Ficha de Leitura Temática: Filosofia Moderna - Milena Chaui
Por: Ana Claudia Garcia • 26/11/2020 • Resenha • 590 Palavras (3 Páginas) • 537 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO
CENTRO MULTIDISCIPLINAR DE PAU DOS FERROS - CMPF
DEPARTAMENTO DE CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS E HUMANAS - DCSAH
FILOSOFIA DA CIÊNCIA
FILOSOFIA MODERNA – MILENA CHAUI
FICHA DE LEITURA TEMÁTICA
Professor: Claudio de Souza Rocha
Aluno: Ana Claudia Dantas Garcia
Pau dos Ferros, RN
2020
FILOSOFIA DA CIÊNCIA
FILOSOFIA MODERNA – MILENA CHAUI
Ficha de leitura temática apresentada para obtenção de nota parcial na disciplina de Filosofia da Ciência, curso de Ciência e Tecnologia na Universidade Federal Rural do Semi-Árido, ministrada pelo professor Claudio de Souza Rocha.
Pau dos Ferros, RN.
2020
FILOSOFIA DA CIÊNCIA
FILOSOFIA MODERNA – MILENA CHAUI
CHAUI, Milena. Filosofia Moderna. São Paulo, USP.
Grande parte dos filósofos e estudiosos utilizam um critério cronológico para a definição do período de desenvolvimento da filosofia moderna. Eles se valem da relação entre acontecimentos sócio-políticos e a constituição de conhecimentos em áreas como a filosofia, a arte e a ciência. No entanto, esse critério pode gerar equívocos em tal definição, interligando de forma direta e causal acontecimentos sócio-políticos à constituição de tais conhecimentos.
Como forma de contornar esses equívocos, muitos historiadores designaram o renascimento como período de transição para a modernidade. Mostrando, recentemente, que o renascimento criou um saber próprio, sem o qual a filosofia moderna teria sido impossível. Pois é no renascimento que surgem novos elementos definidores da vida intelectual, como o surgimento de academias laicas e livres, discussões em torno da separação entre fé e razão, política e igreja, natureza e religião, e o interesse na ciência como conhecimento racional capaz de transformar a realidade natural e política. De um lado, a reforma protestante destruiu a crença da unidade da fé cristã e da autoridade religiosa com seus dogmas e cerimônias. Por outro lado, em oposição a liberdade de expressão e pensamento fomentada pela reforma, surge a contra- reforma, com o objetivo de controlar a atividade intelectual e combater o protestantismo.
E é neste contexto em que várias filosofias polemizam entre si, que se desenvolve a filosofia moderna do século XVII, caracterizada pelo campo de pensamento comuns a muitos pensadores do período. Entre eles pode-se destacar o surgimento de uma nova ciência da natureza onde o universo é infinito, o espaço neutro, sem hierarquias, valores ou qualidades. O aparecimento da mecânica e a possibilidade de intervenção técnica sobre a natureza física e humana. E o afastamento da explicação meramente interpretativa ou descritiva com a modificação da ideia de substância e causalidade, onde um conhecimento para aspirar a verdade deve ser um conhecimento das causas, a causa da essência, da existência e das ações e reações de um ser. Além disso, os pensadores da filosofia moderna criticam a semelhança como meio para alcançar a verdadeira essência das coisas, razão pela qual o método surge como ciência universal da medida e da ordem. Sendo a medida um critério para estabelecer as identidades e diferenças entre os seres, e a ordem o conhecimento do encadeamento interno entre os termos que foram medidos.
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