Filosofia educação
Seminário: Filosofia educação. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: ivanilda.nica • 14/3/2014 • Seminário • 1.324 Palavras (6 Páginas) • 437 Visualizações
Podemos observa tudo o que nos cerca de diversas maneiras e o modo como educação é transmitida pode colabora de um jeito significativo para uma observação mais crítica do mundo.
Para Aranha (2006), a filosofia é muito além de um conhecimento do tipo do senso comum ou da ciência. Ela coloca em questão aquilo que para a maioria parece se indiscutível, seja por terem certezas ou por não terem o que questionar e/ou por estarem acostumado com aquilo que para eles é notório. Por isso, o filósofo tem um outro olhar sobre os assuntos já discutidos pela religião, ciência etc., pois ele questiona o que é convencional sem colocar o seu saber acima de todos.
A reflexão, ato de estrema importância para a compreensão da sociedade e do mundo em que se vive, segundo a mesma autora é voltarao próprio pensamento, retornar a si mesmo e questionar aquilo que se conhece. Desse modo podemos construir uma sociedade mais crítica que possa refletir sobre os valores que são transmitidos e aqueles que emergem nesta nova sociedade, valores estes que deverão aprender a conviver com suas limitações, oposições, igualdades e divergências, uma vez que vivemos em uma sociedade multicultural onde cada ser nasce dentro de um sistema já estabelecido e dele recebe valores que pode ser a língua, o jeito de se alimentar, as relações sociais, enfim... a condição humana resulta, pois, da assimilação de modelos sociais, no qual está inserido. E a partir do momento que este sujeito faz parte de um sistema educacional o professor deve mostrar como a interface das teorias filosóficas e o raciocínio pode ajudar a melhorar a compreensão da sociedade em que vivemos.
Apesar da disciplina de Filosofia ter grande importância para a formação de sujeitos reflexivos esbarramos ainda hoje nas dificuldades de implementação desta disciplina no currículo escolar muitas vezes pela falta de professores qualificados, pois o que se observa é a introdução de professores graduados em outras áreas da licenciatura para lecionar Filosofia e a má aceitação da disciplina por parte dos alunos e até mesmo pela maneira que ela é explanada nas salas de aula.
Para o filósofo Desidério Murcho a disciplina de Filosofia se distingue da maior parte dos conteúdos estudados por não apresentar vastos conceitos pré-estabelecidos, pois a Filosofia deixa em aberto um grande número de questionamentos, uma vez que os resultados das discursões dos diferentes filósofos não são consensuais, o que não diminui seu valor cognitivo ou social, sua seriedade no âmbito educacional ou ainda sua importância existencial.
Por não ser uma disciplina empírica e sim especulativa seu ensino se torna cada vez mais difícil nas salas de aula, pois as instituições estão apenas preparadas para transmitir um conhecimento previamente pronto fazendo com que os alunos possam compreendê-los e aplicá-los o que se torna altamente complexo no ensino da Filosofia por esta não ter resultados substanciais amplamente consensuais.
Na compreensão de Desidério Murcho ensinar filosofia é buscar maneiras do aluno compreender os problemas, teorias e argumentos tal como surgem ao longo da história da disciplina e saber discuti-los, pois filosofar é isso. E o professor pode estimular o estudante a pensar por si a partir do momento que proporcionar a ele momentos de reflexão perguntando-lhes quais suas ideias e concepções sobre determinado assunto e lhe prestando ajuda por meio de instrumentos que possam ajudá-lo a filosofar de maneira mais sofisticada e não sendo meros optativos do senso comum.
Não podemos deixar de discutir também sobre a infraestrutura e a interação na sala de aula que vem mudando ao longo de alguns anos conforme dados do censo escolar 2010 as estatísticas mostraram que 39,37% das escolas brasileiras já possui laboratório de informática, 60,45% tinham computadores, e 45% acesso a internet, entretanto a distribuição destes computadores ainda não é igual no território brasileiro. As regiões que estão com a maioria das unidades preparadas é a Sul, Sudeste e Centro-Oeste, já as regiões Norte e Nordeste, menos da metade das instituições conseguiu se adequar a essas necessidades. Esta redistribuição precisa se revista assim como os trabalhos pedagógicos precisam ser reformulados para que essa ferramenta da sala de aula do futuro não venha apenas substituir o caderno e os livros, mas que o professor possa tirar maior proveito das chamadas tecnologias de informação e comunicação integrando a tecnologia ao currículo escolar de modo a contribuir para o aprendizado.
Diante de mundos tão opostos, é necessário repensarmos a escola e os processos educacionais vigentes, preparar de forma mais global e pedagógica todo o sistema educacional (Municipal, Estadual e Federal) para que o ensino destes seguimentos não fique atrás da educação particular, pois ambas as escolas preparam seus alunos para disputarem o mesmo mercado profissional.
A cada dia a Indústria Cultural vem ganhando espaço no meio social atingindo rapidamente um grande número de pessoas pertencentes as todas as classes sociais e de diferente formação cultural, a realidade virtual rompeu barreiras geográficas e temporais fazendo com que o tempo e a distância passem a ficar cada vez menos relevantes. Esse fenômeno interfere no processo de formação, por isso principalmente as crianças e adolescentes precisam ser supervisionado para que não sejam produtos de alienação deste meio, pois a nossa maneira de perceber o mundo e de pensar se altera em contato com esses meios, os quais geralmente apresentam uma linguagem persuasiva despertando o interesse pelo consumo e reforçando estereótipos. Porém, não podemos esquecer que com o advento das novas tecnologias e a abertura do aceso a novas informações para uma maior parcela da sociedade o receptor passa ser um ser
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