Fim da Historia Resumo Sobre a Obra

No segundo parágrafo da primeira página, Fukuyama diz que "O século XX viu o mundo desenvolvido cair em um paroxismo de violência ideológica", e podemos afirmar que o início do século XXI não foi diferente. Fukuyama também concorda com Hegel ao dizer que "as contradições que impulsionam a história existem antes de tudo no reino da consciência humana, ou seja, no nível das ideias ". A partir destes argumentos podemos traçar um paralelo a fim de analisar as ideias que motivaram os atos terroristas que ocorreram no dia 11 de setembro de 2001.

Primeiramente, devemos conceituar o significado de "terrorismo". De acordo com o dicionário de Oxford, terrorismo é um modo de impor à vontade pelo uso sistemático do terror, ou emprego sistemático da violência para fins políticos. Desta maneira, extremistas afegãos que discordavam das intervenções feitas pelos EUA encontraram no terrorismo uma forma que contra-atacar e demonstrar sua indignação e raiva. Da mesma forma, ao sofrerem os atentados que ocorreram em 11/09/2001, os EUA se sentiram fragilizados e motivados pelo medo, ódio e orgulho ferido, se viram na obrigação de retaliarem com força superior e fazer com que os responsáveis por este ato fossem culpabilizados e arcassem com as consequências de seus atos. Parafraseando o autor observamos certamente que todos os atos que movimentam a história da civilização acontecem antes de tudo, na consciência humana. Também podemos afirmar que, como dito por Fukuyama, o fim da guerra fria, da União Soviética e a extinção do nazismo, não significou de forma alguma o fim do conflito internacional, na verdade, ainda haveria um alto nível de violência. Violência essa que intensificou medos e protocolos de segurança. Após o atentado de 11 de setembro, os Estados Unidos sentiram a necessidade de garantir a sua segurança e certificar-se de que tamanha atrocidade não aconteceria novamente. Leis antiterroristas foram endurecidas e trouxeram consigo a Lei Patriótica. Novas medidas de segurança também foram instauradas nos aeroportos, por exemplo, a restrição em levar líquidos e uma rigorosa inspeção antes de embarcar, criou-se uma regra que exige que os pilotos fiquem isolados nas cabines e só possam ser contatados através de um interfone e foram tomadas medidas para evitar outro baque econômico gigantesco, que causou o fechamento da Bolsa de Nova York, o que não acontecia desde a Segunda Guerra Mundial, mas aconteceu no fatídico dia em questão.

No início do capítulo 4 do texto do Fukuyama, o autor lança o questionamento sobre as implicações do fim da história para as relações internacionais. Relacionando com os eventos do 11 de setembro de 2001, não ocorreu o fim da história, porém, houve uma ruptura no sistema das relações internacionais. Fukuyama também explica que o fascismo alemão é uma extensão radical do imperialismo que reinava a Europa no século XIX, bem como afirmar que o nacionalismo europeu foi completamente deformado de qualquer relevância real para a política externa após a Segunda Guerra Mundial. No caso do 11 de setembro, antes do atentado havia um aumento do multilateralismo e a prevalência do sistema liberal capitalista. O que ocorreu depois do atentado foi o crescente discurso territorialista e nacionalista nos EUA, além do fortalecimento do Estado. Porém, o país não perdeu sua relevância na política externa, visto que os EUA na época eram denominados "Império", pois possuía elevada relevância econômica, política e militar no mundo, até os dias atuais, porém não é mais uma nação hegemônica como antes do atentado. Na época, o então presidente George W. Bush afirmou, em tom ameaçador, que países que não estivessem do lado do bem (EUA), estariam do lado do mal (Terroristas).

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