Filosofia Hurídica
Monografias: Filosofia Hurídica. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: pam24 • 2/3/2015 • 421 Palavras (2 Páginas) • 144 Visualizações
Caso 1 – A filosofia jurídica e a busca pelo fundamento de legitimação da norma
jurídica
A belíssima versão clássica do mito sobre a Antígona é descrita na obra “Antígona” do
dramaturgo grego Sófocles, sendo até hoje considerada um dos mais importantes textos
da literatura ocidental. Nela, Sófocles retrata em toda a sua verticalidade alguns dos
mais caros valores humanos como amor, lealdade e dignidade. Além disso, essa obra é
um verdadeiro marco para a filosofia do direito ao enfocar, já no Séc. V a.C. alguns de
seus problemas mais fundamentais: o conflito entre tradição e lei, entre lei natural lei
dos homens, além de tratar das relações entre o poder e o direito, o poder e a família, o
direito positivo e as leis positivas. A peça inicia com Antígona discutindo com a irmã,
Ismênia, o édito baixado pelo tio Creonte, rei de Tebas. No referido diploma legal
proibia-se a celebração fúnebre em honra de Polinicies. Isto porque este e o outro irmão
de Antígona, Etéocles, haviam morrido em combate. Etéocles na defesa de Tebas, e
Polinicies, por Argos, contra Tebas. Creonte, tio de Antígona, que, com a morte dos
irmãos assume o poder em Tebas, promulga uma lei impedindo que os mortos que
atentaram contra a lei da cidade (entre eles, Polinicies) fossem enterrados. Tal decisão
acabava por caracterizar uma grande ofensa para o morto e sua família, pois se entendia
que nestas circunstâncias a alma do morto não poderia fazer a transição adequada ao
mundo dos mortos. Fiel aos laços de família, Antígona que acompanhara o pai, Édipo,
até a morte, infringe o decreto de Creonte apresentando como alegação o fato de haver
uma lei divina, universal, que transcende o poder de um soberano. Por isto, oferece ela
ao irmão morto as cerimônias fúnebres tradicionais com impressionante destemor. A
peça segue seu curso mostrando relações familiares passionais. A casa de Antígona
ascende aos primórdios míticos da formação da Ática. Como conseqüência ao ato de
desrespeito à ordem do déspota Creonte, Antígona é presa e conduzida a uma caverna,
que lhe servirá também de túmulo ainda em vida. Sem conseguir dissuadir o pai,
Hêmon, namorado de Antígona e filho de Creonte, acaba por se matar, quando o rei já
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