Filosofia Variedade de métodos
Resenha: Filosofia Variedade de métodos. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: ogaitdsa • 25/4/2014 • Resenha • 511 Palavras (3 Páginas) • 256 Visualizações
A filosofia implica uma atitude de procura de um saber que se deseja, mas não se possui. Mas que saber se trata? Como o podemos caracterizar?
Radicalidade .Inicialmente a palavra "sofia" tinha um sentido prático, mas por volta do séc. IV a.C adquiriu um sentido muito amplo de natureza teórica. O saber filosófico passa a ser identificado com um saber que resulta de uma procura das causas primeiras, o fundamento ou princípio de tudo o que é. Um nível de questões que ultrapassa as ideias feitas, o nível do senso comum. À filosofia interessa descobrir a natureza intima das coisas, a sua razão de ser. É intenção do filósofo ir à raiz dos problemas.
Universalidade. A filosofia visa compreender ou determinar o princípio ou princípios de todo o real. Mesmo quando um determinado filósofo incide a sua reflexão sobre um aspecto particular a experiência humana - a arte, a ciência ou a religião - o que em última instância procura compreender é a Totalidade e não simples casos particulares.
Um outro aspecto revela ainda a dimensão universal da filosofia: ao abordar questões que são comuns a todos os homens, o filósofo acaba por elaborar um discurso que se dirige a todos os homens.
Autonomia. A filosofia implica uma atitude livre e todas as coerções e de todos os constrangimentos exteriores, sejam eles de natureza religiosa ou políticas. A reflexão filosófica recusa qualquer forma de autoridade no seu exercício. Ser autónomo (Auto+nomos = aquele que cria a sua própria lei), é a primeira condição do Homem enquanto ser racional. A legitimidade da filosofia está nela própria. Neste sentido, é a expressão de um ser que pensa e age por si, procurando orientar-se por finalidades que ele próprio reconhece como suas.
Historicidade .A filosofia, enquanto expressão de racional, é sempre um saber situado. Os filósofos partilham as preocupações do seu tempo, neste sentido todas as filosofias não deixam de reflectir a sociedade em que surgiram, inserindo-se igualmente numa dada tradição. A filosofia contudo, reclama um estatuto semelhante à arte: as grandes ideias como as grandes obras de arte transcendem o seu tempo, assim tenhamos nós capacidade para as apreender e sentir.
Saber Fundamentado. Não basta construir novas ideias sobre as coisas, o filósofo tem que apresentar os fundamentos do que afirma de uma forma coerente e sistemática, utilizando uma linguagem rigorosa.
Diversidade de Métodos. Cada filosofia tem o seu método. Perante a multiplicidade de formas pelas quais a totalidade da experiência humana pode ser encarada, cada filósofo elege não apenas o seu objecto de estudo, mas também traça o seu caminho (método), através do qual somos convidados a compreender a realidade. Ao fazê-lo apresenta-nos a sua visão particular da realidade, sustentada num conjunto de pressupostos teóricos e posicionamento no mundo e na comunidade filosófica. Ao fazê-lo transmite-nos igualmente o seu próprio entendimento da filosofia. É por esta razão que a filosofia se apresenta um desconcertante conflito de interpretações das coisas.
Cada filosofia é como que um sinal dessa permanente insatisfação humana, que nunca se contenta com nenhuma resposta e procura atingir sempre novos horizontes.
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