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Filosofia Da Educação

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Por:   •  26/4/2014  •  2.812 Palavras (12 Páginas)  •  178 Visualizações

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CONSIDERAÇÕES SOBRE EDUCAÇÃO, FILOSOFIA E CULTURA

LUCÉLIA- SP 14SETEMBRO DE 2012

1. INTRODUÇÃO

A sociedade atual se pauta pela busca pela plenitude da liberdade e dos direitos fundamentais que se esbarra na necessidade imperiosa de se propiciar a convivência pacífica e interativa de todos quer dentro da sociedade, da família, ou do mundo.

Por isso, é necessário que a escola tenha um espaço organizado e que além da característica comum de toda instituição de ensino, a de transmitir conhecimentos sistematizados, precisa ser autora de um jeito próprio de ser e de manifestar seus hábitos e valores.

Dessa forma, cada instituição escolar deve buscar um jeito próprio de caminhar, de ver o aluno, e de transmitir-lhe conhecimentos e desenvolver hábitos e atitudes, daí a necessidade da Filosofia na escola, para que os alunos sejam capazes de pensar sobre o mundo que os cerca.

Sendo assim, é possível afirmar que da missão escolar saem seus valores, e sua política tem suas origens nos valores, de onde saem seus objetivos e suas estratégias de ensino e é preciso perceber se tais valores pertencem às classes mais favorecidas ou visam atender a todas as classes.

Por isso, é preciso entender a cultura, a missão, a filosofia da escola; pesando seus objetivos e a aplicabilidade do ensino diante das especificidades e necessidades sociais.

Pensando nisso, é que o presente trabalho abordará temas referentes ao ensino da Filosofia, sobre as condições de ensino nas escolas públicas do país, sobre a cultura e sobre as contribuições de Pierre Bourdieu para a Educação brasileira.

2. DESENVOLVIMENTO

Aqui será feita uma breve abordagem sobre os temas apresentados no último parágrafo da Introdução, buscando fazer considerações acertadas a respeito de cada um.

2.1. O ensino de Filosofia: sua importância para se compreender o mundo atual

A Filosofia não é bem compreendida nas instituições escolares por ser uma ciência aberta e especulativa, uma vez que as questões propostas por ela continuam em aberto. Além disso, as outras ciências apresentam resultados, enquanto que os resultados da Filosofia não são tão visíveis.

Os resultados da Filosofia nem sempre são consensuais substanciais ou substanciais consensuais, isto é, são consensuais, pois mostram que um teórico concorda com as idéias de outro e nem sempre são substanciais, porque mostra resultados negativos ou transversais.

Além disso, ao afirmar que a Filosofia é uma disciplina em aberto não quer dizer que nela há um permanente questionamento, pois os questionamentos existem para que se possa pensar a respeito deles, perceber o que os filósofos pensaram e concordar ou não.

Por isso, as instituições costumam não valorizar a Filosofia, pois como afirma Desidério Murcho:

A filosofia não é uma disciplina empírica, como a história ou a física. É uma disciplina a priori ou que se faz pelo pensamento apenas. Não usamos laboratórios, estatísticas, observações telescópicas ou microscópicas. Neste aspecto, a filosofia está mais próxima da matemática, que é também uma disciplina a priori. Isto não significa que não possamos em filosofia apresentar hipóteses de caráter empírico; mas significa que se é possível testar empiricamente essas hipóteses, não são hipóteses filosóficas: são apenas hipóteses sociológicas, psicológicas, biológicas ou outras.(MURCHO, 2008, p.84)

O resultado da Filosofia é também filosófico, isto é se chega a uma teorização e é pensando nisso que o objetivo do professor de Filosofia não é ensinar história, nem a história das ideias, mas ensinar os conceitos ou algum determinado conceito, no pensamento de um filósofo.

Para isso, deve recorrer a determinados recursos como por exemplo, recorrer às informações sobre o período histórico no qual o filósofo viveu, porque nenhuma Filosofia a se faz fora do espaço e do tempo; recorrer à biografia intelectual do filósofo, pois ele procura responder a problemas que percorrem a história da Filosofia.

Os textos também podem orientar o ensino de Filosofia e nesse caso, o objetivo é compreender o conceito explicitado pelo filósofo em um determinado trecho. Contudo, uma vez compreendido o conceito explicitado naquele trecho, não somente se pode, mas se deve localizá-lo no pensamento de um determinado filósofo.

Desidério Murcho (2008), por sua vez, aborda esse problema de separar e analisar no ensino de Filosofia ao ensinar os conceitos dos filósofos e o filosofar, a partir da pergunta: como se ensina isso? A ideia central é que não se deve reduzir o ensino de Filosofia ao historicismo, entendido como o ensinamento puro e simples da relação entre a teoria dos filósofos e os períodos nos quais viveram; nem tampouco no enciclopedismo, que seria a mera repetição dos conceitos e ideias dos filósofos a serem memorizados como as fórmulas matemáticas, ou fatos históricos.

Para Desidério Murcho, o ensino de Filosofia deve passar também por uma experimentação: o aluno deve ter a oportunidade de realizar a mesma ação dos filósofos. Em suas palavras:

O que há a fazer compreende-se melhor se € zermos uma analogia entre o ensino de atletismo ou da pintura e o ensino de Filosofia. O estudante de atletismo ou de pintura não pode limitar-se a compreender teorias sobre o atletismo ou a pintura; tem também de aprender a correr ou pintar. Ou seja, não podemos limitar-nos ao ‘saber que’. Temos de ter também em vista o ‘saber como’.(MURCHO, 2008, p. 90-91).

Dessa forma, observamos que Murcho não se debruça sobre o tema do “ensinar Filosofia”, a não ser no que se refere ao “filosofar”, quando o aluno passa do estudo ao exercício. Isso quer dizer que o ensino de Filosofia não deve limitar-se somente ao enciclopedismo ou ao historicismo, mas também colocar em prática a Filosofia por meio do ato de filosofar.

Por isso, é preciso entender que a Filosofia é importante, pois ajuda a compreender o que se passa na sociedade e também ajuda as pessoas a conhecerem a si próprias e é também por isso que fica difícil implantá-la adequadamente, pois ao ensinar os alunos a pensar sobre a realidade que os cerca, a Filosofia assusta a

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