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Filosofia da filosofia

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Por:   •  23/10/2014  •  Artigo  •  419 Palavras (2 Páginas)  •  455 Visualizações

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Fichamento do Livro Filosofia da ciência (OLIVA, A. Filosofia da ciência. Ed. Jorge Zahar, 2003 – Rio de Janeiro)

A mola propulsora do conhecimento está relacionada à necessidade de controlar o ambiente e garantir a própria sobrevivência humana. As religiões, a filosofia, as artes, o senso comum e a ciência são “formas de dar sentido” (OLIVA, p. 8, 2003), encontradas pela humanidade na tentativa de explicar, dominar e/ou controlar nosso planeta. Um dos aspectos decisivos que as diferem é o método empregado: a religião, baseada em dogmas, é validada pela autoridade que enuncia tais dogmas; a filosofia baseia-se na lógica, no método especulativo para a compreensão do mundo e a ciência se submete aos “enunciados teóricos sujeitos à refutação empírica pela identificação de contra-exemplos” (OLIVA, 2003, p. 27).

Embora os defensores do saber científico o coloquem em um patamar superior a outros saberes, a ciência é uma construção humana, uma tentativa de explicar o mundo. Como citado anteriormente, o que a difere das demais formas de conhecimento é o fato de ser “formalmente impecável; referir-se de maneira unívoca a estados da realidade e convencer a comunidade de pesquisadores do valor explicativo das teses defendidas” (OLIVA, 2003, p. 13).

Oliva chama a atenção para não cairmos na armadilha do “leito de Procrusto” (OLIVA, 2003), na tentativa de enquadrarmos forçadamente os dados coletados às teorias que se pretende validar. Além disso, o rigor metodológico na prática científica é fator decisivo para a credibilidade dos resultados perante a comunidade científica.

Por meio da ciência, o homem não somente passou a controlar o meio ambiente, garantindo sua sobrevivência, como também passou a controlar socialmente outros homens, dessa vez, legitimado pelo status que o conhecimento científico dispõe.

A responsabilidade enquanto pesquisador social:

Oliva (2003) chama a atenção para nossa responsabilidade enquanto pesquisador dos “fatos psicossociais” (OLIVA, p. 18, 2003) sobre as realidades pesquisadas.

“Ser verificável é pré-condição para ser científico. Mas isso não basta” (OLIVA, p. 24, 2003).

“Uma solitária manifestação de evidência adversa é suficiente para jogar por terra todo o acúmulo de casos favoráveis registrados ao longo do tempo. Isto significa que não há como estabelecer a verdade de um universal irrestrito por meio da aplicação do procedimento de verificação” (OLIVA, p. 26, 2003).

As grandes inovações, raras em ciência, envolvem uma ampla e radical reorganização de todo um campo de investigação” (OLIVA, p. 35, 2003). Assim, tais inovações passam pelo rompimento com os atuais paradigmas da ciência e os critérios de avaliação destes estão nos próprios paradigmas, o que os configura como a base para o desenvolvimento científico.

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