Gerando Conhecimento

Práticas em Informática na Educação: Minicursos do Congresso Brasileiro de

Informática na Educação, Volume 1, Número 1, 2010

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Construindo Relações – Gerando Conhecimento:

dinâmicas de trabalho em grupo em ambientes virtuais de

ensino e de aprendizagem

Márcia de Borba Campos

Milene Selbach Silveira

Faculdade de Informática

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS)

Abstract. The mini-course "Construindo Relações - Gerando Conhecimento:

dinâmicas de trabalho em grupo em ambientes virtuais de ensino e de aprendizagem"

is proposed to function as a laboratory for joint development of group dynamics that

make use of ICT to: (re)define the roles that ICT can play in the teaching and learning

process, considering the paradox of generations X, Y, Z; (re)define the student’s role

as protagonist in the learning process, considering the demand for new skills to the

teamwork; (re) define the teacher´s role facing the contemporary world, considering

the challenge of the information mutability and the constant search for professional

renovation facing the necessity of educating in the digital age.

Resumo. O mini-curso "Construindo Relações - Gerando Conhecimento: dinâmicas de

trabalho em grupo em ambientes virtuais de ensino e de aprendizagem" se propõe a

funcionar como um laboratório para elaboração conjunta de dinâmicas de trabalho

em grupo que façam uso das TIC visando: (re)definir os papéis que as TIC podem

desempenhar no processo de ensino e de aprendizagem, considerando o paradoxo das

gerações X, Y, Z; (re)definir o papel do aluno como agente protagonista no processo

de aprendizagem, considerando a exigência de novas competências para o trabalho em

equipe; (re)definir o papel do professor frente ao mundo contemporâneo,

considerando o desafio da mutabilidade das informações e de uma busca constante de

renovação profissional frente à necessidade de educar na era digital.Construindo Relações – Gerando Conhecimento:

dinâmicas de trabalho em grupo em ambientes

virtuais de ensino e de aprendizagem

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1. Introdução

Moran (2007) descreve que a escola é pouco atraente, que é desinteressante, e pauta sua

justificativa na desarticulação dos currículos, na fragmentação das disciplinas, na

desmotivação dos professores, no distanciamento entre a escola necessária e a real.

Contribuem para essa discussão Veen & Vrakking (2009) que, apesar de destacarem

que na educação tradicional a aprendizagem está fortemente relacionada ao conteúdo

disciplinar, trazem para a discussão as necessidades e o modo operante de uma nova

geração chamada homo zappiens ou geração Z. Para essa geração, também denominada

de nativos digitais [Prensky 2001], que cresceu usando múltiplos recursos tecnológicos,

a tecnologia de rede tem um papel fundamental no processo de aprendizagem.

Mas, em contraponto ao perfil desta geração, os professores são mais hesitantes

na adaptação de suas práticas de ensino às possibilidades tecnológicas [Alava 2002].

Neste paradoxo de gerações, a maioria dos professores ainda é oriunda de uma época na

qual o papel esperado para os alunos era o de prestar atenção no professor e fazer

anotações num processo de “copy e paste” manual das informações da lousa ou da fala

do professor. Nesse contexto, incentivava-se a concentração dos alunos, a atenção, o

livro texto, e as turmas mais quietas eram tidas como as mais comportadas e as mais

fáceis de trabalhar.

A realidade mudou e a nova geração, apesar de digital, ainda passa por uma

escola analógica que interpreta o aluno como hiperativo, superficial e impaciente, ao

invés de reconhecer a necessária mudança de mentalidade em relação às características

que o cenário contemporâneo espera do profissional do século XXI: relações

interpessoais, integração, mutabilidade, inovação, colaboração, autonomia e trabalho em

grupo, dentre outras.

Hoje os alunos estão conectados em rede, participam de comunidades sociais,

fazem várias tarefas ao mesmo tempo, dominam a tecnologia e a utilizam como aliada

em seu dia a dia de forma bastante natural. Nas comunidades sociais, participam de

discussões, trabalham em grupo para a realização de atividades e para a resolução de

desafios. Interagem com dinamismo e entusiasmo, compartilhando seus conhecimentos

mesmo com quem somente conhecem virtualmente.Práticas em Informática na Educação V. 1 N. 1 – 2010

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