Filosofia
Artigo: Filosofia. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: jujugabriela • 1/3/2015 • 985 Palavras (4 Páginas) • 192 Visualizações
Introdução
A filosofia antiga nasceu sem necessidade em explicar o mundo com explicações reais, o primeiro filósofo foi Tales de Mileto era originalmente, todas as áreas que hoje denominamos ciências faziam parte da Filosofia: expressão, no mundo grego, de um conjunto de saber nascido em decorrência de uma atitude. E, de fato, tanto Platão, no Fédon, quanto Aristóteles, na Metafísica, puseram na atitude admirativa, no admirar tò thaumázein, e também no páthos ("um tipo de afetação, que pode ser definido como um estranhamento"), a archê da Filosofia. "No Teeteto, Sócrates diz a Teodoro que o filósofo tem um páthos, ou seja, uma paixão ou sensibilidade que lhe é própria: a capacidade de admirar ou de se deixar afetar por coisas ou acontecimentos que se dão à sua volta". O thaumázein, assim como o páthos, têm a ver com "um bom ânimo ou boa disposição (...) que levou certos indivíduos a deixar ocupações do cotidiano para se dedicar a algo extraordinário, a produção do saber: uma atividade incomum, em geral pouco lucrativa, e que nem sequer os tornava moralmente melhores que os outros.".
Desenvolvimento
Sócrates revolucionou a Filosofia ao transferir a vocação questionadora da natureza física para a natureza humana, seus valores, verdades e fundamentos. Se existiu alguma revolução na filosofia logo em seus primeiros séculos na Grécia Antiga, ela atende por um nome: Sócrates. Alterando radicalmente o uso da razão e o objeto de investigação filosófica, ele decidiu que, em vez de continuarem debatendo sobre a origem e transformação do universo e todas as coisas que nele havia, os homens fariam melhor se investigassem a si mesmos: a verdadeira descoberta estava no interior da alma humana, e não fora dela. Nascido em 469 a.C. nas planícies do monte Licabeto, próximo a Atenas, Sócrates vinha de família humilde e durante a infância ajudou o pai no ofício de escultor. Logo sua vocação falou mais alto e partiu para aprender filosofia, sendo discípulo dos filósofos Anaxágoras e Arquelau. Entretanto, insatisfeito com as limitações do pensamento filosófico que era expresso em sua época, decidiu descobrir um novo modo de conhecimento. Em vez de restringir seu debate somente aos eminentes, Sócrates era visto em toda parte — especialmente na Ágora (área central de Atenas onde se desenrolava toda a vida pública da cidade) — dialogando com todo o tipo de gente. Suas andanças o levaram ao Oráculo de Delfos, o qual, para espanto do próprio Sócrates, o declarou “o mais sábio dos homens”.
Discordando do Oráculo, Sócrates decidiu encontrar em Atenas alguém que fosse mais sábio que ele próprio, mas, dialogando com as pessoas da cidade famosas pela inteligência e sabedoria, logo se convenceu de que elas, na verdade, nada sabiam de concreto. A cada sábio que interpelava, em algum momento da conversa, Sócrates logo percebia falseamentos e contradições. O modo como nosso filósofo procedia era inédito até então e ficou conhecido como dialética. Inicialmente, pedia a seu interlocutor que discorresse sobre um assunto qualquer como a justiça, a coragem, a escolha de uma profissão, etc. Em seguida, a partir dos pensamentos mal formulados e expressos, Sócrates ia demolindo os argumentos um a um, de modo que seu oponente ficava frequentemente sem respostas. Na verdade, esse método provocador de Sócrates obedecia a um princípio filosófico justificável. Para ele, a grande confusão reinante no mundo humano — e que levava os sofistas a concluir que “não há certezas, apenas convenções” — baseava-se no fato de que as pessoas, mesmo os tidos sábios, não raciocinavam com o devido cuidado sobre si mesmos, suas opiniões, valores e ações, tomando como óbvio coisas que deveriam sempre ser questionadas até o entendimento completo.
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