Filosofia contemporanea

O surgimento da Filosofia Contemporânea pode ser relacionado com a crise do pensamento moderno no século XIX. Ela se estende ao longo da segunda metade do século XIX e da primeira metade do século XX, dentro de uma imprecisão cronológica. Nas suas linhas mais fundamentais e características, só pode ser compreendida adequadamente se relacionada com as obras de Hegel, que apresenta a ideia de entender o homem como um ser histórico, assim como a sociedade. A filosofia contemporânea constitui-se, em grande parte, de uma reação contra o sistema Hegeliano ao mesmo tempo em que retoma poucas de suas analises e questionamentos. Karl Max faz uma radical reação ao sistema de Hegel, propondo uma visão dialética-materialista da consciência, da história e da sociedade. O Positivismo, especialmente o de Comte, também representa uma reação contra o Hegelianismo, estreitamente vinculada à situação econômica, social e intelectual resultante da revolução industrial, reagindo contra o racionalismo Hegeliano naquilo em que se constata o menosprezo á experiência, sendo assim entra a pretensão de se instaurar um saber positivo.  Os filósofos Bertrand Russel e G. E Moore, ambos de origem inglesa, são geralmente vistos como os fundadores da filosofia analítica contemporânea. A análise lógica é tida como elemento importante na filosofia do inicio do século XX e deu origem ao movimento conhecido como positivismo lógico, que defendia que a tarefa da filosofia é analisar os problemas para determinar se eles pertenciam ao domínio da lógica ou a ciência, ou se eram “sem sentido”. A importância da filosofia contemporânea é nítida na sociedade atual, as ideias de desenvolvimento e progresso apresentadas por Comte influenciaram até mesmo no lema da bandeira brasileira “ordem e progresso”. A fenomenologia é muito importante para a filosofia contemporânea e foi fundada por Edmund Husserl, o qual propõe à filosofia a tarefa de estudar as possibilidades e os limites do próprio conhecimento.

 O determinismo sustenta que tudo aquilo que existe no universo é governado por leis causais (todo evento, incluindo-se as ações humanas, é causalmente determinado), nesse conceito defende-se que a liberdade não existe, pois o homem é sempre determinado, seja por sua natureza ou por sua natureza histórico-social . Ou seja, as ações individuais seriam causadas e determinadas por fatores naturais ou constrangimentos sociais, e a liberdade seria apenas uma ilusão.

O conceito de liberdade afirma que o homem sempre é livre. Embora os defensores dessa posição admitam a existência das determinações de origem externa, sociais, e as de origem interna, tais como desejos, impulsos etc., sustentam a tese de que o indivíduo possui uma liberdade moral que está acima dessas determinações. Ou seja, apesar de todos os fatores sociais e subjetivos que atual sobre cada indivíduo, ele sempre possui uma possibilidade de escolha e pode agir livremente a partir de sua autodeterminação.

No conceito de responsabilidade moral, o individuo que pratica o ato deve ter plena consciência de sua ação e o ato deve ter sido praticado por sua própria vontade, portanto para que o individuo seja responsabilizado moralmente por um ato, deve tê-lo praticado com consciência e sem nenhuma influencia de uma coação superior a sua vontade. Sendo assim, o determinismo acaba contradizendo a responsabilidade moral, por defender que o homem tem uma predestinação e, portanto não tem liberdade nem responsabilidade na realização de um ato.  Se tudo o que acontece é consequência daquilo que aconteceu antes, como exige o determinismo, então tudo o que eu decidi resultou de uma sequência inevitável de acontecimentos estendendo-se até antes de eu ter nascido. Como isto torna impossível eu ter agido de outra forma tira-me a liberdade de agir por mim.