que o futuro está determinado, seja o que for que façamos, é uma convicção puramente filosófica — mas é uma convicção que tem o poder de paralisar a acção. Em termos mais políticos, pode também exprimir a aceitação do baixo estatuto social atribuído a alguns segmentos da população, o que pode ser reconfortante para pessoas que, pertencendo aos estatutos mais elevados, encorajam essa aceitação.

Consideremos alguns exemplos mais prevalecentes no Ocidente. Ao reflectir sobre a natureza humana, muitas pessoas pensam que, no fundo, somos inteiramente egoístas. Só procuramos a nossa própria vantagem e nunca nos preocupamos realmente com mais ninguém. Quando parece que nos preocupamos com os outros, isso apenas disfarça a nossa esperança num benefício futuro para nós mesmos. O paradigma principal nas ciências sociais é o homo economicus — o homem económico. O homem económico toma conta de si, numa luta competitiva com os outros. Ora, se as pessoas pensarem que somos todos assim, sempre, as suas relações com os outros transformam-se; pois terão menos confiança nos outros, serão menos cooperativos e mais desconfiados. Isto muda o modo como interagem com os outros, o que acarreta vários custos. Irão descobrir que é difícil, e por vezes impossível, manter atividades cooperativas: podem ficar encurralados naquilo a que o filósofo Thomas Hobbes (1588-1676) chamou “a guerra de todos contra todos”. Na vida real, essas pessoas terão um alto custo a pagar, pois estão sempre a pensar que estão a ser enganadas. Se a minha atitude for a de que “um contrato verbal não vale o papel em que está escrito”, terei de pagar a advogados para conceber contratos com sanções, e se eu não confiar nos advogados por pensar que eles nada fazem exceto encher-se de dinheiro à custa dos outros, terei de

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