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Filosofia E Correntes

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Por:   •  3/12/2013  •  7.751 Palavras (32 Páginas)  •  334 Visualizações

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Filosofia

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As correntes filosóficas

AS CORRENTES FILOSÓFICAS

OS IDEALISTAS

Os idealistas acreditam que o mundo externo e material é produzido pela mente ou pelas ideias, de que não pode existir separadamente. A realidade, por conseguinte, começa dentro da mente e não fora dela.

PLATÃO (428-354 a.C)

Para PLATÃO, tudo no mundo material deve sua existência a uma ideia perfeita, eterna e imutável a partir da qual é modelado. Ele chamou essas ideias de “formas”. Formas de noções abstratas, como coragem e justiça, servem de ideal para as pessoas, que se esforçam por alcançá-las. Assim como imaginamos um cavalo ideal, perfeito, podemos imaginar um ideal de justiça e nos esforçarmos para alcançá-lo.

A “forma” ideal mais famosa de Platão é sua ideia de uma sociedade ideal, que ele descreveu no diálogo “A República”. Neste, Platão expressou firmes opiniões sobre a estrutura da sociedade. Ele acreditava que as pessoas se dividem em tipos. Algumas não são especialmente brilhantes e nunca poderão esperar ocupar posições importantes. Ele disse que essas pessoas têm alma de bronze e se destinam à agricultura e outros trabalhos. Platão rotulou esse grupo de “trabalhadores”. Acima dele estão aqueles com alma de prata: essas pessoas possuem alguns talentos e podem vir a ser importantes para a sociedade, sendo mais adequadas a policiar e a proteger o Estado. Platão chamou esse grupo de “soldados”. No alto da escada estão aquelas pessoas com alma de ouro, que têm a inteligência e a educação necessárias para se tornar filósofos e governantes — os “guardiães”.

Platão argumentou que os filósofos são os melhores líderes porque são sábios e têm menos probabilidade de se comportar irracionalmente. Ele acreditava que o Estado permaneceria estável e justo com filósofos no poder. Sua sociedade ideal é uma estrutura ordenada, onde as pessoas permanecem fixas em seus papéis. Todas são treinadas até o limite de sua habilidade, que garante sua posição na vida. Seria impróprio um agricultor governar o Estado ou um filósofo trabalhar a terra.

Platão considerava mulheres e homens igualmente capazes de governar. Mas também achava que os homens tendem a fazer as coisas melhor. Entretanto, sua concepção sobre a igualdade entre homens e mulheres era revolucionária para seu tempo.

O Estado ideal de Platão é uma sociedade controlada. A tentação de ganância — um dos maiores males da sociedade — desapareceria ao ser abolida a propriedade privada. Para evitar que as pessoas tornassem o Estado menos importante que suas famílias, todas as crianças seriam levadas após o nascimento, sem nunca conhecer seus verdadeiros pais. As crianças seriam criadas pelo Estado e levadas a pensar em todos como seu próprio pai e mãe. Os governantes também determinariam quem se casaria com quem.

GEORGE WILHELM FRIEDRICH HEGEL

(1770-1831) filósofo alemão

HEGEL desenvolveu um consistente sistema filosófico para explicar a realidade. Ele sustentou que o universo e tudo dentro dele está interligado. Disse que a realidade é o produto de uma mente cósmica. E uma ideia em movimento — e toda a história pode ser explicada pelo desenvolvimento dessa ideia. Para ele, a história só poderia ser entendida se cada era fosse vista como uma pequena peça de um enorme quebra-cabeça. Isso constitui uma visão radical da história. A visão tradicional é que a história resulta de mudanças nas circunstâncias materiais das pessoas. Por exemplo, uma nova tecnologia pode mudar a forma como as pessoas se comunicam ou fazem guerra. De acordo com Hegel, essas mudanças materiais na sociedade são os efeitos de um profundo processo de mudança. Ele sustentou que esse processo profundo é “uma ideia que realiza a si mesma”.

Hegel afirmou que essa ideia cósmica se desenvolve em padrões fixos, que ele chamou de “dialética”. Esse é um processo triplo: primeiro, um argumento, ou “tese”, é apresentado; surge então um argumento oposto, ou “antítese”; e, depois de muita luta, uma conclusão é alcançada, conhecida como “síntese”. Essa conclusão torna-se então a nova ‘tese”, e todo o processo recomeça, ad infinitum. Na opinião de Hegel, cada grande era da história do mundo começa como uma síntese de forças opostas à era precedente. Essas forças opostas (teses e antíteses) acabam destruindo o momento histórico, mas uma era nova e melhor se ergue das cinzas.

A “dialética” é o motor que movimenta o sistema de Hegel. Ele demonstrou que o processo dialético escora toda a história, inclusive a história do pensamento. Hegel argumentou que, a cada era, as pessoas desenvolvem um conhecimento melhor sobre o mundo. Hoje, a prova de Hegel desse desenvolvimento seria que a ciência moderna e a tecnologia dão uma imagem mais precisa de como o universo funciona do que davam cinqüenta anos atrás. No futuro, esse conhecimento terá se desenvolvido ainda mais.

Para Hegel, a história caminha para o conhecimento completo. O processo dialético terminará numa “síntese” final que revelará a mente de Deus.

OS MATERIALISTAS

Os materialistas têm uma visão completamente oposta à dos idealistas sobre a natureza da realidade. Os materialistas acreditam que tudo o que existe é matéria ou depende da matéria para existir O mundo real está fora de nós, não em nossa mente.

ARISTÓTELES (384-322 a.C) filósofo grego

ARISTÓTELES foi o primeiro grande crítico de Platão. Ele acreditava que Platão tinha invertido as coisas ao dizer que a “forma”, ou a ideia, de uma coisa é o que é mais real. Ele disse que as coisas materiais são a realidade e que sua forma é uma parte da realidade. Aristóteles sustentou que a realidade é feita de muitas coisas diferentes, que chamou de “substâncias”. Qualquer substância é uma fusão de “ideia disso” (de que é feito) e “ideia do que é”(sua forma ou o que é). Por exemplo, a “ideia disso” de uma cadeira de madeira é a madeira a partir da qual a cadeira foi feita. A madeira é modelada, ou recebe

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