Filosofia de Epicuro
Artigo: Filosofia de Epicuro. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: wadyson • 1/4/2014 • Artigo • 1.073 Palavras (5 Páginas) • 402 Visualizações
FILOSÓFIA
EPICURISMO E ESTOICISMO - CONCEITOS PARA BUSCAR A FELICIDADE
O homem vive hoje uma grande crise e encontra-se deslocado e solitário, talvez de uma maneira nunca antes vista. A busca da felicidade, que parece ser algo que tem início em um período difícil de demarcar, ainda está presente, porém com uma grande diferença gerada pelos conflitos entre razão e mito.
Epicuro de Samos foi um filósofo ateniense do século IV a.C., e sua filosofia foi seguida por muitos outros, chamados epicuristas.
O epicurismo surge num momento histórico onde o indivíduo se distancia da política. Há uma decadência sócio-política na Grécia e os filósofos da época tentam conseguir a melhora, o desenvolvimento interior do homem, saindo da “normal” preparação para a política. Talvez, hoje, até possamos traças alguns paralelos com a mesma situação.
Os pensamentos de Epicuro foram mal entendidos e ainda hoje, quando se lida superficialmente com a filosofia dele, tende-se a compreender erroneamente a genialidade e o desapego material deste grande filósofo.
A busca da felicidade para Epicuro, centrava-se na busca da libertação, de prazeres na verdade moderados e saboreados também com a razão.
Epicuro era sensato, tinha bom senso, um senro refinado, era nobre de sentimentos, e seus textos mostram bem isso.
O epicurismo valorizou as sensações como a lógica do conhecimento e a percepção do sensível. Tentou livrar o homem de medos relacionados a vida, morte, deus e outras crenças assustadoras.
Com base na doutrina proposta, o homem poderia eliminar seus temores, que atormentavam sua alma, e sentir-se como um ser realmente integrado à natureza. Uma vez integrado à natureza, é possível dosar e selecionar os prazeres aceitando-os.
Não há prazer imediato, não é esta a maneira que o Epicurismo usa para tratar a questão. Claro, o homem mediano, vulgar, irá compreender o prazer da “pior” maneira possível, porém, o prazer buscado deve ser avaliado pela razão, ser escolhido de maneira prudente.
O prazer deve ser dominado e nunca o contrário.
Viver feliz é o princípio e o fim. Não existe a necessidade de poder ilimitado, ganância e outros. Deve-se saber e ter discernimento para separar aquilo que é prudente.
Epicuro busca um prazer dosado, controlado, que possa trazer felicidade, paz e liberdade. Não é vulgar ou libertino.
“Quando dizemos que o prazer é a meta, não nos referimos aos
prazeres dos depravados e dos bêbados, como imaginam os que
desconhecem nosso pensamento ou nos combatem ou nos
compreendem mal, e sim à ausência de dor psíquica e à ataraxia da
alma. Não são com efeito as bebedeiras e as festas ininterruptas, nem
o prazer que proporcionam os adolescentes e as mulheres, nem comer
peixes e tudo mais que uma rica mesa pode oferecer que constituem a
fonte de uma vida feliz, mas aquela sóbria reflexão que examina a
fundo as causas de toda escolha e de toda recusa e que rejeita as
falsas opiniões, responsáveis pelas grandes perturbações que se
apoderam da alma. Princípio de tudo isso e bem supremo é a
prudência. Por isso, ela é ainda mais digna de estima do que a
filosofia.” (Epicuro, Carta a Menequeu. In: Moraes, Epicuro: as luzes da
ética, 1998, p. 93).”
O tipo de prazer pregado por Epicuro gera ou busca a tranqüilidade da alma, dando ao homem que é justo a justiça e a serenidade, conceitos repletos de valores éticos importantes e também podem ser encontrados nas doutrinas Budistas e outras.
Observe com atenção, que os valores filosóficos, que tendem normalmente para a universalização de valores, bastam para uma busca de felicidade. Não existe a necessidade de gerar medo, como é padrão para a maioria das religiões ocidentais, com pregações sobre o inferno, pecado, culpa, o respeito a um deus místico qualquer, tudo repleto de hipocrisia, de falhas, de falta de sentido e contradições, mesclados e embasados em textos editados, reeditados, traduções nem sempre
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