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Filosofia

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Por:   •  16/11/2014  •  1.394 Palavras (6 Páginas)  •  930 Visualizações

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Psicologia da forma e fenomenologia

A filosofia alterou bastante essas duas tradições e as superou numa nova concepção do conhecimento sensível trazidas pela fenomenologia de Edmund Husserl e pela psicologia da forma.

Apesar de suas diferenças, empiristas e intelectualistas concordavam num aspecto: julgavam que a sensação era uma relação de causa e efeito entre pontos das coisas e pontos do nosso corpo. Por isso a percepção era considerada a atividade que juntava as partes numa síntese que seria o objeto percebido.

Fenomenologia e Gestalt, porém, mostram que não há diferença entre sensação e percepção, porque nunca temos sensações parciais, elementares ou pontuais, que depois o espirito juntaria e organizaria como percepção de um único objeto. Se percebêssemos sensações pontuais e isoladas veríamos uma linha incompleta. Se a percepção fosse uma soma de sensações parciais e se cada sensação dependesse de estímulos diretos que as coisas produzissem em nossos órgãos dos sentidos, teríamos de ver como sendo de mesmo tamanho duas linhas que são objetivamente de mesmo tamanho.

O que é a percepção

A percepção tem as seguintes características:

• É o conhecimento sensorial de formas ou totalidades organizadas e dotadas de sentido.

• É uma vivencia corporal onde a situação do nosso corpo é tão importante quanto a situação do objeto percebido.

• É uma experiência com significação e sentido em nossa historia de vida.

• A relação dá sentido ao percebido e àquele que percebe e um não existe sem o outro.

• As relações se estabelecem entre nosso corpo, o corpo dos outros sujeitos e o corpo das coisas.

• A percepção envolve toda nossa personalidade, nossa história pessoal, nossa afetividade, nossos desejos e paixões.

• A percepção nos oferece acesso ao mundo dos objetos práticos e instrumentais, porém ela também esta sujeita a uma forma especial de erro: a ilusão, que é causada pela confusão entre várias percepções e ideias.

Percepção e pensamento

A diferença entre a percepção e o pensamento é que a percepção sempre se realiza por perfis ou perspectivas sendo que nuca percebemos um objeto de uma só vez, pois somente percebemos algumas de suas faces de cada vez, ao contrário do pensamento onde nosso intelecto compreende uma ideia de uma só vez e por inteiro.

A memoria

É a capacidade humana para reter e guardar o tempo que se foi, salvando-o da perda total. A lembrança conserva aquilo que se foi e não retornará jamais. Para alguns filósofos, a memória é a garantia de nossa própria identidade, o modo de podermos dizer “eu” reunindo tudo o que fomos e fizemos a tudo o que somos e fazemos. A memória é uma forma de percepção interna chamada introspecção, cujo objeto é interior ao sujeito do conhecimento: as coisas passadas lembradas, o próprio passado do sujeito e o passado relatado ou registrado.

A memória em nossa sociedade

A memória em nossa sociedade é valorizada e desvalorizada. É valorizada com a multiplicação dos meios de registro e gravação dos fatos, acontecimentos e pessoas. Também é valorizada por algumas ciências como a biologia molecular. É desvalorizada porque não é considerada uma capacidade essencial para o conhecimento, e porque a publicidade e a propaganda nos fazem preferir o “novo”, o “moderno” e a “última moda”.

O que é a memoria

A memória é uma atualização do passado e é também registro do presente para que permaneça como lembrança, isto é um modo de funcionamento das células do cérebro que registram e gravam percepções e ideias, gestos e palavras.

Se a memória fosse mero registro cerebral de fatos e coisas passadas, não se poderia explicar o fenômeno da lembrança, isto é, que selecionamos e escolhemos o que lembramos e que a lembrança tem, como a percepção, aspectos afetivos, sentimentais e valorativos.

A imaginação

A imaginação possui dois sentidos: o criador e o reprodutor. O criador faz aparecer o que não existia, já o reprodutor é incapaz de reproduzir o acontecido.

A tradição filosófica sempre deu prioridade a imaginação reprodutora, considerada um resíduo da percepção. A imagem seria um rastro da percepção. Empiristas falam das imagens como reflexos mentais da percepção, cujos traços foram gravados no cérebro. A imagem seria a reprodução presente que faço das coisas ou situações presentes.

A imaginação seria a reprodutora diretamente da percepção no campo do conhecimento e indiretamente reprodutora da percepção no campo da fantasia.

A fenomenologia e a imaginação

Diferentemente da tradição, a fenomenologia diz que a consciência cognitiva como uma forma de consciência que parte da diferença da imaginação como respeito a percepção e à memória. O ato da consciência imaginativa é o imaginar e seu conteúdo é o imaginado.

Graças a imaginação, abre-se para nós o tempo do que ainda não existe e o campo dos possíveis ou das coisas possíveis, isto é, do que poderia ou poderá vir a existir.

A importância da Linguagem

Na abertura da sua obra Política, Aristóteles afirma que somente o homem é um "animal político", isto é, social e cívico, porque

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