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Gestão Estratégica

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Por:   •  25/9/2013  •  720 Palavras (3 Páginas)  •  231 Visualizações

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Introdução

O conceito de aprendizagem organizacional ganhou notoriedade na década de noventa, embora presente há mais tempo na literatura sobre teoria econômica da firma e teoria das organizações. A ênfase nesse conceito e sua retomada são atribuídas ao forte valor explicativo que apresenta para processos de mudança organizacional, lembrando-se que a preocupação em favorecer aprendizagens emerge em um contexto competitivo no qual a inovação em produtos e processos é nuclear à sobrevivência de organizações. Se em suas abordagens iniciais, no contexto da teoria econômica da firma, falar em aprendizagem organizacional significa avaliar resultados de desempenho, na medida em que o conceito é apropriado pela teoria das organizações, o foco passa a ser os processos. Trata-se, assim, de buscar responder, por meio do conceito, como organizações agem para conquistar os resultados que indicam a realização de aprendizagens. Busca-se compreender que estruturas organizacionais, que políticas de gestão de pessoas, que cultura, que valores, que tipos de liderança, que competências, que aspectos, enfim, podem favorecer ou obstaculizar processos de aprendizagem.

Com alto valor explicativo e analítico, paradoxalmente, o conceito de aprendizagem organizacional, não se reverte facilmente em prescrições para a ação, deixando em aberto, na literatura acadêmica, a questão de como, afinal, promover aprendizagem organizacional.

Nesse ensejo, surge a proposição das learning organizations (organizações de aprendizagem) que se difunde através do livro A quinta disciplina, de Peter Sengei. Embora, o autor jamais afirme que se trata de um modelo a ser seguido, copiado ou imitado, o corpo de ideias contido no texto de A quinta disciplina é apreciado pelo seu valor prescritivo e, assim, bastante diferente da literatura acadêmica.

Apesar de atraente e, pode-se dizer amplamente disseminado, muitas interrogações têm sido levantadas com relação às efetivas possibilidades de aplicação do ideário contido em A quinta disciplina. Mais do que isso, uma análise mais detida da proposição das organizações de aprendizagem as circunscreve à dimensão específica da fantasia.

Assim, a questão de como promover aprendizagem continua pedindo respostas e é nesse desafio que alinhamos aqui algumas proposições que se deduzem dos estudos que caracterizam e analisam processos de aprendizagem nas organizações e de intervenções conduzidas com a estratégia da pesquisa-ação.

Em uma primeira parte deste artigo, apresentamos uma análise de A quinta disciplina enquanto discurso produzido no campo social. O intuito é compreender como esse texto engaja o leitor; que aspectos estão implícitos aos enunciados; como o texto dissemina-se e ganha expressão no mercado editorial. A análise desses aspectos contribui para o estabelecimento de leitura crítica de A quinta disciplina.

Em uma segunda parte, desenvolvemos a noção de oportunidades de aprendizagem organizacional. Entendemos que a noção de oportunidades de aprendizagem organizacional permite estabelecer estratégias de intervenção voltadas a favorecer processos de aprendizagem. Em uma terceira parte, apresentamos duas situações organizacionais que se revelaram como oportunidades de aprendizagem organizacional em dois contextos organizacionais diferentes: (i) reuniões de trabalho,

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