Filosofia Medieval
Por: marcgeo10 • 1/11/2015 • Resenha • 334 Palavras (2 Páginas) • 409 Visualizações
A junção do caráter revelador religioso e do pensamento filosófico na origem do Cristianismo
As relações entre a filosofia grega pagã e o Cristianismo, culminando na Filosofia Cristã, que de certa forma se constituiu numa Teologia, girou em torno de uma questão fundamental: a necessidade de aceitação e expansão da nova religião que esta surgindo. Foi da exigência de se apresentar um discurso mais elaborado, capaz de converter as autoridades do Império que tanto perseguia os cristãos, que surge uma união entre a religião cristã e a filosofia.
Converter a população menos instruída pela fé era de certa forma fácil. Mas convencer e converter as autoridades romanas e pessoas letradas de outras regiões pelos argumentos religiosos, nem sempre funcionava. Era preciso argumentos fundamentados na razão, com sustentação lógica, para convencer os instruídos que havia somente um Deus e que a religião deixada por Ele era a Cristã.
Nesse cenário de fragmentação em que estava mergulhada a sociedade medieval, a religião cristã se apresenta como um elemento agregador. Assim, a Igreja passa a ter não só uma função espiritual, mas também política.
É nesse contexto do Período Helenístico que surge grandes pensadores cristãos, buscando conciliar fé e razão para uma sistematização do cristianismo, que necessitava de consolidação e expansão. Dois pensadores foram pedras fundamentais, ao longo do Período Medieval, na elaboração e consolidação da filosofia cristã: Santo Agostinho e São Tomás de Aquino.
Principal representante da Patrística, Santo Agostinho foi um dos principais filósofos e teólogos da Filosofia Cristã, deixando um grande legado para o pensamento medieval, moderno e também contemporâneo.
Buscando provas para a existência de Deus, Tomás de Aquino, um dos principais expoentes da Escolástica, foi um dos principais nomes na sistematização do pensamento cristão.
Com a conciliação entre fé e razão, estabelecida pela Patrística e pela Escolástica, o pensamento cristão se consolida, oferecendo sustentação ao Cristianismo e ferramentas capazes de convencer e converter até as altas autoridades romanas, tornando-se a religião oficial do Império Romano em 391, pela ação do Imperador Constantino, e a maior instituição do período medieval.
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