Filosofia Da Educação

Introdução.

Vamos começar este estudo com uma breve reflexão sobre a Filosofia como projeto educacional. Já sabemos que a nossa cultura ocidental tem o seu berço na Grécia Antiga e, assim, a educação sempre foi pensada a partir do pensamento platônico que afirma a condição de aprendizagem como recognição. Ou seja, aprender é um ato de relembrar o que a alma racional já absorveu em algum momento e esta alma é eterna. Portanto, participa do “mundo das ideias” (que é diferente do mundo material, sensível, cópia imperfeita daquele) e, assim, a alma racional participa das ideias. O problema é quando nascemos o nosso corpo material limita a alma racional (Platão dirá que a prende) que esquece todas as ideias, todo o conhecimento. Por isso, o aprender é uma condição recognição (relembrar) ou, aprender o que já sabia, mas se esqueceu durante o nascimento. Esse processo pode ser “acelerado” com o processo educativo – e culmina com o exercício da Filosofia, a racionalidade inteligível, ou ,o conhecimento das Ideias verdadeiras.

Para saber mais sobre Platão acesse o link abaixo.

http://os-filosofos.blogspot.com.br/2008/03/plato-427-347-ac.html

Embora pensemos, nos dias atuais, de forma diferente de Platão, ainda permanecemos com a influência dele ao longo da História e da Filosofia da Educação. Atualmente a educação gira em torno de dois verbos: ensinar e aprender. As teorias pedagógicas, de forma geral, centraram-se neste vínculo: só se aprende aquilo que é ensinado; não se pode aprender sem que alguém ensine. Dessa forma, o processo educativo pode ser tomado em uma perspectiva científica, dando segurança ao professor sobre como ensinar e como avaliar o aprendizado de cada aluno. A questão é que este controle sobre o aprendizado, através do ensino, leva a uma homogeneização: o objetivo é que todos aprendam as mesmas coisas, da mesma maneira.

Sobre esse tema, você poderá aprender mais um pouco no link abaixo.http://www.crmariocovas.sp.gov.br/amb_a.php?t=013

Antes de continuarmos nossa reflexão responda a seguinte questão: Nós aprendemos tudo o que nos ensinam? Responda antes de continuar a leitura.

Considerando que estamos iniciando um reflexão sobre a questão apontada vamos compreender o sentido etimológico da palavra ENSINAR:

O grupo de sinônimos que utilizamos em português para ‘educar’, a saber, ‘ensinar’, ‘instruir’, ‘formar’, todos originários do latim, guardam uma ideia análoga: a de oferecer algo a alguém que não o possui, isto é, a ação de um polo ativo da relação que vem suprir uma carência do outro polo, geralmente pensado como passivo. ‘Ensinar’ vem de insignare, literalmente ‘colocar um signo’, ‘colocar um exemplo’. A base do termo é a raiz indo-europeia sekw, cujo significado é ‘seguir’, de modo que signum, o principal formador de insignare, remete ao sentido de ‘sinal’, ‘signo’, ‘marca’ que é preciso seguir para alcançar algo. O ‘signo’ é, então, ‘o que se segue’, e