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Filosofia

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Por:   •  4/8/2014  •  1.591 Palavras (7 Páginas)  •  2.876 Visualizações

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UMA HISTÓRIA REAL

" Em 1964, nos Estados Unidos, às 3h20 da madrugada, uma mulher de 28 anos voltava para casa após o trabalho. Ela era gerente de um bar da região. Diante do seu domicílio, na calçada, foi apunhalada por um homem. Vários moradores das casas vizinhas observaram a cena. Da sacada de um apartamento em frente, um homem gritou: 'Deixe a moça em paz!'. O agressor afastou-se por alguns instantes mas voltou em seguida, apunhalando-a de novo, enquanto ela gritava por socorro. Outras luzes se acenderam, ele pegou seu carro e partiu. Catherine Genovese arrastou-se até sua porta e tentava abri-la, quando o agressor voltou e lhe deu o golpe fatal.

Às 3h50, a polícia recebeu um chamado de vizinhos e em dois minutos chegou ao local. Dentre as 38 pessoas que assistiram ao assassinato, apenas um homem, uma senhora de 70 anos e uma jovem vieram falar com os policiais. O homem explicou que ao presenciar a agressão, não sabia o que fazer e ligou para um de seus amigos advogados. Depois foi ao apartamento da mulher de 70 anos para lhe pedir que telefonasse para a polícia. Resmungou que ele mesmo não queria se envolver nesse caso. "

OS VALORES

Diante de pessoas,coisas e situações,estamos constantemente fazendo avaliações. Essas avaliações referem-se a:

juízos de realidade, quando partimos do fato de que as coisas existem.

juízos de valor, quando lhes atribuímos uma qualidade que mobiliza nossa atração ou repulsa.

Os valores podem ser lógicos, utilitários, estéticos,afetivos, econômicos, religiosos, éticos. Embora atemática dos valores seja tão antiga como a humanidade, só no século XIX surgiu a teoria dos valores ou axiologia, que não se ocupa do ser, mas das relações entre os seres e o sujeito que os aprecia. Os seres mobilizam nossa afetividade por atração ou por repulsa. Portanto, algo possui valor quando não nos deixa indiferentes. Os valores são herdados. Ao nascermos, o mundo cultural é um sistema de significados já estabelecido, de tal modo que aprendemos desde cedo como nos comportar; como andar, correr, brincar; como cobrir o corpo e quando desnudá-lo; como apreciar a beleza ou a feiúra; quais são os nossos direitos e deveres. O resultado de nossos atos está sujeito à sanção em intensidades variadas: a crítica de um amigo, "aquele" olhar da mãe, a indignação ou até a coerção física, quando alguém é preso por um crime.

MORAL E ÉTICA

Os conceitos de moral e ética são com freqüência usados como sinônimos. No entanto, podemos estabelecer algumas diferenças entre eles.

Moral é o conjunto de regras que determinam o comportamento dos indivíduos em um grupo social.

Ética é a reflexão sobre as noções e princípios que fundamentam a vida moral.

CARÁTER HISTÓRICO E SOCIAL DA MORAL

Afim de garantir a sobrevivência, o ser humano age sobre a natureza transformando-a em cultura. Para que a ação coletiva seja possível, são estabelecidas regras que organizam as relações entre os indivíduos, por isso é impossível um povo sem qualquer conjunto de normas de conduta.

Há portanto a moral constituída, pela qual o comportamento é orientado por meio de normas. O comportamento moral também varia de acordo com o tempo e o lugar, conforme as exigências das condições nas quais as pessoas organizam-se ao estabelecerem as formas de relacionamento e as práticas de trabalho.

A LIBERDADE DO SUJEITO MORAL

A moral é também a livre e consciente aceitação das normas. Isso significa que o ato só é propriamente moral se passar pelo crivo da aceitação pessoal da norma. Mesmo admitindo o caráter histórico e social, a moral não se reduz à herança dos valores recebidos pela tradição, porque já a partir da adolescência o indivíduo desenvolve o pensamento abstrato e a reflexão crítica. A ampliação do grau de consciência e de liberdade introduz um elemento contraditório entre a norma vigente e a escolha pessoal. Se aceitarmos unicamente o caráter social da moral, o ato moral reduz-se ao cumprimento da norma estabelecida. Nessa perspectiva, a educação moral visaria apenas a inculcar nas pessoas o medo das sanções pela não observância das normas. Por outro lado, se aceitarmos como predominante a interrogação do indivíduo que põe em dúvida a regra, corremos o risco de destruir a moral. O ser humano não é um Robinson Crusoé na ilha deserta, mas "convive" com pessoas, e qualquer ato seu compromete os que o cercam.

DEVER E LIBERDADE

O ato moral provoca efeitos não só na pessoa que age, mas naqueles que a cercam e

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