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Filosofia Questões

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Por:   •  10/12/2014  •  4.536 Palavras (19 Páginas)  •  4.901 Visualizações

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Questão 01. (ENEM) Em filosofia, a falseabilidade é definida como a possibilidade de que uma proposição se demonstre falsa por uma observação ou experimento que a contradiga. É um critério a partir do qual se verifica a possibilidade de refutar um raciocínio, conquanto não estabeleça necessariamente que esta proposição seja falsa (ou correta) – é preciso uma observação contrária para refutá-la, observação que deve estar no horizonte do possível. Segundo o pensador austríaco Karl Popper, a falseabilidade é o critério necessário a partir do qual se poderia distinguir a ciência do dogmatismo (que despreza a possibilidade de encontrar uma observação contrária).

Das sentenças a seguir, aquela que não é passível de falseabilidade, ou seja, que não permite refutação, é:

a) o homem é um ser cujo tempo de vida é finito.

b) todos os búfalos são animais de cor escura.

c) o sistema solar é composto de nove planetas.

d) o ATP é o mecanismo de transporte de energia no organismo dos animais.

e) a realidade está apenas na mente do ser humano.

Questão 02. (ENEM) Ignorar é não saber alguma coisa. A ignorância pode ser tão profunda que sequer a percebemos ou a sentimos, isto é, não sabemos que não sabemos, não sabemos que ignoramos. A incerteza é diferente da ignorância porque, na incerteza, descobrimos que somos ignorantes, que nossas crenças e opiniões parecem não dar conta da realidade, que há falhas naquilo em que acreditamos e que, durante muito tempo, nos serviu como referência para pensar e agir. Na incerteza não sabemos o que pensar, o que dizer ou o que fazer em certas situações ou diante de certas coisas, pessoas, fatos, etc.

CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. SP: Ática, 2006.

A diferença entre ignorância e incerteza, para Marilena Chauí, é que na incerteza recorremos:

a) à estimação.

b) ao determinismo.

c) ao fatalismo.

d) à dúvida.

e) à verdade.

Questão 03. (ENEM) Há uma diferença prática entre dúvida e crença. Nossas crenças guiam nossos desejos e conformam nossas ações. A certeza de acreditar é uma indicação segura do estabelecimento em nossa natureza de um hábito que determina nossas ações. A dúvida não produz tal efeito. A dúvida é um estado de desconforto e insatisfação do qual lutamos para nos libertar e passar ao estado de crença; enquanto este último é um estado calmo e satisfatório que não desejamos evitar, ou alterar por uma crença noutra coisa qualquer. Assim, tanto a dúvida como a crença têm efeitos positivos sobre nós, embora muito diferentes. A crença não nos faz agir imediatamente, mas coloca-nos numa posição em que nos comportaremos de certa forma, quando surge a ocasião. A dúvida não tem qualquer efeito deste tipo, mas estimula-nos a agir até que é destruída.

PIERCE, Charles S. A fixação da crença. Trad. Anabela G. Alves. Washington: Popular Science, v. 1, n. 12, 1877.

Conquanto a dúvida filosófica seja o primeiro passo para o conhecimento, nada se faz sem algumas premissas tomadas como verdades. Segundo Pierce, o bem que pode advir da crença está relacionado:

a) ao obedecimento a certos princípios eternos.

b) à passagem para um estado de desconforto pela perda do ceticismo.

c) à liberdade do ser humano.

d) ao temor e reverência religiosa.

e) à segurança e ao prosseguimento de nossas ações.

Questão 04. (ENEM) A dúvida é um passo importante para o conhecimento, desde que seja a dúvida filosófica, ou dúvida metódica, aquela que acarreta a suspensão do juízo acerca de determinada questão. Ela se distingue da dúvida trivial, que é apenas a incerteza quanto aos resultados futuros de uma ação ou evento. Assinale a alternativa que apresenta uma dúvida em sentido filosófico.

a) o atraso na chuva gera dúvida quanto à safra de milho.

b) Felipe é dúvida para o jogo de domingo.

c) cotação do dólar ao fim do ano ainda é dúvida.

d) filme põe em dúvida a distinção entre público e privado.

e) candidato derrotado coloca em dúvida execução das propostas do adversário.

Questão 05. (UEL, 2007) Karl Popper, em "A lógica da investigação científica", se opõe aos métodos indutivos das ciências empíricas. Em relação a esse tema, diz Popper: "Ora, de um ponto de vista lógico, está longe de ser óbvio que estejamos justificados ao inferir enunciados universais a partir dos singulares, por mais elevado que seja o número destes últimos".

(POPPER, K. R. A lógica da investigação científica. Tradução de Pablo Rubén Mariconda. São Paulo: Abril Cultural, 1980, p.3)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre Popper, assinale a alternativa correta:

a) Para Popper, qualquer conclusão obtida por inferência indutiva é verdadeira.

b) De acordo com Popper, o princípio da indução não tem base lógica porque a verdade das premissas não garante a verdade da conclusão.

c) Uma inferência indutiva é aquela que, a partir de enunciados universais, infere enunciados singulares.

d) A observação de mil cisnes brancos justifica, segundo Popper, a conclusão de que todos os cisnes são brancos.

e) Para Popper, a solução para o problema do princípio da indução seria passar a considerá-lo não como verdadeiro, mas apenas como provável.

Questão 06. O falseacionismo foi uma proposta de demarcação científica inovadora em vários aspectos.

Segundo o critério popperiano, é incorreto afirmar:

a) Resumidamente, o que define o estatuto de cientificidade de uma teoria é a sua capacidade de ser testada e, consequentemente, falseada.

b) Logicamente, pode-se

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